Desafio profissional em serviço socialista

No imaginário social a família compreende laços de consangüinidade, dependência econômica e/ou afetiva. Entretanto, há dificuldade de se definir família uma vez que depende do contexto sociocultural em que a mesma esta inserida.

Assim, a família não é somente uma instituição de origem biológica, mas também uma construção social, um espaço indispensável para a garantia da sobrevivência, de desenvolvimento e de proteção integral dos filhos e de seus demais membros independente do arranjo familiar ou da forma como se estruturam.

A família vem se transformando através do tempo, acompanhando as mudanças religiosas, econômicas e socioculturais no contexto em que se encontram inseridas, portanto em um período recente a família conheceu inúmeras e marcantes transformações. Dentre elas temos:

- Aumento da expectativa de vida do indivíduo, proporcionando maior convívio entre as gerações;

- As gerações mais velhas, ganham relevância no sistema familiar de apoio e trocas informais;

- A inserção da mulher no mercado de trabalho;

- Há um crescimento de netos e bisnetos que vivem com as avós e bisavós;

- Controle de reprodução, redução do número de filhos;

- Novas tecnologias reprodutivas, na década de 1980;

- Os exames de DNA, para confirmação de paternidade na década de 1990;

- Novas representações de papéis feminino e masculino, mudando a estrutura de poder;

- A multiplicação das famílias monoparentais;

- Crescimento do número de mulheres chefes de famílias;

- Aumento de divórcios e separações;

- Aumento de recasamentos;

- Diversificação do modo de viver em família, com o surgimento de vários arranjos familiares, (famílias reconstituídas; constituídas através de uniões estáveis ; monoparentais; avós que moram e cuidam de netos; unipessoais; formadas por união homossexual.);

- Condições sociais advindas da inserção das famílias;

- Mudanças que envolveram a separação entre reprodução e sexualidade, a partir da década de 1960;

-Dificuldade econômica nas famílias pobres.

Como não há um padrão de família, as mudanças que ocorrem na contemporaneidade afetam as organizações familiares de forma distinta, diversificada, sendo impossível utilizar um único referencial que englobe todos os casos. As famílias mais pobres tendem a sofrer maiores impactos com as mudanças negativas, como, por exemplo, as mudanças que são ocasionadas pela falta de emprego, a falta de moradia, as separações ou rompimentos das uniões conjugais, entre outras. Isto ocorre porque estas famílias não possuem recursos ou a ajuda necessária para superação dos problemas.

A Política Nacional de Assistência Social (PNAS) trata a família brasileira como um espaço privilegiado e insubstituível de proteção e socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa também