Tempo de Matar - Por Simão Schmith
Por: Simão Schmith • 1/10/2016 • Trabalho acadêmico • 1.757 Palavras (8 Páginas) • 570 Visualizações
UNOESC – UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
Curso: Direito 3ª fase
Componente curricular: Psicologia jurídica
Professora: Ana Patricia Alves Vieira Parizotto
Aluno: Simão Schmith
TEMPO DE MATAR: Análises e criticas
RESUMO
O seguinte trabalho tem por objetivo expor uma analise fundamentada com alguns autores literários, filosofos e estudiosos afins, sobre algumas cenas encontradas no decorrer do filme “Tempo de matar”. A análise será por meio de comparações entre cenas do filme e a realidade americana e brasileira, a opinião dos autores embasara as realidades que encontraremos no decorrer do trabalho.
Palavras chaves: filme, tempo, matar, racismo, pena, brancos, pretos.
ABSTRACT
This short-paper is a study and show an analysis based on some literary authors, philosophers and scholars aboat some scenes found in the course of the film "A time to kill". The analysis will be through comparisons between scenes of the film and the american and brazilian reality, the opinion of the authors support the realities that we find in the course of work.
Keys words: movie, time, kill, racism, duty, white, black.
1 INTRODUÇÃO
Tempo de matar, inicia com a cena de dois homens brancos que estupram e espancam uma menina negra de 10 anos. Ambos são entregues a justiça, porem o pai da criança (interpretado por Samuel L. Jackson) temeroso que eles não iriam receber o julgamento merecido, investe contra os dois disparando tiros de metralhadora quando estes estavam indo a caminho do tribunal na frente de várias testemunhas, seu ódio por eles terem abusado de sua criança era tanto que em nenhum momento do filme ele se culpa pelo que fez, após isso inicia o julgamento não do estupro ocorrido, mas sim do assassinato, e o juiz da causa em momento nenhum quer relacionar o assassinato com o estupro, talvez pelo fato do pai ser afro-americano.
O decorrer do filme é repleto de cenas que podem ser abordadas, estudadas e apresentadas, no entanto, um estudo minucioso do filme se torna inviavel por demandar um referencial teorioco muito extenso, assim iremos nos ater a duas passagens concideraveis tratadas durante todo o filme. Em primeiro momento, o racismo e em segundo a pena de morte.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ESCRAVIDÃO
Ao falar do racismo encontramos diversas cenas, uma delas é a separação de negros e brancos dentro da cadeia local, a outra externa, durante os protestos, nas ruas, negros e brancos pouco se misturavam, tornando visivel essa divisão. Ao falar de racismo americano utizaremos como ponto temporal a guerra de secessão (século XIX) que foi uma guerra civil entre os estados americanos, sulistas e nortistas, um defendia a liberdade dos negros, o outro utilizava da mão de obra escrava nas suas produções industriais, respectivamente, ao final os estados do norte ganharam a guerra, “colocando fim a escravidão”. Após está primeira analise histórica, os negros americanos entraram em um periodo de apartheid americano, que nada mais foi um período de segregação, onde negros e americanos tinham instalações separadas, como banheiros, cadeiras em ônibus, e demais locais públicos, este período teve “fim” após diversas lutas, sendo o maior nome nestes confrontos a pessoa de Martin Luther King Junior que se tornou um mártir para milhões de negros americanos. O extraído de tudo isso é que esses confrontos continuam, o que é demonstrado no filme que se passa após o fim da segregação, atualmente mesmo após tantas leis, continuam as praticas de racismo naquele território, brigas constantes e amplamente divulgadas pelas mídias internacionais.
No Brasil encontramos situação semelhante, sem guerras, mas com diversas leis criadas para tentar coibir o escravagismo, Lei do Ventre Livre, Lei Esebio Queiros, foram tentativas do império de terminar com a escravidão brasileira, no mesmo período da guerra americana, e por fim a Lei Áurea “pondo “fim a este mal, e também ao Império do Brazil.
Atualmente encontramos políticas de inclusão, é necessário diferenciar, não é divida histórica, mas sim um método de inserção das classes mais desfavorecidas, que infelizmente é na sua maioria de etnia negra, em faculdades, serviços públicos, é dar uma oportunidade para estas pessoas de obterem melhor qualidade de vida, porem só estas políticas não terminará com o problema, mas também não pode o Brasil ficar de braços cruzados.
Para sintetizar essa luta de etnia e o direito de igualdade encontramos a seguinte frase:
“Violence as a way of achieving racial justice is
both impractical and immoral. I am not unmindful
of the fact that violence often brings about momentary results.
Nations have frequently won their independence
in battle. But in spite of temporary victories,
violence never brings permanent peace.”
Martin Luther King Jr.
A frase fala sobre a ideia de luta proposta por ele durante a segregação americana, sem violência, como ele mesmo disse, violência só traz mais violência, com ela medo também. Não podemos ficar parados, calados, mas como Castro Alves devemos combater ontem, hoje e amanhã está pratica pois os versos da mãe do cativo! que fias à noite as roupas do filho na choça da palha, não carecem de círculos viciosos.
2.2 PENA DE MORTE
O filme deixa claro, que muitos, ontem e hoje, são favoráveis a pena de morte como punição, esse item é exposto no decorrer do filme em vários momentos, a personagem interpretada por Sandra Bullock em uma cena fala: - Quem merece morrer ou não com a pena de morte? – em um dos inúmeros embates de dialogo entre os personagens. Mas o que realmente não quer calar é, a pena de morte é realmente necessária como forma de disciplinar os que ficarem e castigar aqueles que merecem uma pena mais dura?
Diferente do Brasil os EUA são uma confederação, destarte, eles possuem uma Carta Magna que rege todos os estados em diversos itens, mas cada estado tem autonomia sobre muitos assuntos, e um deles é a pena de morte, esta que está amplamente ligada a história daquele pais, que vem ainda das colônias inglesas, Michigan foi o primeiro estado a abolir a pena de morte de todos os delitos praticados, atualmente 31 estados dos 50 já aboliram, deste modo, ainda tem um número considerável que conduz o apenado a este castigo, ceifando a vida.
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