Perpectivas migratórias
Por: Kássia Andrade • 26/5/2015 • Trabalho acadêmico • 4.440 Palavras (18 Páginas) • 145 Visualizações
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.........................................................................................................1
2. Precarização nas famílias: precarização do trabalho e o desemprego................................................................................................................2
2.1. A Divisão Social do Trabalho.............................................................................3
3. Família na Contemporaneidade: mudanças e permanências............................4
4. Diferentes Olhares sobre as Famílias..................................................................6 5. Mulher, mercado de trabalho e as configurações familiares SEC. XX ........7
6. CONCLUSÃO........................................................................................................10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Esta produção tem o propósito de refletir sobre as principais características do que se denomina crise do trabalho, enfatizando especialmente o grupo familiar e a difusão das formas recentes de preconização como o trabalho autônomo, a domicílio, sem contrato ou por tempo determinado utilizado para o rebaixamento de custos empresariais.
No século XX muitas mudanças ocorreram na sociedade. A inserção da mulher no mercado de trabalho foi um dos fatos marcantes que provocou uma transformação social, como o aumento do nível de instrução das mulheres, redução das taxas de fecundidade nas famílias, participação masculina nas tarefas domestica antes desempenhada exclusivamente pelas mulheres entre outros.
Por outro lado, visa analisar a utilização do trabalho associado a uma alternativa de geração de emprego e renda em empreendimentos auto gestionários.
Nesse sentido, visa discutir em que medida essas novas formas de configuração do trabalho, entendidas, também, como experiências de uma Economia Solidária e a forma de como isso tudo interfere nas relações familiar que tem passado por transformações e tem se organizado e reorganizado de novas maneiras, não se limitando ao modelo de família nuclear. A pluralidade de situações cotidianas impede a existência de um padrão dominante de casamento e família. Mesmo que os papéis tenham se flexibilizado, ainda são as mulheres, na maioria das vezes, as principais responsáveis pela administração doméstica e familiar.
Os efeitos da reestruturação produtiva e do desemprego vêm se manifestando no interior das famílias, em rearranjos de inserção de seus componentes no mercado que nem sempre possibilitam manter os rendimentos familiares em seus níveis anteriores. Caem as taxas de participação e de ocupação dos chefes masculinos e dos filhos, crescem para as mulheres e em especial para as cônjuges, configurando rearranjos distintos nos diferentes momentos do ciclo de vida familiar. Neste contexto e considerando a continuidade dos processos de deterioração do mercado de trabalho nos anos 2000, este papel se propõe a discutir, a partir das famílias, as maneiras como a precarização do trabalho e o desemprego fragilizam as formas encontradas por estas para garantir sua sobrevivência, indicando processos semelhantes aos apontados por estudos em regiões latino americanos.
2. Precarização nas famílias: precarização do trabalho e o desemprego.
Ao analisar a precarização do trabalho e o desemprego a partir da família fica evidente que a redução dos postos de trabalho assalariado afetou os componentes da família que vinham obtendo melhores remunerações no mercado, ou seja, os homens chefes de família e os filhos e filhas jovens, maiores de 18 anos. Assim, tanto os rearranjos de inserção, como as novas possibilidades de inserção dos componentes das famílias estão se somando no sentido de queda da renda familiar e, portanto, do empobrecimento dos núcleos domésticos. Embora encontremos situações distintas de empobrecimento entre os diferentes arranjos familiares analisados, alguns deles em decorrência de características de idade e sexo de seus componentes, mostram-se mais vulneráveis ao empobrecimento tendo por parâmetro a renda familiar per capita. Nossas análises sobre os arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho têm por suposto que a diferenciação interna à família com base nos papeis familiares e nas relações de gênero preside as escolhas individuais e as oportunidades oferecidas pelo mercado de trabalho. A disponibilidade dos componentes da família para o mercado de trabalho é afetada pelas relações de hierarquia, relações de gênero e atribuições que tecem as relações familiares e que definem as possibilidades de inserção em atividades remuneradas. Dessa maneira, não ocorre substituição pura e simples de um componente da família por outro nas atribuições de manutenção do grupo doméstico, porque as possibilidades de inserção, qualificação e remuneração são distintas. As taxas de participação dos membros adultos da família expressam com bastante clareza a divisão sexual do trabalho definida a partir das atribuições dos gêneros que, sob a concepção tradicional da família, destinam o homem ao trabalho e a mulher à família, apesar das novas tendências do mercado de trabalho já apontadas neste texto e das crescentes taxas de participação apresentadas pelas mulheres e, em especial pelas que vivem em famílias nucleadas pelo casal (as cônjuges). As limitações que as representações sociais das atribuições femininas impõem à inserção das mulheres-cônjuges e mães em atividades remuneradas ficam evidentes também nas taxas de ocupação mais baixas por elas apresentadas, tanto quando comparadas às de outras mulheres em posições familiares diferentes, tais como filhas adultas e mulheres-chefes de família, bem como quando comparadas às taxas de ocupação de maridos e de filhos adultos. Entretanto, acentua-se na década de 90 o crescimento da participação das mulheres casadas em atividades no mercado, ocorrendo, de forma mais intensa em alguns tipos de família, como se verá. Em 1985, a taxa de participação dos cônjuges é da ordem de 37%, fica cerca de 40% entre 1986 e 1990; cresce entre 1990 e os anos do final da década, passando de 39,2%, no ano inicial, para 51,6% em 1999 e, 52,2% em 2000 (Montali e Lopes, 2003).
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