ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Por: jackemanu • 18/5/2015 • Trabalho acadêmico • 3.232 Palavras (13 Páginas) • 170 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL
ELISÂNGELA A. YURIKO TATEOKA
JACKELINE G. DOS ANJOS
MÁRCIA NORVINA DA SILVA
SILVANA CRISTINA T. CREMASCO
ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
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Cornélio Procópio
2012
ELISÂNGELA A. YURIKO TATEOKA
JACKELINE G. DOS ANJOS
MÁRCIA NORVINA DA SILVA
SILVANA CRISTINA T. CREMASCO
ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS
Trabalho apresentado ao Curso de Graduação em Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, 1º semestre, para as disciplinas: Psicologia Geral, Antropologia, formação Social, Política e Economia do Brasil, e FHTM do Serviço Social I.
Profs: Lisnéia Rampazzo, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e Rosane Malvezzi
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Cornélio Procópio
2012
SUMÁRIO
1INTRODUÇÃO.............................................................................................4
2DESENVOLVIMENTO..................................................................................5
3CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................7
REFERÊNCIAS...............................................................................................8
ANEXOS..........................................................................................................9
1-INTRODUÇÃO
Após a Segunda Revolução Industrial (final do século XIX) , com a produção acelerada de bens duráveis, surgiu a cultura do consumo, impulsionada com o objetivo de manter a estrutura do modo de produção capitalista. Mas a Crise Econômica de 1929, período entre guerras, que gerou altas taxas de desemprego, e falência econômica de muitas famílias, contribuiu para um processo de recessão na economia mundial, prejudicando a demanda. Com vistas a isso, muitas medidas foram tomadas para evitar tal recessão, e incentivar o consumo, surgindo assim, a facilidade de créditos e empréstimos bancários, marketings e propagandas para alienar o consumidor, conduzindo-o ao consumo para, pelo qual ele não só realizava seu desejo de compra , mas buscava ser aceito na sociedade capitalista, em que o “ter” valia/vale mais que o “ser”.
A cultura do Capitalismo conduziu a sociedade da época a uma nova ideologia de vida, de visão de mundo, colocando o materialismo acima das questões humanas, gerando desigualdades sociais, atos de preconceito e discriminação, e de alienação social, que perduraram até os dias atuais.
E, para se afirmarem dentro destes ideais capitalistas, as pessoas tiveram/tem que se sacrificar economicamente, e moralmente, pois, seus princípios de honestidade, e de honra com seus compromissos financeiros, começaram a ficar/ficam em segundo plano para que pudessem/possam realizar seu desejo de consumo, e de aceitação social.
Diante disso, o objetivo do desenvolvimento deste trabalho é de realizar uma reflexão sobre os impactos do endividamento nas famílias brasileiras, através de uma análise teórica e empírica fundamentada em coleta de dados concretos colhidos em pesquisa de campo, por meio de entrevistas, com profissionais como gerentes de banco e comerciantes, que serão disponibilizadas em “anexos” neste trabalho, e de pesquisa bibliográfica, em teorias que abordam a respeito do tema em questão. Para isso, serão sintetizadas as informações colhidas nas entrevistas, com fundamentação em teorias afins.
2- DESENVOLVIMENTO
Os brasileiros, em sua maioria, apresentam um perfil comportamental de otimismo exacerbado diante das adversidades econômicas, são visionários por excelência, e por isso, cometem atitudes impensadas, configuradas em algumas loucuras financeiras. Eles apresentam uma cultura diferenciada com relação aos outros países. Um exemplo disso, foi o comportamento dos brasileiros diante da última crise mundial, em 2008, que não foi abalado, eles continuaram consumindo normalmente como se nada de alterações no panorama econômico mundial estivessem acontecendo, ou como se o Brasil não pudesse sofrer as consequências desta crise, embora a permanência da demanda, também impulsionada por programas do governo federal, incentivos fiscais e juros mais baixos, tenha sido um ponto positivo para que o país superasse a crise com mais êxito, e tranquilidade, destacando-se no campo econômico mundial.
Com a facilidade de empréstimos e créditos bancários, e de condições de pagamento parcelado, as famílias brasileiras, condicionadas ao consumo, sem realização de um planejamento prévio de suas condições de saldar seus compromissos financeiros, não sabendo gerenciar seus proventos, ficam endividadas, e muitas delas, acabam se tornando inadimplentes, assim como se observa nas respostas das questões da maioria dos entrevistados neste trabalho, e de informações obtidas em pesquisas bibliográficas. Um exemplo disso são as informações editadas no jornal Folha de São Paulo, escritas por Hanson (2012, 28/06), que afirma que “houve um crescimento expressivo da oferta de crédito em 2010 e 2011, levando ao aumento do endividamento “ e, com isso, ela dispõe que “O percentual de famílias brasileiras com dívidas subiu para 57,3% em junho, ante 55,9% no mês anterior, quebrando um movimento de queda iniciado no mês de junho de 2011.”
As pessoas, para serem aceitas nesta sociedade capitalista, em que a aparência, e a condição sócio-econômica são pontos fortes na estereotipação que se faz dos indivíduos que pertencem a esta sociedade, permitem-se a passar por cima de seus princípios morais, e acabam por cair nas “armadilhas” apresentadas no início do desenvolvimento deste trabalho como, facilidade de crédito, de empréstimos, de financiamentos, de condições de pagamento, como comprovam informações colhidas nas entrevistas. E, envolvido nestas armadilhas, se encontra o meio mais comum utilizado para impulsionar o consumo e o endividamento, o cartão de crédito. O cartão de crédito ilude o consumidor, que acredita, em posse dele, realizar todos os seus desejos de consumo, sem ter problemas futuros com suas contas correntes bancárias, pois, muitas pessoas tem a sua disposição mais de um cartão de crédito para garantir seus gastos excessivos, perdendo o controle, caindo no limite, e com isso, pagando juros altíssimos, ficando endividados. Como confirma Ferreira, in Jornal Nacional (2012, 09/07) :
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