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AUTOCONSTRUÇÃO OU DESCONSTRUÇÃO? A TRANSFORMAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO DA CLASSE PROLETARIA

Por:   •  12/1/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.572 Palavras (11 Páginas)  •  231 Visualizações

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AUTOCONSTRUÇÃO OU DESCONSTRUÇÃO? A TRANSFORMAÇÃO DAS RELAÇÕES SOCIAIS NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO DA CLASSE  PROLETARIA.

Cícera Raquel Pereira[1]

Francisca Aglaenny leite de Souza[2]

Resumo: Este trabalho se objetiva em apresentar os determinantes na transformação das relações sociais de trabalho e seu processo de retrocesso e precarização contemporâneo nestas relações. Partindo da ideia do trabalho ontológico, ou seja o trabalho em que o homem executava para suprir suas necessidades  e descobrindo a vivencia num sentindo comunitário sem embates e forças coercitivas onde cada vez mais o processo produção capitalista vai transformando o trabalho livre num processo de escravidão e adoecimento da classe trabalhadora e subalternizada, submetendo-as as mais severas situações para que  não se tornem uma classe de lupemproletarios.

Palavras Chaves: Modo de produção Capitalista, precarização das relações de trabalho,     trabalho vivo- trabalho morto, subsunção real e formal

INTRODUÇÃO

, ou seja, o trabalho ontológico Hegel dizia que o homem idealizava o objeto e o fazia mesmo sem sentir aquela necessidade, Marx defende em sua teoria que o trabalho transforma o homem em ser social, ou seja, ele sente a necessidade, idealiza o objeto e o transforma em produto. O homem se diferencia dos outros animais exatamente pela a capacidade teleológica de predefinir as coisas ou objeto, a construção de um edifício, por exemplo, o homem antes mesmo de construir ele sabe como será este prédio no término da obra, pois ele já está  pré - definido.

        


  1. TRABALHO: FORMAÇÃO DO SER SOCIAL E A TRANSFORMAÇÃO DA NATUREZA.

Na história da humanidade o homem foi o principal autor dessa novela aonde o mesmo vem se evoluindo de acordo com a teoria evolucionista de Darwin, onde o homem era um ser animal que não dominava seus instintos precisando desenvolver-se com a ajuda de seus semelhantes. Desde a era primitiva o homem (ressaltando aqui homem enquanto ser humano, e não questão de gênero, homem/ mulher) precisou criar mecanismos para sobreviver, pois sabemos que o próprio homo sapiens precisa viver em comunidade e não isoladamente, onde sozinhos não avançamos, não caminhamos, uma frase muito contemporânea que nos remete a pensar sua origem “Companheiro/a eu não posso andar só, sozinho/a ando bem, mas com você ando melhor”, lembrando sempre que o homem produz a sua própria historia podendo a mesma ser modificada por seu contexto, ou seja, o homem continua o mesmo nos seus processos biológicos, mudando exatamente suas relações sociais, a forma em que este se relaciona .

O homem foi se transformando em ser social através do trabalho ontológico[3], onde trabalho se produzia de maneira necessária objetivando a autocriação e autoconstrução desse ser atendendo somente os seus anseios e desejos, trabalhando apenas para suprir suas necessidades. Mas, o que podemos definir por trabalho? O trabalho vem do homem com a natureza quando o mesmo consegue ter domínios.

...o trabalho é um processo entre o homem e a natureza, um processo em que o homem, por sua própria ação, media, regula e controla seu metabolismo com a natureza,... Não se trata aqui das primeiras formas instintivas, animais de trabalho,... Pressupomos o trabalho numa forma em que pertence exclusivamente ao homem.(MARX,1983: 149-150)

O Trabalho não implica só na transformação da natureza, mas também do homem enquanto ser social, então ao mesmo tempo em que transformamos a natureza, também nos modificamos, esse termo é o elemento fundamental na formação desse ser social.  É somente através da capacidade de desenvolvermos o trabalho ontológico que nos diferenciamos dos demais seres vivos, sobretudo pela capacidade que temos de pensarmos antes de executarmos, de raciocinar e essencialmente pela nossa capacidade teleológica[4], ou seja, prever o fim de um determinado trabalho, antes que o mesmo seja concluído, já se predetermina como sairá o objeto, podendo ser exemplificado pelo trabalho do arquiteto, o mesmo já tinha o prédio idealizado em mente.

Mas o distingue, de antemão, o pior arquiteto da melhor abelha é que ele construiu o favo em sua cabeça antes de construí-lo em cera. No fim desse processo obtém –se um resultado que já no inicio deste existiu na imaginação do trabalhador, e portanto idealmente...(MARX 1983;149-150)

        

          O homem para viver nessa sociedade precisou criar seus objetos para suprir essas necessidades imediatas possibilitando também a criação de novas necessidades fúteis ou importantes.  

Nessa perspectiva para entender o ser social é necessário compreender o seu processo de sociabilidade, para isto é preciso perceber a relação do trabalho e o ser social que se diferencia da natureza mais não vive sem ela, tal processo tem em si uma transformação da realidade produzindo como objetivo uma nova situação. A necessidade é determinada pela historia humana fazendo com que haja uma reação produzida dentro da objetividade e subjetividade de conhecimentos e habilidades.

É, portanto, através do trabalho que o homem se transforma, se (re) conhece como sujeito e se constroem como seres diferentes da natureza, surgindo assim às reproduções sociais, onde se relacionam entre os complexos sociais e o trabalho.

Com o passar dos anos o sentido do trabalho foi modificando-se e criando novas relações e divisões sociais do trabalho, na correlação homem x trabalho, na exploração do homem pelo homem e a alienação do trabalho surge nesta contradição entre as classes na sociedade capitalista que reproduz a desumanidade de alienação pelo próprio homem, explorando o homem na produção de valor de uso e de troca de mercadorias, nesta perspectiva, vários teóricos surgem explicando esse processo estudando o capitalismo e a sua relação trabalho e exploração dentre eles citaremos Marx.

  1. O TRABALHO E SUA RELAÇÃO COM O MODO DE PRODUÇÃO NA TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE CAPITALISTA.

Trataremos nesta segunda parte a vida em Sociedade e seus mais diversos  modos de produção, para melhor entendimento de como as sociedades se gestavam e se organizavam socioeconomicamente, dentro destes processos façamos uma breve explanação dos modos de produções existentes.

        Temos o modo de produção primitivo onde sua principal atividade produtiva era a coleta do que a natureza oferecia, ou seja, o trabalho ontológico onde o homem transforma a natureza e transforma a si mesmo, diferindo-se dos demais animais pela sua capacidade de raciocinar, onde o trabalho teleológico era sua principal ferramenta a partir das observações feitas na natureza e da necessidade que o acompanhava deste a sua criação, seja necessidade básica da linguagem, de se relacionar como o outro e com a própria natureza. Viviam em pequenos bandos eram nômades , caçavam, pescavam e tudo que era produzido era dividido em comum, neste modelo primitivo de produção, a pobreza existia por conta da escassez das coisas como a matéria prima, o fogo, a água não havendo aqui a desigualdade de classe, pois tudo era socializado para o bem comum de sobrevivência, no entanto o homem percebe a mulher como procriadora. Construído seu habitar, e a mulher no seio do lar para a reprodução, o homem tem seu próprio exército de trabalhadores, quanto mais mão de obra, mais poderia produzir e desbravar novas terras transformando assim a sua produção em excedente econômico.

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