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TRABALHO DE TEORIAS DA PERSONALIDADE

Por:   •  6/6/2020  •  Resenha  •  541 Palavras (3 Páginas)  •  244 Visualizações

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No documentário "O holocausto brasileiro" podemos ver como eram tratadas as pessoas portadoras de sofrimentos mentais e até mesmo aqueles que não eram, como o ambiente manicomial era desumano, e aquele ambiente era reflexo de como a sociedade enxergava essas pessoas. Consideravam estas como sendo incapazes de viver em sociedade, sofriam abandono familiar e eram provados de condições básicas de saúde e de liberdade. No nosso atual cenário estamos vivenciando como o estar isolado é ruim, como é angustiante não poder estar com quem queremos e termos que nos prender em casa, mesmo que para um bem maior.

Como foi dito na palestra, ninguém é louco o tempo todo e devemos refletir a cerca disso como futuros psicólogos, a prisão não é a cura, segregar não é a cura, tratar os portadores de sofrimentos mental como animais, loucos, inconsequentes não é a cura, o melhor caminho é o acolhimento, a compaixão, o olhar amoroso para com essas pessoas, o olhar humano, pois eles não deixam de ser humanos por tal condição que os acompanha. O filme de Nise da Silveira também me veio à mente com essas questões, onde ela foi duramente criticada por tratar com amorosidade e humanidade os pacientes, pois os acometimentos era tratados com choques elétricos na fonte dos pacientes, assistindo ao curta metragem sobre o holocausto brasileiro, "Em nome da razão" uma pessoa até relata sobre uma injeção que os fazia entortar e era muito dolorosa, mostra os maus tratos, as pessoas sem vestimenta, a mercê, bebendo água de esgoto, sendo medicadas de qualquer forma e um ato absurdo dentro do manicômio de Barbacena foi quando acharam um "relatório" onde mostrava que vendiam cadáveres, órgãos e a forma desumana de tratar aqueles defuntos.

A reforma psiquiátrica foi de suma e extrema importância para vir a minimizar essa desumanidade para com os portadores de sofrimento mental, e nos fica a lição, pássaro preso em gaiola perde o ânimo de cantar, o medo de voar, e assim como as pessoas, priva-las de viver em sociedade não as beneficia e nem as torna mais saudáveis, somos seres sociais e precisamos viver em sociedade, eu consigo sentir os efeitos negativos dessa privação parcial, de não poder ver meus amigos, não poder fazer o que eu gostava tanto, gera angustia e descolamento, momentos de depressão e abalos emocionais.

Por isso vale ressaltar a importância do surgimento do CAPS ( centro de atenção psicossocial) são instituições que acolhem pacientes com transtornos mentais e estimula o viver em família e em sociedade que é uma das formas de substituir a internação psiquiátrica e também os núcleos de atenção psicossocial, diferente do modelo psiquiátrico anterior a reforma psiquiátrica, onde os "loucos" eram enjaulados como animais.

Não só na profissão, mas como na vida devemos entender o outro da forma que ele é, enxergarmos as diferenças com a mente mais aberta, pois essa, assim como o guarda-chuva nos protege da chuva quando o abrimos, a mente aberta nos priva da chuva da ignorância e de desumanidade.

Sejamos mais humanos, vejamos mais com os olhos doces de uma criança, e uma frase que a professora Karla Patrícia fala muito e que trago comigo e quero levar ela para toda minha existência é, "somos sim diferentes, mas nunca desiguais".

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