VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMÍLIAR

A violência contra as mulheres é um dos fenômenos sociais que mais ganhou visibilidade nos últimos anos. Isso se deve a seu efeito devastador sobre a dignidade humana e saúde pública. Não é a toa que em todo o mundo política públicas de repressão á violência doméstica e familiar contra a mulher têm sido prioridade nas agendas governamentais.

Deve-se entender como violência contra a mulher qualquer ação ou conduta, baseada no gênero que cause danos e sofrimentos físicos, etc.

A DESIGUALDADE SOCIO CULTURAL É UMA DAS RAZÕES PARA A DESCRIMINAÇÃO FEMININA E PARA A DOMINAÇÃO DAS MULHERES PELOS HOMENS.

O homem brasileiro sente-se dono do corpo e da vontade da mulher e, lamentavelmente, a sociedade é condescendente com a agressividade masculina.

Somos produtos de uma cultura patriarcal que exige obediência, que nos leva a pratica ou à aceitação de um modelo distorcido de autoridade e subordinação, superioridade e inferioridade, poder e submissão.

Por sofrer discriminação, historicamente, a mulher, pelo simples fato de ser mulher, é submetida à violência. Caracterizando essa como violência do gênero, define a lei Maria da Penha.

A violência do gênero é sempre cometida contra a mulher que, no momento em que sofre a agressão, encontra-se em situação de inferioridade em relação ao agressor, que tanto pode ser um homem, como outra mulher (incluindo as relações homoafetivas).

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

“A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação dos direitos humanos”.

A violência doméstica e familiar contra a mulher está presente em todos os níveis da sociedade, não fazendo qualquer diferença a posição social, econômica ou o grau de instrução dos agressores e das agredidas.

Conceitua violência doméstica e familiar como aquela sofrida pelas mulheres por meio de qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial.

O maior número de casos de violência doméstica e familiar contra a mulher é cometido por homens sejam maridos, companheiros ou namorados das vitimas, por ciúmes ou pela natural prepotência e desconhecimento masculino sobre o universo feminino.

Mas é importante destacar que uma mulher pode também ser agredida por outra no âmbito do lar e da família.

QUEM PRATICA A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER?

O agressor ou agressora de uma mulher é alguém que possui vínculos familiares ou convive com a vitima no ambiente doméstico. Pode ser também alguém que mantenha ou tenha mantido uma relação de afetividade.

A relação de afetividade ou convivência entre o agressor e a mulher agredida não precisa ser atual, o relacionamento pode já ter terminado. O agressor possa não estar aceitando o término do relacionamento. Esta também pode ser cometida por pessoas com quem a mulher mantenha vínculo temporário, esporádico a eventual.

O AMBIENTE DA VIOLÊNCIA

O PRIMEIRO ambiente da violência é a unidade doméstica, que corresponde ao espaço de convívio permanente da vitima com as pessoas com quem mantém laços afetivos ou de parentesco, como marido, filhos, pais padrastos e madrastas, avós, tios e tias.

O SEGUNDO é o meio familiar, formados por parentes ou aparentados da vitima: uma extensão do primeiro onde a mulher é frequentemente agredida.

O TERCEIRO ambiente no qual a mulher costuma sofrer violência doméstica e familiar e no âmbito de qualquer relação íntima e de qualquer relação íntima de afeto, mesmo depois de cessado a coabitação.

O CICLO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA APRESENTA UM PADRÃO CICLICO MARCADO POR TRÊS FASES:

A FASE DA TENSÃO revela - se no semblante do agressor, no tom de voz, na comunicação, é uma tensão visível e notória.

A FASE DA EXPLOSÃO traz a ira, a reação desproporcional sem aviso ou razão aparente e as agressões físicas: empurrões, chutes, tapas.

A FASE DA LUA-DE - MEL é o momento posterior após a descarga agressiva. É uma fase de manipulação afetiva. Então vêm os pedidos de desculpas, de presentes, de juras de amor e de promessas.

A fase da lua de mel não marca o fim da violência, como supõem e deseja a vitima, mas intensifica o ciclo que pode vir a ser rotineiro, com as fases ficando mais curtas e a violência mais intensa. Na fase da lua de mel tudo parece ter entrado nos eixos até o próximo grito, ameaça soco ou tapa.

TIPOS DE VIOLÊNCIA PRATICADOS CONTRA A MULHER

• VIOLÊNCIA FÍSICA- É representado, por qualquer ato que prejudique a saúde ou a integridade do corpo da mulher. É praticado com uso de força física do agressor, que machuca a vítima de várias maneiras ou ainda com o uso de armas.

• VIOLÊNCIA SEXUAL – É qualquer ação cometida para obrigar a mulher a ter relações sexuais ou presenciar praticas sexuais contra sua vontade. Acontece quando a mulher é obrigada a se prostituir, a fazer aborto, a usar anticoncepcionais contra sua vontade, não poder usar anticoncepcionais ou quando a mesma sofre assédio sexual. Pode ocorrer com força física