Ditadura Militar
Por: liliservsocial • 13/11/2015 • Artigo • 601 Palavras (3 Páginas) • 146 Visualizações
ARTIGO TEXTO 3- A EDUCAÇÃO POPULAR COMO ABORDAGEM PEDAGÓGICA PARA UMA EDUCAÇÃO JURÍDICA EMANCIPATÓRIA E COMO PRESSUPOSTO DA ASSESSORIA JURÍDICA POPULAR.
A Assessoria Jurídica Popular- AJP desenvolve-se dentro das universidades por meio de projetos de extensão, e na sociedade ela se dá geralmente através de sindicatos, ONGs e movimentos populares. Ela demonstra a possibilidade de exercer o direito numa perspectiva emancipatória e transformadora, quebrando o paradigma da prática jurídica muitas vezes conservadora, burocrática e de difícil entendimento.
A assessoria jurídica Popular utiliza-se dos princípios da educação popular, embasado por Paulo Freire, e acreditando que a educação é uma ferramenta de mudança social, desenvolve projetos de educação em direitos humanos, conscientizando as pessoas de seus direitos, pois á partir desse conhecimento será possível lutar por transformações.
Torna-se necessário criar um espaço de troca de saberes, de amadurecimento das lutas sociais, de solução de problemas, desenvolvimento de uma visão critica da sociedade e construção da cidadania. Uma ação educativa jamais poderá ser neutra, ele deve ter um compromisso de ser libertadora, emancipatoria e de transformação estrutural, tanto na sociedade como na política. Por isso a AJP, possui um importante destaque na Educação Popular, pois está ao lado das classes mais esquecidas e oprimidas da sociedade.
Podemos identificar o trabalho da AJP na categoria POPULAR- Que nasce de agentes externos tem origem no setor majoritário da sociedade comprometido com as lutas, e exige que as medidas tomadas beneficiem as maiorias, tornando-se fundamental o dialogo e o pluralismo de ideias.
Vale ressaltar que não haverá educação se não houver compromisso, e o compromisso vem do ato de conhecer, a partir desse reconhecimento torna-se possível recriar, transformar e consequentemente melhorar. A luta pela efetivação dos direitos humanos e fundamentais dos setores sociais mais oprimidos da sociedade é o principal objetivo da Assessoria Jurídica Popular, pautada em uma educação para liberdade, que objetiva a organização da comunidade e a construção de um saber plural e democrático, baseado em Paulo Freire. Sendo assim o que se busca nessa troca de ideias, experiências e transformações é que sejam criadas oportunidades para que os membros dos grupos acompanhados aprendam com o próprio cotidiano, desenvolvendo assim novas perspectivas e novos olhares a respeito da vida e de sua realidade.
Podemos concluir que existe uma necessidade de dialogo e troca de experiências e saberes entre os assessores jurídicos populares, envolvendo todos os sujeitos participantes do processo de aprendizagem. Essa necessidade não pode ser suprida pela formação jurídica tradicional, formal, legalista e conservadora, aonde o dialogo torna-se algo de difícil entendimento, pelo contrário, encontra-se na educação popular as metodologias e propostas para uma educação transformadora, emancipatoria em direitos humanos. Sobre essa educação libertadora Paulo Freire propõe que:
A educação para os direitos humanos, nas perspectiva da justiça, é exatamente aquela educação que desperta os dominados para a necessidade da briga, da organização da mobilização crítica, justa, democrática, séria, rigorosa, disciplinada, sem manipulações, com vistas á reinvenção do mundo, a reinvenção do poder. [...] essa educação tem que ver com uma compreensão diferente do desenvolvimento, que implica uma participação, cada vez maior, crescente crítica, afetiva, dos grupos populares.
Observa-se então a necessidade do DIÁLOGO. Nas experiências em educação popular o dialogo se apresenta como espaço a formação expresso pela reação intersubjetiva e estrutura do pensamento. Considerando que o percurso do assumir e do experimenta-lo abre o risco do sujeito perder o seu mundo, mas que na verdade, está ganhando-o na abertura, educando-se no outro e educando-o também.
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