A Ditadura Militar
Por: Cristianesds • 5/12/2018 • Trabalho acadêmico • 2.139 Palavras (9 Páginas) • 148 Visualizações
1 - “Jango era habilidoso como líder”
A verdade: O presidente vacilava entre buscar apoio no congresso e atender à pressão da esquerda.
Em 1963, o presidente João Goulart volta a ser chefe de governo, faltava então pôr em prática o programa de reformas de base. Ainda na eleição de 1960 presidente e vice eram eleitos separadamente, enquanto Jânio Quadros tinha como promessa acabar com a corrupção dos governos do populismo de Getúlio, porém o vice eleito vinha de uma linha Getulista.
Jânio proibiu o biquíni e as brigas de galo, ficando conhecido por seus atos errados. Após sete meses ele renuncia, alegando “forças terríveis”, Jânio esperava que o congresso rejeitasse sua renúncia, só que a direita tinha uma pessoa em mente e o congresso aceitou sua renúncia. Os militares barraram a posse de Jango, e a esquerda não deixou por menos, o governador Leonel Brizola armou para a população defender a posse de Jango, a campanha de legalidade conseguiu apoio do 3° Exército. Para evitar uma guerra civil, o congresso sugeriu que Jango assumiria a presidência mas teria os poderes limitados pelo parlamento.
Seria temporário pois o plebiscito deveria decidir se o presidencialismo voltaria. Por 91% dos votos, o presidencialismo voltou.
Ilusão de poder
Em 1962 as eleições parecem ter jogado o congresso nas mãos de Jango, a bancada do PTB subiu de 66 par 116 deputados. Jango se apoiou nos ombros da esquerda, da Campanha da legalidade até a campanha pelo plebiscito, retribuindo com as reformas de base que a esquerda defendia. Isso tudo não passou de ilusão, o governo que tinha apoio de grandes grupos, acabou seguindo direções opostas.
Jango então decide ficar entre o povo e o “centrão”, sem conseguir escolher.
Por que Jango caiu?
Existem três teses, 1° Golpe preventivo; 2° Conspiração da direita; 3° Conjuntura política.
2 - “O Brasil ia virar uma nova Cuba”
A verdade: A doutrina marxista buscava conscientizar e organizar a liga camponesa, o objetivo era criar um exército de comunistas formados por 40 milhões de pessoas para essa revolução eles defendiam o fim da propriedade privada e dos meios de produção.
“Marxistas estão organizando camponeses no Brasil”, estampava a primeira página do New York Times, no dia 23 de outubro de 1960. O jornal tinha enviado seu correspondente Tad Szulc ao engenho Galileia, nos campos canavieiros de Pernambuco, onde nasceram as Ligas Camponesas – sociedades de ajuda mútua de camponeses que surgiram em 1955 com o mero intuito de prover caixões dignos para seus mortos, mas que chegaram aos anos 1960 como o maior movimento rural do País. Nas palavras exaltadas de Szulc, as Ligas tinham feito do Nordeste brasileiro um criadouro para a “organização e doutrinação” de comunistas, com objetivo de criar um “exército político de 40 milhões”.
3 - “O golpe foi obra dos quartéis
A verdade: Luis Inácio (Lula) tinha 18 anos quando o golpe militar derrubou Jango. Lula e algumas senhoras católicas organizaram a marcha da família com Deus pela liberdade.
Luís Inácio tinha 18 anos quando os militares derrubaram Jango. Trabalhava na metalúrgica Independência, em São Paulo, antes de virar Lula, o sindicalista. “Eu achava que o golpe era uma coisa boa”, disse ao historiador Ronald Costa Couto, em 1998. “Eu trabalhava com várias pessoas de idade. E, para elas, o Exército era uma instituição de muita credibilidade. Eu via os velhinhos comentarem: ‘Agora vão consertar o Brasil, agora vão acabar com o comunismo’.
4- “Os militares eram unidos”
A verdade: As forças armadas estavam divididas, um lado queria a permanência de Jango e o outro conspirava contra, ficaram conhecido como linha dura.
Marechal Castelo Branco defendeu a posse de Jango em 1961, seu plano era coordenar uma rede de militares conspiradores divididos entre os estados de São Paulo e Minas Gerais, que iriam para o Rio de Janeiro e lá tomariam o mistério da Guerra.
5- “Militares não apoiavam Jango”
A verdade: O governo de Jango pensava ter o apoio do dispositivo sindical e militar, o Presidente deu a ele generais do exército que auxiliaram na conquista do ministério de Guerra e das principais regiões militares brasileiras, os militares que eram contra tinham o poder das forças armadas.
6- “O golpe foi criado pelos EUA”
A verdade: Os EUA temiam que Jango implantasse o comunismo no Brasil assim como ocorreu em Cuba, com a Revolução Cubana. Os americanos bancaram vários projetos de desenvolvimento em estados brasileiros opositores a Jango, portanto tiveram culpa no Golpe.
Em junho de 1962, o embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon, reuniu-se com o presidente John Kennedy para discutir a situação política brasileira. A Casa Branca tinha acabado de instalar um sistema de gravação clandestina no Salão Oval, e a primeira conversa interceptada colocava Jango na berlinda. “Creio que uma de nossas tarefas mais importantes consiste em fortalecer a espinha militar. Ele está entregando o país aos…”, disse Gordon, ao que Kennedy completou: “aos comunistas”.
7- “A ditadura brasileira foi branda”
A verdade: As mortes causadas pela ditadura chegaram em até 434 pessoas, por motivos políticos, por isso ficou conhecida como “Ditabranda”.
No período da ditadura foram cassados 173 deputados e a perda dos direitos políticos de 509 opositores. Castelo Branco pretendia fazer uma limpeza política onde retirava os políticos que considerava corruptos.
Em 13 de dezembro de 1968, Costa e Silva instaurou o AI-5, com ele a ditadura conseguiu criar uma nova estratégia repressiva.
Emílio Médici assumiu a presidência em 30 de outubro, no início de 1974 a luta armada estava desarticulada. O presidente Ernesto Geisel anunciou em 1974 uma política lenta, gradual e segura.
O primeiro volto na ditadura se deu em 1974. Em 1976 os candidatos deviam limitar sua propagando, no ano seguinte Geisel impôs o “Pacote de Abril”, onde um terço dos senadores eram eleitos indiretamente.
8- “A Arena só dizia sim aos militares”
A verdade:
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