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UMA ABORDAGEM PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO: ATENDIMENTO PARA GRUPOS DE SAÚDE MENTAL

Por:   •  1/9/2019  •  Artigo  •  9.131 Palavras (37 Páginas)  •  305 Visualizações

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UMA ABORDAGEM PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO: ATENDIMENTO PARA GRUPOS DE SAÚDE MENTAL

 

      Porto Alegre

2018

DARCIO ALVES CARRILHO

JOÃO VICTOR KROPIDLOFSCKY E LIMA

UMA ABORDAGEM PSICOLÓGICA NO CONTEXTO CLÍNICO: ATENDIMENTO PARA GRUPOS DE SAÚDE MENTAL

Trabalho de Pesquisa apresentado para a obtenção de grau final na Disciplina de Pratica II da Faculdade de Psicologia da Escola de Humanidades da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Orientadora: Profa. Fernanda Cesa da Silva Moraes

Porto Alegre

2018

 

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO                

1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS E GERAIS.....................................................................        ....

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA                

2.1 INTEGRAÇÃO TEÓRICO E PRÁTICA        

3 METODOLOGIA ..................................................................................................        

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS        

APENDICES        

INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo observar a realização de terapia grupal com usuários do Centro de Atenção Psicossocial CAPS II, bem como interações entre pacientes e o papel do profissional da psicologia frente a demanda coletiva ou comunitária.

Cabe ressaltar inicialmente que o CAPS II possui diferentes modalidades que envolve ações estratégicas e conta com equipe multiprofissional que atua sobre a ótica interdisciplinar e realiza prioritariamente atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial.

O grupo Violeta existe há 21 anos, oferece atendimento pessoas em situações de crise e a todas as faixas etárias, para transtornos mentais graves e persistentes, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas e como não m’ais poderiam ser atendidas individualmente devido o contingenciamento de demanda passou-se a trabalhar de forma ampliada visando debater sobre as relações interpessoais e sua importância, bem como maneiras de melhorar o convívio.

De acordo com o psicólogo responsável, Gérson Paulo Jung (CRP 07/02916) o grupo violeta busca trabalhar a integração das pessoas e o estabelecimento da união, para que elas percebam que não são únicos no seu sofrimento. No momento em que aprendem a escuta compassiva eles percebem que são parte de um sofrimento maior e que não é particularizado.

Pensar no psicólogo clínico é bastante complexo, importante e crucial, pois envolve o aprendizado de técnicas o acolhimento do paciente, dentre outros. Figueiredo (2004), fala da relação teoria e prática na Psicologia clínica, a qual o mesmo considera bastante complexa como veremos logo abaixo:

 Hoje, quando se fala em psicólogo, o leigo logo pensa no psicólogo clínico, e quem se decide a estudar psicologia quase sempre é com a intenção de se tornar um clínico. Embora durante muitos anos essa especialização nem existisse legalmente, atualmente é a principal identidade do psicólogo aplicado. Enquanto o psicólogo do trabalho ou das organizações serve à indústria ou a qualquer outra instituição, procurando torná-la mais eficiente, e, enquanto o psicólogo escolar serve ao sistema educacional, procurando torná-lo, também, mais eficaz, o psicólogo clínico costuma estar a serviço do indivíduo ou de pequenos grupos de indivíduos. (FIGUEIREDO, 2004, p. 20)

Desse modo, nós nos interessamos na observação e atuação do psicólogo e pelo fato de os mesmos se tornarem uma figura de confiança para o paciente dentro da clínica. Acreditamos que a clínica seja um desafio, e também um espaço de aprendizagens e trocas para ambos.

A complexidade das relações humanas decorre da necessidade de gerir as interações num processo nem sempre linear e racional, no qual se cruza uma pluralidade de olhares sobre a mesma situação, sobrepondo-se dimensões sociais e pressões do contexto, o que pode suscitar dúvidas quanto à forma mais adequada de agir, esta complexidade está, naturalmente, presente nas relações de ajuda psicológica, pelo que o aconselhamento ou a psicoterapia podem ser entendidos como processos em que a resolução dos dilemas do cliente implica a gestão dos dilemas do psicólogo/psicoterapeuta (CARDOSO, 2008, p. 63).

"Novas abordagens constituem uma tentativa de compreender a doença mental de forma diferente, com ênfase na pessoa doente, na sua forma de vida, na realidade em que está inserida, e não na doença em si, diferentemente da prática constante nos últimos” (Amarante, 1996, p.77).

Desenvolver ações e metodologias com enfoque terapêutico de grupo onde a instituição promova a reabilitação do indivíduo através de dispositivos como o acolhimento pelas equipes, o vínculo entre grupo, à autonomia e a corresponsabilidade de que ele próprio é responsável pela geração de mudanças, é muito importante para a efetividade da assistência à saúde mental. (BENEVIDES et al., 2010).

Portanto tentamos demonstrar aqui, o modo de trabalhar a psicoterapia grupal e o impacto desse tipo de atendimento na vida dos participantes, observando os efeitos interativos e o suporte emocional através de nossas inferências.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Em geral os autores definem grupo como sendo uma unidade que se dá quando os indivíduos interagem entre si e compartilham algumas normas e objetivos. Muitos são os aspectos indicados como relevantes para diferenciar um grupo de outras situações em que verificamos a presença de várias pessoas em uma mesma atividade.

O ser humano é gregário por natureza. Passamos a maior parte do nosso tempo em grupos. As pessoas têm uma necessidade de se sentirem pertencente a grupos: participam de vários deles em busca de sua identidade individual e de uma identidade social e grupal.

O grupo tem sempre uma dimensão de realidade referida a seus membros e uma dimensão mais estrutural, referida à sociedade em que se produz. Ambas dimensões, a pessoal e a estrutural, estão intrinsecamente ligadas entre si. (MARTÍN-BARÓ, 1989:207).

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