Violencia Domestica Com Adolescentes
Projeto de pesquisa: Violencia Domestica Com Adolescentes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: dayane04 • 4/10/2014 • Projeto de pesquisa • 1.612 Palavras (7 Páginas) • 257 Visualizações
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA
CRIANÇAS E ADOLESCENTES: AGRESSÃO FISÍCA
O INSTINTO DA AGRESSÃO
Agressão: ato em que um indivíduo prejudica ou lesa outros, de sua própria espécie intencionalmente. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera-se violência como o uso força poder, real ou em ameaça, contra outra pessoa, que resulte ou tenha possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação (OMS, 2002).
Esse instinto humano caracteriza o prazer do poder, onde o agressor domina a situação usando a sua força com o agredido que sempre é mais fraco e impotente. Essa cultura não só brasileira mas entre todas as outras nações está bem enraizadas, pois a forma de ensinar punindo de maneira física através de torturas vem desde os tempos bíblicos. Podemos observar também o caso dos escravos, onde eles (escravos) sem poder nenhum eram dominados por seus Quilombos que tinha todo o poder da situação.
Contudo, a violência domestica também é um assunto bem preocupante e alarmante, pois cotidianamente podemos observar casos e mais casos de violências praticadas por membros da família contra os próprios membros de família. A violência domestica contra crianças tem tomado rumos assustadores, onde podemos ver os próprios pais ou mães matarem crianças abaixo de 14 anos de idade de maneira fria e sem afeição nenhuma.
Podemos concluir, que a agressão física é uma herança cultural, onde a violência contra os mais fracos era sinal de autoridade, todos os oprimidos sofriam a violência e era justificada como forma de educar.
BATER NÃO EDUCA
Uma enquete feita pela revista CRESCER, perguntou aos entrevistados: “você já bateu no seu filho?”, um quarto das 2.241 pessoas que participaram escolheu a alternativa “sim, acho que isso educa”. É um pensamento ainda mais forte do que a porcentagem maior da pesquisa, os 43,2% que disseram “sim, porque de vez em quando perco a cabeça”. No restante, 14,6% negaram, mas deixaram aberta a possibilidade dizendo “não, mas se precisar faço isso” e somente 18,1% disseram que não acreditam nisso como forma de educação. (Abril, 2013 – Ed.233)
Ao adotar a palmada, os pais passam a ideia de que a violência física é a maneira de lidar com conflitos e frustrações e resolver os diversos problemas.
“Quando o adulto bate na criança, ele está reconhecendo que ficou potente diante da atitude da criança. Mostra claramente que perdeu o controle de si mesmo e a agressão passa a ser a única maneira de manter o status da autoridade”, diz Célia Terra, professora de Psicoterapia Infantil da Psicologia da PUC-SP. Testar os limites dos pais é um comportamento que faz parte do aprendizado da criança, os adultos devem lidar com as manhas.
“Pais devem proteger os filhos. Não só do mundo exterior, mas das emoções que eles ainda não são capazes de controlar”, diz Célia Terra.
Um levantamento, realizado em 1996 pelo Laboratório de Estudos da Criança do Instituto de Psicologia da USP demonstra que, muitas vezes, o que algumas pessoas entendem como educação ganha o caráter de abuso. O instituto mapeou as ocorrências de violência física contra crianças e adolescentes em órgãos como Delegacias da Mulher, Conselhos Tutelares, hospitais e escolas. Em 2007, foram cerca de 3 mil. Os coordenadores do estudo acreditam que os números devem ser ainda maiores, já que grande parte das agressões se esconde sob o manto da vida familiar e não é notificada.
Bater nos filhos é uma questão cultural com raízes históricas no Brasil. “Essa prática foi aqui introduzida pelos colonizadores, especialmente pelos padres jesuítas”, explica Viviane Azevedo Guerra, pesquisadora do Lacri e co-autora dos livros Palmada já Era e Mania de Bater. Para ela, a chamada “palmadinha educativa” não existe. E um processo de agressão só tende a piorar. “Sabe-se pelos estudos que a aplicação das palmadas pode ir se intensificando ao longo do tempo, chegando até uma violência mais severa. Toda ação que causa dor física em uma criança representa um só continuum de violência”, diz.
Essas atitudes podem gerar dificuldade de relacionamento com adultos e colegas, problemas de aprendizado na escola e até comprometimento físico. A criança vítima dessa prática pode vir a se tornar uma agressora no futuro. Violência gera violentos.
Os pais devem acolher. o papel dos pais é proteger seus filhos, amá-los independe dos momentos de crise. E lembrar Eles nos tiram do sério muitas vezes, e na hora da bronca colocar os limites e se controlar nessas situações está incluso no pacote “educar”.
Precisamos desenvolver autodomínio ao lidar com essas situações de birra e indisciplina. Lembrando que um adulto é muito mais forte que uma criança, e na hora que estamos nervoso bater em uma criança pode levar lesões serias e até a morte.
Segundo especialistas e psicólogos em reportagem a revista listaram o que precisamos ter para lidar em situações em que a criança nos tira do sério:
Compreensão: Crianças aprendem as regras de acordo com o convívio. Testar limites faz parte desse aprendizado e os pais precisam ter uma certa flexibilidade na hora de reprimir os comportamentos indesejados. Mostrar autoridade não é autoritarismo.
Clareza nos limites: Não se deve reprimir uma atitude e, logo em seguida, permiti-la.Muitos pais esticam os limites até eles se tornarem insuportáveis. Só se dão conta disso quando batem na criança.
Bom humor: Transformar a manha em brincadeira pode ser uma boa saída. Logo a criança deixa aquele comportamento de lado.
Conter a agressividade com afeto: Abraçar o filho nos ataques de fúria pode ajudá-lo a se acalmar. Em seguida, os pais devem ser firmes e dizer em voz baixa que aquele comportamento é inadequado.
Procurar ajuda: Se os momentos em família estão virando uma guerra campal, um psicólogo pode ajudar a torná-los mais harmoniosos.
Cinco razões para não bater nos filhos
• Pais que adotam a palmada passam a mensagem de que os problemas podem ser resolvidos na base da força física.
• Se a criança já não responde da mesma forma às palmadas, castigos físicos cada vez mais severos podem ter início.
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