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O SERVIÇO SOCIAL

Por:   •  2/10/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.953 Palavras (8 Páginas)  •  154 Visualizações

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SUMÁRIO

1        INTRODUÇÃO        

2        ÉTICA E PLANEJAMENTO        

3        CONSIDERAÇÕES FINAIS        

REFERÊNCIAS        



  1. INTRODUÇÃO

Este estudo trata de uma análise sobre a atuação ética diante da construção das políticas sociais e o planejamento no Brasil. Em meio a tantas mudanças políticas e sociais no contexto atual, percebe-se a importância de compreender o desenvolvimento histórico das políticas sociais no Brasil, considerando o planejamento e sua importância para a construção de políticas sociais que garantam a igualdade social em nosso país.

Além disso, é de grande relevância para uma melhor compreensão do processo de planejamento na construção das políticas social no Brasil desenvolver uma análise frente ao Código de Ética e o Projeto Ético Político do Serviço Social, que caracterizam a atuação dos profissionais do Serviço Social.

Deste modo, este presente estudo tem por objetivo provocar uma reflexão sobre ética no âmbito da construção das políticas sociais com o desdobramento do planejamento.

Portanto, através do presente estudo busca-se desenvolver uma análise frente ao Código de Ética e o Projeto Ético Político do Serviço Social, e a Lei de Regulamentação, com destaque para os artigos que referenciam a atuação ética do profissional e/ou do estagiário diante do compromisso ético.


  1. ÉTICA E PLANEJAMENTO

O estudo das políticas sociais, na área de Serviço Social, vem expandindo sua importância ao mesmo tempo em que estas têm-se organizado como estratégias essenciais de enfrentamento das manifestações da questão social na sociedade capitalista contemporânea.

O processo de trabalho do Serviço Social é determinado pelas configurações estruturais e conjunturais da questão social e pelas formas históricas de seu enfrentamento, permeadas pela ação dos trabalhadores, do capital e do Estado, através das políticas e lutas sociais (CRESS, 2007, p.29).

As Políticas Sociais no Brasil originaram-se no período da colonização no século XVI, desenvolvendo-se até as últimas décadas do século XIX, quando se encerra o Império e inicia-se o Regime Democrático e independente. Tinha como finalidade o preparo do trabalho, sem manifestações que detivessem o sistema econômico e também conservar a ordem social por meio de determinados com a pobreza.

Conforme Behring & Boschetti (2007), a política social começou a aparecer timidamente na fase do pré-capitalismo, o qual as leis para assegurar o trabalho e combater o não desejo em trabalhar foram elaboradas para a manutenção da ordem social, assegurando o desenvolvimento econômico das nações europeias.

Assim, o surgimento das políticas sociais está relacionada a questão dos movimentos sociais, tendo em vista que, elas se originam na afluência dos movimentos de promoção do capitalismo como a Revolução Industrial, das lutas de classe e do desenvolvimento da intervenção estatal. Sendo assim, as políticas sociais são compreendidas como resultado da dinâmica social, da inter-relação entre os vários atores, em seus diversificados espaços e através dos distintos interesses e relações de força.

Para Montaño (2007, p.39) as políticas sociais surgem como “[...] instrumentos de legitimação e consolidação hegemônica que, contraditoriamente, são permeadas por conquistas da classe trabalhadora”

Assim, todas as conquistas foram resultados de um longo processo caracterizado por um período de mobilizações sociopolíticas que marcaram a década de 1970 e 1980. É importante destacar que as políticas públicas são vistas como estratégias de Governo.

Conforme Behring e Boschetti (2006, p.64), a generalização dos direitos políticos é resultado da luta da classe trabalhadora e, se não conseguiu instituir uma nova ordem social, contribuiu significativamente para ampliar os direitos sociais, para tencionar, questionar e mudar o papel do Estado no âmbito do capitalismo a partir do final do século XIX e início do século XX.

Para as autoras, o aparecimento das políticas sociais aconteceu de maneira gradativa e diferençada entre os países, baseados nos movimentos e organizações reivindicatórias da classe trabalhadora e na correlação de forças no campo do Estado.

Assim, é possível observar que o Serviço Social brasileiro apresenta uma história que leva em consideração o movimento que acondicionou o processo de ruptura com o tradicionalismo moral, e ainda com as questões que foram surgindo e amadurecendo, propiciando novas direções ao país, isto é, as condições que historicamente transformaram e trouxeram novas exigências com relação ao Serviço Social.

Para tanto, foi desenvolvido o Código de Ética de 1993, que surgiu tendo em vista o atraso e a necessidade de transformações junto à expectativa conservadora que o Serviço Social trazia consigo, uma vez que, mesmo com o movimento de reconceituação, não houve uma ruptura completa, o que ocasionou em nova aparência, mas mantendo o conservadorismo de sua origem.

A defesa do projeto profissional em qualquer local seja ele em local privado, em que o assistente social é requisitado a intervir, é certo que esse espaço não é só ocupado por assistentes sociais em que as condições objetivas para afirmação do trabalho com a garantia e ampliação dos direitos sociais (CFESS 1993).

Desta forma, o Código de Ética faz com que o trabalho do Serviço Social seja desenvolvido de maneira a garantir que sejam assegurados os direitos sociais, principalmente aos mais necessitados, que são os que mais buscam ajuda aos assistentes sociais.

Sobre o histórico da construção das políticas sociais e os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram neste processo até 1988, tem-se que, as políticas sociais no Brasil tiveram início no começo do século XX e existiam apenas como uma opção para dominar os conflitos que existiam entre a classe dominante, a chamada burguesia, e a classe dos trabalhadores, com a finalidade de harmonizar essas relações, e não com a intenção de originar o bem estar e igualdades sociais. A implantação das políticas sociais no Brasil aconteceu de maneira lenta, sendo construídas através de muitas lutas e reivindicações do proletariado, que era a classe dominada, obtendo um mínimo de qualidade para suas necessidades básicas para, assim, ter uma vida digna.

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