O DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO SOCIAL.
Por: maramota • 1/10/2015 • Trabalho acadêmico • 3.420 Palavras (14 Páginas) • 321 Visualizações
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
EDIOMARY GONÇALVES MOTA
PRODUÇÃO TEXTUAL
O DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO SOCIAL.
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Itamaraju
2010
EDIOMARY GONÇALVES MOTA
PRODUÇÃO TEXTUAL
O DESENVOLVIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO SOCIAL.
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodologicos do Serviço Social I.
Orientador: Profª. Rosane Belieiro Malvezzi.
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Itamaraju
2010
Introdução
Esta análise crítica destaca o surgimento do Serviço Social na Europa, Estados Unidos e Brasil e suas bases com o capitalismo monopolista e a Igreja Católica, bem como apresenta um desenvolvimento, o qual destaca-se a influência direta do capitalismo monopolista no surgimento da profissão, como os primeiros agentes sociais foram influenciados pela Igreja Católica, e como a mesma determinou e capacitou esses agentes sociais.
Assim, como ênfase nestes questionamentos o Serviço Social surgiu da emergência da questão social que se expressa na desigualdade social, econômica e cultural da sociedade capitalista, que é derivada do antagonismo entre o capital e o Trabalho.
Logo, o Serviço Social, em um posicionamento moralizador face às expressões da “questão social”, captando o homem de maneira abstrata e genérica, configurou-se como uma das estratégias concretas de disciplinamento e controle da força de trabalho, no processo de expansão monopolista do capital. Essa concepção conservadora, não jogando luz sobre a estrutura societária, contribuiu para obscurecer para os assistentes sociais, durante um amplo tempo, os determinantes da “questão social”, e caracterizou uma cultura profissional acrítica, sem um horizonte utópico que os impulsionasse ao questionamento e a ações conseqüentes em prol da construção de novos rumos para as diretrizes sociais postas e assumidas pela profissão.
O Desenvolvimento do Serviço Social no Contexto Social.
No decorrer dos tempos, o capitalismo surge como um grande divisor da história das sociedades e das relações entre os homens.
Mudando a face, a estrutura e a dinâmica da sociedade européia, em que foi engendrado e de onde se expandiu, o capitalismo fez de tal processo de expansão uma das páginas mais violentas na história da relação capital-trabalho. Instaurando-se como uma forma peculiar de sociedade de classes fundadas sob a compra e venda da força de trabalho, revelou desde logo sua força opressora em relação ao proletariado. Com o capitalismo se institui a sociedade de classes e se plasma um novo modo de relações sociais, mediatizadas pela posse privada de bens. O capitalismo gera o mundo da cisão, da ruptura, da exploração da maioria pela minoria, o mundo em que a luta de classes se transforma na luta pela vida, na luta pela superação da sociedade burguesa. ( MARTINELLI, 1991, p. 54. ).
Dentro desse contexto, o serviço social está explicito no tecido da ordem societária do capitalismo monopolista, haja vista a configuração da “questão social” à época e as particularidades da divisão social do trabalho desencadeadas nesse período da história. Assim, o Estado se subordina a burguesia, como fiel aliado através de uma severa legislação urbana, cujo objetivo era proteger o capital e seus possuidores, impondo ao proletariado inúmeras difíceis provações.
No entanto, as seqüelas sociais, vivenciadas por esta população operária, os impulsionam a se organizarem e a lutarem contra as mesmas, entre estas lutas, a revogação da Lei dos Pobres.
Todavia, empenhada em crescer e firmar o modo burguês de produção, a burguesia buscava formas de estratégias e táticas, que pudessem viabilizar os seus interesses, pautadas na dominação, na opressão e exploração e, cujos desdobramentos era a acumulação da pobreza e a generalização da miséria, apesar da classe trabalhadora se posicionar fortemente contrária à situação imposta. Nesse sentido, era essencial efetuar um controle social, capaz de conter com eficácia as manifestações operárias e conter a acelerada disseminação da pobreza e do conjunto de problemas a ela associados.
Dessa forma, apoiadas em experiências de sociedades pré-capitalistas, a burguesia recorre às práticas assistencialistas como mecanismo de validar a condição sub-humana a que remetia a classe trabalhadora, apesar desta ter um aparato legal, possuidora de direitos e uma consciência mais clara quanto sua posição de classe e das contradições presentes na relação que estabelecia com a burguesia.
[...] enquanto trabalhador livre e assalariado, e especialmente enquanto cidadão, o operário era possuidor de direitos que a própria Revolução Francesa proclamara entre os quais se colocava desde o direito á liberdade pessoal e à vida digna, até o direito à igualdade e à assistência, quando necessária. Ocorre que tal sociedade, plena de contradições, negava, na prática, aquilo que anunciava no discurso (MARTINELLI, 1991, p. 61).
Tal iniciativa – das práticas sociais e suas estratégias operacionais- tinha como essência manter e conservar a ordem posta pela burguesia, através de uma imagem de legitimidade destas práticas, tornando-a inquestionável e aceita pelo proletariado, que a ela recorria. Dessa forma, a burguesia, ao lançar uso desse atributo, tinha como objetivo, a manutenção de seu projeto hegemônico, de domínio de classe.
Com o acirramento da pobreza, nas décadas iniciais da segunda metade do século XIX, membros da alta burguesia, vinculados à Igreja Evangélica e motivados por autoridades locais, se reúnem com o objetivo de estudar a reforma do sistema de assistência publica inglesa, a forma inadequada desse sistema, com base na experiência pré-capitalista posta por ações individualistas reducionistas, não mais atendia as mudanças provocadas pela Revolução Industrial e a explosão de seqüelas sociais.
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