TEMAS DE PSICOLOGIA ENTREVISTA E GRUPOS, DE JOSÉ BLEGER
Por: Gilsonunnes • 12/5/2017 • Resenha • 2.706 Palavras (11 Páginas) • 2.647 Visualizações
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UNIÃO METROPOLITANA DE ENSINO E CULTURA
FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E DA SAÚDE
CURSO DE PSICOLOGIA
Gilvã de J. Mendes
RESENHA CRÍTICA DO LIVRO: TEMAS DE PSICOLOGIA ENTREVISTA E GRUPOS, DE JOSÉ BLEGER
Lauro de Freitas / BA
2017.1
Relatório apresentado à disciplina Medidas e Avaliações III, com supervisão da professor Jaílson Braga, referente à avaliação parcial do primeiro bimestre, do curso de Psicologia, 8º semestres da Faculdade Unime.
Lauro de Freitas / BA
2017.1
A entrevista psicológica é um importante e poderoso método clinico. Método que tem suas origens na Medicina, mas também é utilizado em diversas áreas, como Sociologia, Assistência Social, Psiquiatria, sobretudo pela Psicologia, que faz da entrevista psicológica uma grande marca sua.
Então, o que seria uma psicológica? Uma relação entre uma ou mais pessoas em que se estuda e utiliza o comportamento da(s) pessoa(s) durante em que o curso dessa relação durar. E, esse método tem como alguns dos seus objetivos: investigação, diagnóstico e intervenção. A entrevista psicológica pode ser aberta ou fechada. A aberta permite mais liberdade ao entrevistador, e muito diferente do que pensa-se nesse tipo de entrevista é o investigador é quem conduz, no entanto, é o entrevistado que a dirige de acordo com sua personalidade. Por isso, que o entrevistador deve despertar o interesse do entrevistado para a entrevista. A entrevista fechada, facilita a tabulação de dados, levantamento de informações, geralmente é usada para quantificar também, possui uma relação estreita com o questionário. Mas, este guarda uma estrutura e objetivos mais específicos.
Porém, para fazer uso desse método, o investigador deve ter domínio dessa técnica, para não cair na armadilha de tornar-se apenas repetidor de técnicas como existem muitos. Possui conhecimento na área não deve significar estereotipia, mas segurança no que faz. A personalidade do entrevistador também manifesta-se no campo da entrevista, e há um inter-relação entre as personalidades envolvidas nesse processo. Além de dominar o conhecimento técnico, deve também ser clareza dos objetivos que deseja alcançar. Mas, o maior cuidado que deve-se ter é compreender que o entrevistado não é apenas um objeto de estudo, mas um sujeito com particularidades, uma história, subjetividade, ou seja, uma palavra dita fora timing pode impactar profundamente a vida do sujeito.
A entrevista psicológica fora decisivamente influenciada pela topologia e três grandes abordagens da Psicologia: Psicanálise, Gestalt e Behaviorismo. A teoria freudiana influenciou a entrevista psicológica na investigação de aspectos inconscientes que aparecem através da transferência, contratransferência e projeção. A Gestalt por ver o processo da entrevista como um todo. Enquanto, o Behaviorismo ajudara a consolidar o status cientifico da entrevista psicológica por meio observação cientifica. E a topologia por causa do lugar, que a entrevista ocupa.
Fica mais do que nítido que quando há uma integração inteligente entre as teorias psicológicas a Psicologia enquanto ciência só tem a ganhar. Pois, ela torna-se mais forte, consolida, completa, possui mais recursos para promover bem-estar e saúde para os sujeitos. E enquanto houver divisão, fragmentação entre a Psicologia será vista com desconfiança e não ajudará como pode e deveria ajudar a sociedade, porque está fragmentada e o homem é um indivíduo integral.
Ser um bom entrevistador não é um dom ou uma virtude, além de ter algumas competências especificas, também deve segui normas que aumenta cientificidade da técnica, o que dá ainda mais a credibilidade desse método. Assumi essa postura de cientista além de fortificar a Psicologia como ciência e profissão vai facilitar a nossa inserção no campo das ciências com status de tal e assim possa receber investimentos para desenvolvimentos de pesquisas em benefício da comunidade.
Muitas vezes, a entrevista psicológica é confundida com anamnese e a consulta. A anamnese é diferente da entrevista psicológica, pois é a primeira é uma compilação de dados da história de vida e da patologia do sujeito. Porém, uma anamnese tem elementos de uma entrevista. E essa é uma investigação mais profunda e detalhada da vida e da personalidade do sujeito. Enquanto, a consulta é apenas uma solicitação de assistência técnica ou profissional podendo ser prestada de diversas formas e a entrevista psicológica é uma delas. Conhecendo bem suas metas, o entrevistador saberá qual das técnicas usará, para não se confundi, assim não comprometa o resultado da entrevista.
O enquadramento é um fator muito importante dentro da entrevista psicológica. O enquadramento consiste manter o ambiente da entrevista estável o máximo possível. Mas, a entrevista psicológica é uma relação entre subjetividades, ou seja, é mutável, dinâmica. Tentar controlar e prever o homem nas suas singularidades, é quase uma tarefa inglória. O entrevistador deve compreender a marca do comportamento humano e está preparado as adversidades que acontecem durante uma entrevista psicológica.
A observação cientifica é objetiva. Essa característica vai compor toda a entrevista. E todo o entrevistador deve ser um bom observador. Como tal tem que relatar os fenômenos da forma mais objetiva, clara e neutra possível. E, assim descrever as impressões, sentimentos, sensações e estados subjetivos de outras pessoas. Esse relato que tem descrito de maneira que facilite a leitura futura desses registros. Há um outro fator, que o entrevistador tem que está atento: sua própria subjetividade, pois a mesma de alguma maneira influencia na sua observação e consequentemente na entrevista. Então, uma suposta neutralidade pura como se prega nas ciências é uma suspeita, porque todo e qualquer comportamento humano fica implícito a personalidade do sujeito, que sempre vai tender para um lado.
Se requer que essa observação se aconteça em condições naturais, ou seja, onde acontecem os fenômenos. E, assim diminua cada vez mais as inferências também do ambiente externo, para que a validade da entrevista não seja questionada. Contudo, o entrevistador precisa ser cautela quando agi para controlar as variáveis da entrevista, supor que se um método usado algumas vezes deu certo, terá sucesso com todos sujeitos. Isso pode gerar um engessamento do método, pois se esquecem da sentença do filósofo Heráclito, que o mesmo homem não se banha no mesmo rio por duas vezes. Ambos já foram modificados com o primeiro contato que tiveram. O mesmo acontece nas relações humanas, há uma dialética constante, as personalidades se influenciam entre si, transformando-as de algum modo.
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