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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

Por:   •  8/3/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.185 Palavras (17 Páginas)  •  277 Visualizações

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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

CURSO DE PSICOLOGIA

CCBS

TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)

Anna Beatriz Bezerra – 41611081

Giovanna Scarpelli Forgacs – 41619722

Isabella Passos – 41602943

Izabela J. Colesi Ferlin- 41605608

Juliana Armada- 41346939

Mariana Andrade – 31676413

Maria Luisa C. Kosminsky - 41510510

Rafaella Santos – 41627547

5J

São Paulo

2018

  1. DEFINIÇÃO DO TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE

A primeira descrição do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade ocorreu em 1798. Com o passar dos anos as pesquisas sobre o TDAH se desenvolveram, e com isso também as possibilidades de qualidade de vida e inserção social das pessoas com esse transtorno melhoraram.

Doença crônica, o Transtorno de Déficit de atenção e hiperatividade, possui um forte componente biológico e genético. Se inicia na infância do indivíduo por cerca dos 3 aos 5 anos de idade, porém pode acompanhar o indivíduo por toda sua fase de desenvolvimento. Os sintomas podem desaparecer durante a adolescência e na fase adulta, porém, cerca de 50% das pessoas que sofrem desse transtorno continuam manifestando os sintomas durante toda a vida. 

O DSM-IV separa o TDAH em três categorias.

  1. TDAH com predomínio de sintomas de desatenção
  2. TDAH com predomínio de sintomas de hiperatividade
  3. TDAH combinado

  1. CAUSAS DO TRANSTORNO

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade é um transtorno de causas genéticas, resultado de disfunção neurológica no córtex pré-frontal, pessoas com esse distúrbio têm dificuldade para se concentrar pois a atividade do córtex pré-frontal acaba diminuindo ao invés de aumentar.

O mau funcionamento de certas partes do cérebro e o seu subdesenvolvimento são características marcantes dessa condição física, o que acaba causando uma má comunicação de neurônios e falta de sincronização de várias partes do cérebro.

 

  1. SINTOMAS E SINAIS

O TDAH é caracterizado por uma excessiva dificuldade em manter o foco em atividades em que seja exigido maior esforço mental ou em atividades que necessitem ser desempenhadas com prazos pré-determinados, além de apresentarem dificuldade para começar e terminar suas tarefas.

As crianças com TDAH têm a tendência de ser mais desorganizadas, esquecidas, podem ser totalmente introspectivas e apresentar um rendimento escolar mais baixo por apresentarem dificuldade de memorização, de organização e de guardar conceitos e novas aprendizagens. Os adultos com TDAH podem obter prejuízo no funcionamento social, acadêmico e profissional.

O DSM-5 se utiliza de alguns critérios que definem o diagnóstico de uma criança ou adulto com TDAH, sendo necessário que a pessoa apresente um padrão persistente de desatenção e/ou de hiperatividade-impulsividade que acabe interferindo no funcionamento e no desenvolvimento. Para isso, necessita apresentar sintomas dos dois aspectos:

- Sintomas de desatenção:

  • Deixar de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho ou durante outras atividades
  • Ter dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas
  • Não seguir instruções e não termina deveres de casa, tarefas domésticas ou tarefas no local de trabalho
  • Não escutar quando lhe dirigem a palavra
  • Ter dificuldade para organizar tarefas e atividades
  • Evitar, não gostar ou relutar em se envolver em tarefas que exijam esforço mental prolongado (tarefas escolares, deveres de casa, preparo de relatórios etc.)
  • Perder objetos necessários às tarefas ou atividades
  • Ser facilmente distraído por estímulos externos (para adolescentes mais velhos e adultos pode incluir pensamentos não relacionados)
  • Ser esquecido em relação a atividades cotidianas.

- Sintomas de hiperatividade e impulsividade:

  • Remexer ou batucar mãos e pés ou se contorcer na cadeira
  • - Levantar da cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado (sala de aula, escritório, etc.)
  • Correr ou subir nas coisas, em situações onde isso é inapropriado ou, em adolescentes ou adultos, ter sensações de inquietude
  • Ser incapaz de brincar ou se envolver em atividades de lazer calmamente
  • Falar demais
  • Não conseguir aguardar a vez de falar, respondendo uma pergunta antes que seja terminada ou completando a frase dos outros
  • Não conseguir ou se sentir confortável em ficar parado por muito tempo, em restaurantes, reuniões, etc.
  • Ter dificuldade de esperar a sua vez
  • Interrompe ou se intrometer em conversas e atividades, tentar assumir o controle do que os outros estão fazendo ou usar coisas dos outros sem pedir.

De modo geral, para ser feito o diagnóstico, o paciente deve apresentar seis (ou mais) sintomas destes com persistência de pelo menos 6 meses, num grau que afete negativamente atividades sociais, acadêmicas/profissionais. Para adultos e adolescentes (17 anos para mais), pelo menos cinco sintomas.

  1. COMO É DADO O DIAGNÓSTICO

Para se diagnosticar o TDAH é necessária uma investigação clínica muito rigorosa sobre o histórico do paciente, levantando o máximo de dados possível, aumentando a precisão do resultado. Para tanto, são realizadas entrevistas, testes psicológicos e a utilização de escalas, além de outras informações e formas de condutas necessárias ao profissional para que o diagnóstico seja o mais exato possível.

As entrevistas são feitas primeiramente com os pais, investigando os sintomas como onde, quando e com que frequência eles ocorrem, além de observar se há a ocorrência desse transtorno nos próprios pais ou familiares. É importante que a entrevista com eles trate de várias áreas  como: preocupação e queixas principais dos pais, dados demográficos sobre a criança e a família, desenvolvimento, histórico familiar, histórico escolar e tratamentos anteriores ou suspeitas diagnósticas. Entrevista-se também a criança, adaptando de acordo com a idade. Em crianças menores, podem ser feitos em contatos amistosos breves para observar aparência, características gerais e comportamento. Também podem ser utilizados jogos e atividades lúdicas. Com crianças maiores já é possível analisar a percepção e sentimento das mesmas em relação às suas dificuldades. É de igual importância avaliar a relação da criança com pais e professores.

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