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O CONGRESSO DA VIRADA E A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PRÁTICA NO SERVIÇO SOCIAL.

Por:   •  5/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.200 Palavras (5 Páginas)  •  1.704 Visualizações

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UNIVERSIDADE SALVADOR-UNIFACS

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

Autor(a):

O CONGRESSO DA VIRADA E A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PRÁTICA NO SERVIÇO SOCIAL.

Cruz das Almas - BA

2014

UIVARSIDADE SALVADOR-UNIFACS

CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL

Autor(a):

O CONGRESSO DA VIRADA E A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PRÁTICA NO SERVIÇO SOCIAL.

Atividade apresentada como requisito parcial para aprovação na disciplina Práticas em Serviço Social III do Curso de Serviço Social da UNIFACS sob acompanhamento da Profª Milena Britto e do (a) tutor (a) Prof.ª Aline Pereira de Araújo.

Cruz das Almas - BA

2014

INTRODUÇÃO

O Presente trabalho tem por objetivo uma reflexão quanto á trajetória do Serviço Social pouco antes do III Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) que foi realizado “no final de setembro de 1979, em São Paulo, em meio à efervescência política característica do final da ditadura militar brasileira” quando ficou bem conhecido como Congresso da Virada.

O CBAS recebeu um forte apoio dos movimentos estudantis que havia se desfeito “com o Golpe de 1964, as organizações estudantis sofreram perseguições por serem atreladas ao comunismo.” O processo de reestruturação do Serviço Social se dava em meio a crise do capitalismo e o fim da ditadura militar brasileira, os movimentos retomaram suas posições frente à política.

 

DESENVOLVIMENTO

O III Congresso Brasileiro de Assistência (CBAS) aconteceu no final de setembro de 1979, em São Paulo, em meio à efervescência política característica do final da ditadura militar brasileira. O III CBAS ficou conhecido como Congresso da Virada por se configurar como um momento decisivo para o compromisso do Serviço Social com a democracia.

O Congresso da Virada ocorreu no período da transição democrática brasileira. No interior da profissão, tratava-se de um momento decisivo para o surgimento de um Serviço Social crítico. Foi um processo construído coletivamente que colaborou com as bases teoricametodológicas e eticopolíticas da profissão. O Congresso da Virada tem um valor simbólico inquestionável para o Serviço Social. Trata-se de um momento de concretização das discussões dos assistentes sociais, no sentido de romper com as bases tradicionais da profissão.

O Serviço Social sempre ocupou espaço no cenário político da sociedade brasileira, contudo após o Congresso da Virada a profissão assume um posicionamento crítico em relações sociais no âmbito capitalista.

Guerra e Ortiz (2009) destacam que o III CBAS representou o amadurecimento da vanguarda do Serviço Social, que através da militância nos movimentos sociais e sindicais, acumularam-se forças e competência teoricopolítica para traçar novos rumos para a profissão. Esta mudança aproximou a profissão da classe trabalhadora.

A articulação do III CBAS com o movimento estudantil é um exercício fundamental para compreender as alianças contemporâneas entre as organizações estudantis e profissionais de Serviço Social.

Braz (2009) destaca dois fatores importantes relacionados ao Congresso da Virada e o movimento estudantil em Serviço Social:

      A construção de um canal político legítimo de articulação entre entidades profissionais e estudantis. [pic 2]

     A influência teoricopolítica nos rumos do movimento estudantil.[pic 3]

A militância politicoestudantil em Serviço Social começa antes do período da ditadura militar brasileira, sob a direção da União Nacional de Estudantes (UNE). Com o Golpe de 1964, as organizações estudantis sofreram perseguições por serem atreladas ao comunismo.

A reorganização do movimento estudantil, assim como de outras organizações só foi possível devido à crise de legitimidade do governo militar. Tal crise foi reforçada por motivos relacionados desde a crise mundial do capitalismo até o protagonismo de um novo proletariado.

Para a compreensão da profissão, faz-se necessário entender os episódios mencionados a refletir sobre a contribuição do Movimento de Reconceituação do Serviço Social na América Latina. Vale destacar que, em 1978, como fruto da rearticulação estudantil, aconteceu o I Encontro Nacional de Estudantes de Serviço Social (ENESS), em Londrina. (BRAZ, 2009)

A reorganização e fortalecimento do movimento estudantil em Serviço Social no III CBAS ainda não apresentavam maturidade, contudo os estudantes se fizeram presentes.Segundo Bravo (2009), os estudantes, durante o Congresso, mobilizaram-se contra o conservadorismo vigente no evento; participaram de assembléias comoções de apoio em prol de sua reestruturação e lutaram para a ampliação do número de vagas destinadas aos mesmos. A participação estudantil foi fundamental para a construção de um novo Serviço Social após o Congresso da Virada.

O surgimento da Enesso, em 1993, foi um dos acontecimentos que refletiu o amadurecimento do MESS. Foi um passo importante em prol da autonomia dos estudantes no que se refere ás lutas da categoria.

Neto (2009) diz que o III CBAS foi um acontecimento de significação histórica para o serviço Social brasileiro; configurou-se como um divisor de águas, pois o Serviço Social no Brasil jamais foi o mesmo.

A ruptura com o conservadorismo foi determinante nos anos de 1980 para o Serviço Social. Houve um acirramento da crise socioeconômica no país, a reinserção da classe trabalhadora na política e o protagonismo do movimento sindical e dos movimentos sociais na luta pelo retorno da democracia no Brasil.

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