Coronelismo Enxada e Voto

Bibliografia: Victor Nunes Leal. Acessões e benfeitoria

Rio de Janeiro Jornal do comercio 1947

Editora: Schwarz

Coronelismo Enxada e voto

Na leitura deste capítulo, pude perceber que apesar do Brasil já ter passado pelo modelo de governo imperialista e republicano, sua raiz de modelo de governo centralizador ainda se faz presente. Pude perceber que o modelo coronelista ainda é muito forte, e sua influência na política ainda é predominante.

Mesmo ocorrendo eleições, onde o povo através do voto escolhia seus representantes políticos, o coronelismo continuava exercendo sua influência através do “voto de cabresto”, a população ainda troca seus votos por ajuda, medo, respeito até coação.

Com isso os coronéis fazendeiros ricos, continuavam no poder ou colocando pessoas de sua confiança, continuavam dando cargos políticos, cargos oficiais e públicos a pessoas que muitas vezes não estavam aptas a exercê-los, mas era por onde eles poderiam manipular as leis, os governantes do seu estado, pois a grande maioria dos eleitores são dos centros rurais.

Percebi também que a mudança no processo eleitoral com a aplicação do “bico de pena”, ajudou a reduzir os gastos eleitorais e com isso os coronéis foram perdendo suas forças.

O que vi neste capitulo infelizmente, trago para os dias de hoje, não mudou muita coisa, pois mesmo existindo uma lei que proíba essa atitude prometendo punir o político ou seu partido, ainda existe o voto de cabresto, pois muitos políticos compram o voto da população rural, das comunidades. Hoje a população troca seu voto por saco de cimento, tijolo, botijão de gás, cesta básica, dinheiro, até por promessas que nunca serão cumpridas, e infelizmente os STE faz vista grossa, e nada acontece.

E com isso nosso país continua na condição de miséria e barbárie, num total abandono, onde a população operária, trabalhista, rural continua tendo o direito de não ter direito algum, e nossos governantes se enriquecendo cada vez mais.