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FAMÍLIA E TRABALHO NA REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA

Por:   •  21/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.868 Palavras (12 Páginas)  •  141 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

Retrataremos que a divisão social do trabalho, referir-se a diferentes formas que os seres humanos, ao viverem em sociedade, produzem e reproduzem, pois tem a finalidade de dinamizar e aperfeiçoar o serviço a ser executado, pois cada indivíduo tem sua função na estrutura social, desempenha algo que é necessário e útil para si e para as outras pessoas.

A família encontra-se em constantes transformações, por integrar aos dinamismos próprios das relações sociais. Em meio a reboliços culturais e sociais, a família empenha-se em reorganizar aspectos da sua realidade que o ambiente sócio-cultural vai alterando. Resistindo aos condicionamentos externos e, ao mesmo tempo, ajustando-se a eles, a família encontra novas formas de estruturação que, de alguma maneira, a reconstituem (DONATI & SCABINI, 1995; DONATI, 1998).

A inserção da mulher no mercado do trabalho oferece espaço de realização, especialmente quando entra em jogo uma específica competência com os homens. Antes a função de trabalhar e sustentar a família eram do homem e a mulher cabia zelar pela casa e criar os filhos, hoje na família contemporânea, esse papel muitas às vezes se inverte.

Percebemos algumas mudanças na vida das mulheres e no âmbito familiar a partir da sua entrada no mercado de trabalho, bem como, as dificuldades de ascensão profissional devido à discriminação e os desafios enfrentados por essas mulheres em seu cotidiano.

Mesmo assumindo jornadas árduas de trabalho, percebemos que a sociedade e a própria mulher continuam atribuindo as responsabilidades domésticas e os cuidados com os filhos a elas, assim, apesar do cansaço, para muitas, isto ainda é motivo de realização. Pode-se perceber então o papel fundamental que foi a inserção da mulher no mercado de trabalho para as transformações no meio social, pois elas ao fazerem parte da população economicamente ativa, mudaram não só as suas vidas, mas também as das suas famílias e da sociedade em si, pois passaram a ter mais informações, ocupar mais espaços nas ruas, trabalhando e estudando. (MEDEIROS, 2006).

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

A diversidade da vida em sociedade e o aperfeiçoamento do sistema de trocas entre diferentes grupos e sociedades identificam-se a divisão do trabalho em especialidades produtivas ou ramos de atividades necessárias para a reprodução da vida, designada pela expressão ‘divisão social do trabalho. A formação da vida material e o aumento de pessoas geram relação entre os homens e divisão do trabalho, que é apresenta uma característica própria do trabalho humano tão logo ele se transfigura em trabalho social, isto é, trabalho praticado na sociedade e através dela (BRAVERMAN, 1981, p. 71-72).

Nas sociedades modernas a divisão do trabalho é um fenômeno fundamentalmente social. Por conformidade entre causa e efeito, a explicação também deve ser outro fenômeno social, no caso, a ligação entre volume (número dos indivíduos de determinada sociedade), densidade material (volume em relação a uma superfície dada do solo) e densidade moral (intensidade das comunicações e trocas entre esses indivíduos). Quanto mais pessoas procuram viver em grupos, mais veemente é a luta pela vida.

Em uma sociedade dita civilizada/desenvolvida, existem pessoas que executam papéis e que há outras dando suporte aos papéis executados, há que se pensar a respeito de como essas pessoas se agregam entre si. Essas relações seguem algum tipo de protocolo. Os protocolos são criados de acordo com alguma necessidade social. Da mesma forma que a sociedade se amplifica, e os papéis exposto dentro dela, os protocolos adquiri formas de processos formais entre as instituições, donde o aparecimento das estruturas judiciais e estatais nas sociedades complexas.

Segundo Marx, a divisão social do trabalho segue todo um arranjo de tal forma que sempre haja classes dominantes e classes dominadas, e que compulsoriamente essas classes estão em desavença entre si. Em O Capital (1982), diz que a ‘divisão social do trabalho’ diz respeito ao caráter específico do trabalho humano. O indivíduo é transluzente na sociedade, importando somente a que classe esse indivíduo pertence e como essa classe se reagi na sociedade. Marx entende que as instituições das sociedades são criadas e estabelecidas pelas classes dominantes, que se legitimam dessa forma.

Para Weber, a sociedade era formada de partes cuja constituição depende basicamente do indivíduo. As relações entre esses indivíduos seguiriam formas de ação social, que acabariam por descrever a sociedade como um todo, à medida que fossem integrados à legislação, à constituição, à religiosidade e outras manifestações culturais, legais, valorativas e administrativas dessa sociedade. Weber pôde identificar elementos que justificassem o desenvolvimento do que ele chamou de espírito do capitalismo a partir da ética protestante. Essa ética, particularmente asceta, conduzia os indivíduos da sociedade a realizarem os seus papéis de trabalho (em suas divisões de trabalho social) de forma a sempre buscarem a acumulação e a eficiência e evitarem o desperdício ou a preguiça.

O interesse de Durkheim encontrava-se principalmente nas mudanças que transfiguravam a sua sociedade contemporânea. Centralizava na solidariedade social e moral, ou seja, naquilo que une a sociedade e impede o seu declínio ao caos. O indivíduo não teria prestigio nesse contexto de análise, já que ele não ergue a sociedade e suas instituições, mas as herda e deve se ajustar ao contexto que elas proporcionam, ou seja, o indivíduo não influencia na divisão social do trabalho, apesar de executá-la.

A divisão do trabalho social permite uma maior especialização e qualificação dos indivíduos no trabalho, o que se traduz numa via de realização pessoal. Ajuda o crescimento da força produtiva e para a habilidade no trabalho, assim como também permite o rápido crescimento intelectual e material das sociedades. Além disso, promove a coesão e a organização social, mantendo o equilíbrio da sociedade.

2.2 AS RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE.

É ao redor da família que a vida, inicialmente, se estrutura, sendo o primeiro espaço de relações sociais, o qual o indivíduo tem contato, além de ser o lugar onde a história do mesmo começa a ser escrita.

As várias transformações ocorridas no plano socioeconômico culturais, pautadas no processo e globalização da economia capitalista, vêm interferir na dinâmica e estrutura familiar contemporânea, trazendo mudanças

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