Técnicas de Observação da Relação Mãe e Bebê

Resenha – Técnicas de Observação da Relação Mãe e Bebê (ORMB)

Simbiose – Relacionamento Patológico da Mãe com seu Filho

O termo simbiose foi originalmente aplicado pelas ciências biológicas para designar uma relação funcional estreita, harmônica e produtiva entre dois organismos, os quais interagem ativamente visando o proveito mútuo. A pediatra e psicanalista norte americana Margareth Mahler apropriou-se do termo para aplicá-lo em suas pesquisas de observação da relação mãe-bebê (Cerqueira, 2011). De acordo com ela, o termo simbiose encontra-se inserido como uma fase no processo de desenvolvimento psicológico normal da criança.

O vínculo formado com a relação da mãe com seu filho é fundamental para o desenvolvimento do ego da criança e se inicia bem cedo. Desde a fase embrionária - fase que compreende os nove meses de gestação e mais um ano de vida após uterina - o bebê vive o inconsciente da mãe, está ligado a ela física e psicologicamente, dependendo dela para tudo. Após essa fase, naturalmente, a criança inicia seu processo de desligamento da mãe deixando de depender dela gradativamente até a sua adolescência, formando e fortalecendo o seu próprio ego.

No entanto, existe o tipo patológico da simbiose, que ocorre quando a mãe age de uma maneira que superprotege o filho, com isso ela não deixa que aconteça o desenvolvimento completo de seu de ego e impedindo que a criança rompa essa simbiose natural com a mãe. É como se ela não permitisse que a criança crescesse e o torna seu dependente novamente.

Resultado colhido em S.Carlos / maio de 2017

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