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O COMPONENTE CURRICULAR: TRABALHO E SOCIABILIDADE

Por:   •  14/7/2022  •  Trabalho acadêmico  •  1.374 Palavras (6 Páginas)  •  134 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA-UEPB
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

COMPONENTE CURRICULAR: TRABALHO E SOCIABILIDADE

PROFA. BARBARA FIGUEIREDO

DISCENTE: THELMA CRISTINA REINALDO DE AGUIAR SAMPAIO

FICHAMENTO COMENTADO

ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metamorfoses e a Centralidade do Mundo do Trabalho.11° edição. Editora Cortez; SP 2006

CAPÍTULO I - FORDISMO, TOYOTISMO E ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL.

CAPÍTULO II - AS METAMORFOSES NO MUNDO DO TRABALHO.

“[...] Foram tão intensas as modificações ,que se pode mesmo afirmar que a classe-que-vive-do-trabalho sofreu a mais aguda crise deste século, que atingiu não só sua materialidade, mas teve e profundas repercussões na sua subjetividade e, no íntimo inter-relacionamento desses  níveis, afetou a sua forma de ser.” Pag. 23

As mudanças no modo de produção, o grande salto da tecnologia e a introdução dessas tecnologias no meio fabril, trouxe consequências onde os trabalhadores foram os mais prejudicados, com esse novo modo de produção os direitos dos trabalhadores foram desregulados e flexibilizados, pessoas perderam seus empregos e com eles toda a estrutura de vida que mantinham.

 “[...]Compreendemos o fordismo como processo de trabalho que, junto com o taylorismo predominou na grande indústria capitalista ao longo deste século.” Pag. 25

O fordismo e o taylorismo predominaram como modo de produção mesmo com as diferenças entre eles, esses sistemas dominaram a produção. O fordismo reduziu o tempo de produção e os custos dos automóveis, mas as vantagens maiores eram dos donos das grandes empresas, pois os funcionários além de fazer um trabalho desgastante recebiam salários muito baixos. Enquanto no taylorismo o trabalhador era adequado a máquina e tinha sua  produção cronometrada e de modo repetitivo.

“[...] O elemento causal da crise capitalista seria encontrado nos e excessos do fordismo e da produção em massa[...]” Pag. 26

O principal elemento da crise seria a acumulação de mercadorias, ou seja, a produção em grande escala sem pensar no publico alvo ou em estratégias para que a grande produção escoasse de forma rápida ,fazendo assim o capital girar de forma rápida.

“[...] O artigo define as várias formas de descentralização produtiva, mostrando que a fragmentação do trabalho, adicionada ao incremento tecnológico, pode possibilitar ao capital tanto maior exploração quanto maior controle sobre a força de trabalho[...]” Pag. 28

As novas formas de trabalho usando máquinas possibilitam uma maior exploração da força de trabalho visto que as máquinas trabalham mais rápido e consequentemente o tempo necessário para a produção seria menor, mesmo sendo menor o tempo de produção as máquinas não paravam.  

“[...]O Toyotismo ou modelo japonês, que maior impacto tem causado, tanto pela revolução técnica que operou na indústria japonesa, quanto pela potencialidade de propagação que alguns dos pontos básicos do Toyotismo tem demostrado, expansão que hoje atinge uma escala mundial.” Pag. 31

O Toyotismo causou impacto por onde passou, pois, esse modo de produção trouxe grande revolução na indústria, por ser um processo ágil e lucrativo mudou não só a função de cada trabalhador, mas a forma de como o produto é produzido.

“Em 1950, houve um expressivo movimento grevista contra um processo de demissões em massa da Toyota (entre 1600 a 2 mil trabalhadores). A longa greve dos metalúrgicos foi derrotada pela Toyota. Foi nessa nova contextualidade, a primeira derrota do sindicalismo combativo no Japão. Pag. 32”

O movimento sindicalista teve muitos confrontos com a indústria automobilística e  tentou lutar contra as demissões em massas, mas a grande indústria dominava e claro sempre teve mais força que os trabalhadores, e mesmo com as tentativas dos sindicatos de lutar por melhores condições  eles foram derrotados. Como forma de vencer o sindicalismo combativo as indústrias criaram os seus próprios sindicatos, tentando com isso dominar a classe trabalhadora.

“Gounet nos mostra ainda que o sistema toyotista supõe uma intensificação da exploração do trabalho, quer pelo fato de que os operários atuam simultaneamente com várias máquinas diversificadas, quer através do sistema de luzes(verde= funcionando normal; laranja = intensidade máxima, e vermelha= há problemas, deve-se reter a produção)[...]” Pag. 35

O sistema toyotista explora os trabalhadores de várias formas desde a atuação em várias máquinas como podemos ver no texto, ao sistema de luzes que e apenas mais uma forma de controlar a produção e o desempenho dos trabalhadores, pois apenas com a indicação de cores e possível saber onde o trabalho esta sendo executado de forma satisfatória para a empresa.

“Outro ponto essencial do Toyotismo é que , para a efetiva flexibilização do aparato produtivo, é também imprescindível flexibilização dos trabalhadores. Direitos flexíveis, de modo a dispor desta força de trabalho em função direta das necessidades do mercado consumidor[...]” Pag. 36

O Toyotismo trabalha com o número mínimo de trabalhadores, e para aumentar a produção e o lucro ele usa a exploração da classe trabalhadora seja através de horas extras, trabalhos temporários ou subcontratos para que possam pagar o mínimo possível pela produção, o operário se torna polivalente para se adequar a esse modo de produção.

“[...]Desemprego esse que é o resultado dessas transformações no processo produtivo, no modelo japonês, no Toyotismo, aquele que tem causado maior impacto, na ordem mundializada e globalizada do capital.[...]” Pag. 40-41

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