Trabalho Impacto do Instagram na Saúde Mental
Por: Mariana Sakai • 7/4/2021 • Trabalho acadêmico • 809 Palavras (4 Páginas) • 205 Visualizações
Impacto do Instagram na saúde mental
A história do Instagram começa em 2010 quando o aplicativo foi fundado por Kevin Systrom e teve como cofundador Mike Krieger. O aplicativo foi desenvolvido com várias finalidades, desde a publicação de selfies, fotos de momentos importantes, familiares e amigos, até a divulgação de trabalhos como design, fotografia, entre outros. O Instagram não só trouxe uma nova forma de compartilharmos momentos como mudou a forma como nos relacionamos com a internet, dando a todos a chance de expor sua visão do mundo e a chance de se conectar com pessoas que adoravam as mesmas coisas. Atualmente, ainda sendo considerado uma das maiores redes sociais já criadas, o aplicativo que não para de crescer se tornou mais do que um simples aplicativo de fotos no celular e passou a ser uma verdadeira vitrine onde a maioria das pessoas buscam mostrar vidas que parecem perfeitas e fazer com que outros desejem viver tudo aquilo que nem sempre é real.
A rede social que antes era inocente e prazerosa passou também a impactar negativamente na saúde mental e autoestima das pessoas. Segundo uma pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health, instituição de saúde pública do Reino Unido em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, aponta o Instagram como a rede social mais prejudicial à mente dos jovens. O resultado das avaliações mostra que 90% das pessoas entre 14 e 24 anos usam redes sociais mais do que qualquer outro grupo etário, o que os torna ainda mais vulneráveis aos efeitos colaterais trazidos com elas. As taxas de ansiedade e depressão dessa população também aumentaram 70% nos últimos 25 anos. Os indivíduos avaliados estão ansiosos, deprimidos, com a autoestima baixa, e desenvolveram insônia. O estudo mostra que o Instagram impacta negativamente o sono, a autoimagem e a aumenta a ansiedade em níveis consideráveis. Os usuários do aplicativo estão propensos a terem baixa autoestima devido a exposição de aparências que não refletem a realidade, mas acaba gerando a impressão de que todas as pessoas estão no padrão de beleza, exceto a pessoa que está vendo tudo aquilo. Por consequência, os usuários acabam se sentindo insuficientes e, por conta disso, a depressão pela falta da autoaprovação e a autocobrança para se encaixar nos padrões mostrados é habitual nesse espaço. Pesquisadores informam que usuários que passam mais que duas horas diárias conectados em mídias sociais são mais propensos a desenvolverem distúrbios de saúde mental, como estresse psicossocial. Após algumas atualizações o aplicativo já é capaz de auxiliar os usuários quando identificam sinais de que tais indivíduos estão passando por problemas de saúde mental através do conteúdo publicado ou pesquisas feitas, oferecendo suporte e levando o usuário até uma página onde ele pode escolher conversar com um amigo, encontrar maneiras de se ajudar ou falar com um voluntário da linha de apoio; apesar disso, autoridades de saúde pedem que as plataformas mandem mensagens e alertas para prevenir o uso descontrolado das redes e criem ícones especiais para indicar quando as fotos forem editadas, prevenindo que as pessoas se sintam mal em relação a sua aparência quando comparada com a do outro que por muitas vezes está repleta de filtros que escondem ou distorcem como eles realmente se parecem. Segundo Cristiano Nabuco, psicólogo coordenador do grupo de dependências tecnológicas, os indivíduos ficam sim, dependentes de redes sociais, afirma ainda que isso pode ter um alto preço “O excesso de uso cobra um preço alto: a negligência da vida real.”.
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