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A LUTA DOS TRABALHADORES RURAIS PELA TERRA: ORGANIZAÇÃO POLITICA E PROCESSOS DE RESISTÊNCIA.

Por:   •  20/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  740 Palavras (3 Páginas)  •  424 Visualizações

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FACULDADE PITÁGORAS

A LUTA DOS TRABALHADORES RURAIS PELA TERRA: ORGANIZAÇÃO POLITICA E PROCESSOS DE RESISTENCIA.

Jackeline Odila Soares da mata

São Luís,2017.

1.INTRODUÇÃO

            A escolha do objeto de estudo “ a luta dos trabalhadores rurais pela terra: Organização Política e processos de resistência”, surgiu da minha participação no núcleo de pesquisa da faculdade Pitágoras a qual faço parte, onde realizamos estudos baseado nas pesquisas de campo sobre processo de implantação da refinaria Premium I e suas implicações no modo de vida e trabalho dos trabalhadores rurais no município de Bacabeira, que acabou por despertar a curiosidade sobre o tema em questão, observando de que forma eles se organizam e se empoderam na luta pela terra como “Lócus” que reproduz as característica socioculturais exprimindo a identidade do trabalhador do campo, sendo a mesma condição essencial para sua sobrevivência, fazendo parte da história familiar e que agora o “desenvolvimento” proporcionado pelo capital, pretende adentrar carregado de uma falsa ideologia mudando significativamente suas vidas, na medida que o modo de produção capitalista se desenvolve com suas logicas, suas leis a propriedade da terra vai se concentrando em um menor número de proprietário e a terra antes vista como um bem da natureza torna-se uma mercadoria regida pelas mesmas regras do capitalismo impedindo que milhões de trabalhadores rurais tivesse acesso a elas.

             Diante da situação de expropriação de direitos em que se encontram estas famílias e para tentar entender a atual conjuntura e a luta que os move para permanecer em suas terras, é fundamental buscarmos a origem do problema fazendo as discussões acerca do processo  antidemocrático de acesso a elas pelo qual enfrentou a população brasileira e tem sua origem desde a colonização portuguesa que instaurou o regime de sesmarias, que constituía-se em grandes propriedades de dez mil hectares ou mais, que foram distribuídos aos fidalgos nobres da época dando direito de exploração econômica da terra e poder político de controle  sobre o território,  aos que dispuseram de capitais para investir  na produção açucareira criando-se um status de quanto mais terra mais poder lhe era dado, significando este momento a raiz da grande concentração fundiária intensificada com a “Lei de Terras” 1850, que modificava e regulamentava a obtenção da terra, pois a partir de agora haveria a venda da mesma mediante o pagamento a vista sendo uma solução encontrada pela elite brasileira, para assegurar esta concentração fundiária que contribui para formação da sociedade brasileira que possuímos hoje, demonstrando que a reforma agraria se faz fundamental na medida que vamos ter  uma grande concentração de terras nas mãos de uma minoria em detrimento de uma maioria desprovida deste direitos pela construção de um projeto político, que ao longo da história favoreceu as elites dominantes impedindo a realização de uma ampla reforma agraria e diminuição das desigualdades sociais.

            Dentro deste contexto é que surgem no campo militâncias políticas de diferentes setores dos trabalhadores rurais e movimentos sociais de luta pelo direito da propriedade da terra que se organizam politicamente articulam processos de resistência como forma de pressionar a ordem para suas reivindicações sejam atendidas e que nasce da ocupação de terras e tem nesta ação seus instrumentos de luta. De modo que si intensificam nos anos 60 a exemplo das ligas camponesas, de associações de uniões trouxeram a cena política a luta dos trabalhadores rurais que impuseram seu reconhecimento a sociedade, embora ainda localizados e dispersos, essas lutas repercutiram fortemente nos centros de poder, fazendo da Reforma Agraria um eixo importante de organização política, tendo como maior expressão o movimento dos trabalhadores rurais sem terra-MST que nasce desta necessidade da qual o povo vem sendo privado no decorrer de sua história.

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