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Taylorismo E Poder Disciplinar

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Por:   •  23/11/2013  •  1.114 Palavras (5 Páginas)  •  494 Visualizações

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O Taylorismo, também conhecido como Administração Científica, é um sistema de organização industrial criado pelo engenheiro mecânico e economista F. W. Taylor, no final do século XIX. O principal objetivo da teoria administrativa elaborada por Taylor era o de organizar e dividir tarefas dentro de uma empresa com a intenção de obter o máximo de rendimento e eficiência com o mínimo de tempo e esforço exercido pelo trabalhador.

Taylor elaborou quatro principíos fundamentais para a administração científica:

Primeiro – Desenvolver para cada elemento do trabalho individual uma ciência que substitua os métodos empíricos.

Segundo – Selecionar científicamente, depois treinar, ensinar e aperfeiçoar. No passado ele escolhia seu próprio trabalho e treinava a si mesmo como podia.

Terceiro – Cooperar cordialmente com os trabalhadores para articular todo o trabalho com os principíos da ciência que foi desenvolvida.

Quarto – Manter divisão equitativa de trabalho e de responsabilidades entre a direção e o operário. A direção incumbe-se de todas as atribuições, para as quais esteja mais bem aparelhada do que o trabalhador; ao passo que no passado quase todo o trabalho e a maior parte das responsabilidades pesavam sobre o operário. (TAYLOR, 1990, p. 40-41)

De acordo com Taylor, a administração deveria assegurar o máximo de prosperidade para o patrão e, ao mesmo tempo, o máximo de prosperidade também para o trabalhador (TAYLOR, 1990, p. 24). Em sua teoria, Taylor fala sobre os interesses em comum que existiriam entre ambos, patrão e empregado. Nas palavras de Taylor:

... a administração científica tem, por seus fundamentos, a certeza de que os verdadeiros interesses de ambos são um único e mesmo: de que a prosperidade do empregador não pode existir, por muitos anos, se não for acompanhada da prosperidade do empregado, e vice-versa, e de que é preciso dar ao trabalhador o que ele mais deseja – altos salários – e ao empregador o que ele realmente almeja – baixo custo de produção. (TAYLOR, 1990, p. 25)

A aplicação de seus estudos nas fábricas buscavam fazer com que o trabalho exercído por um funcionário rendesse o máximo possível durante um dia de trabalho, sem que houvesse “vadiagem” por parte desse empregado. A intenção era realizar um determinado serviço num período de tempo mais curto possível, para que dessa forma mais produtos fossem fabricados em menores espaços de tempo.

Taylor desenvolveu uma organização racional do trabalho, estabelecendo com suas técnicas quais seriam os melhores, mais adequados e mais eficientes métodos para promover a execução de tarefas. Seus estudos fizeram com que houvesse uma maior especialização das atividades necessárias numa linha de produção, levando cada trabalhador a especializar-se à tarefa ou máquina para a qual fora designado.

Para que tudo funcionasse de acordo com os principíos teóricos elaborados por Taylor, os funcionários eram supervisionados por outros que tinham cargos acima na hierárquia da empresa. Os trabalhadores deveriam obedecer aos seus superiores e produzir de forma incessante.

Taylor dividiu o serviço na fábrica entre aqueles que fariam o trabalho manual, os empregados da linha de produção, e os que fariam o trabalho intelectual, funcionários do setor administrativo.

Dividindo as atividades na indústria desse forma, a disciplina e o controle que a administração cientifica elaborada por Taylor exigia, acabou por transformar os trabalhadores manuais em engrenagens do sistema de produção, incapazes de pensar, pois só realizavam a tarefa para a qual foram designados.

Com o surgimento da Psicologia também no final do Séc. XIX várias assuntos passaram a serem estudados de maneira experimental e sistematica. Um dos temas abordados pelos estudiosos foi a motivação, ligada à causalidade da conduta do indivíduo. Várias discussões surgiram sobre o assunto, procurando sempre descobrir através da obervação das causas internas e externas se o organismo é causa ou produto de forças alheias a ele. Quanto ao controle da conduta, discutiu-se sobre o seu termo regulador, aquilo que leva a seu fim. Quanto à organização, entrou em questão qual seria a fonte de informação que a constitui, se era de ordem genética ou adquirida através de uma experiência com o meio ambiente.Mas o tema da motivação teve início de fato com as práticas de gerenciamento e controle dos indivíduos denominadas por Michel Foucault de “poder disciplinar”.

No Séc XX. o filósofo frances Michel Foucault criou o conceito de Poder Disciplinar.

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