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Projeto integrador

Por:   •  1/6/2016  •  Relatório de pesquisa  •  2.486 Palavras (10 Páginas)  •  365 Visualizações

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO – UNINOVE

SERVIÇO SOCIAL – 2º SEMESTRE

ANA PAULA FERREIRA MARCHETTO DE ARAÚJO

ANANDA MARTINS MATOS

PRISCILA DIAS FERREIRA BENEDITO

PROJETO INTEGRADOR: DEMOCRACIA E CIDADANIA

SÃO PAULO

2013

ANA PAULA FERREIRA MARCHETTO DE ARAÚJO – RA: 913110536

ANANDA MARTINS MATOS – RA: 913103042

PRISCILA DIAS FERREIRA BENEDITO – RA: 913110955

PROJETO INTEGRADOR: DEMOCRACIA E CIDADANIA

Avaliação complementar realizada semestralmente por grupo de alunos e com a orientação do coletivo dos professores da Universidade Nove de Julho.

Prof. Petrônio Pereira de Souza - Orientador

SÃO PAULO

2013

Sumário

Introdução ao documentário garapa        4

desnutrição        4

VULNERABILIDADE SOCIAL......................................................................................4

CONCEITO DE CIDADANIA........................................................................................5

CONCEITO DE DEMOCRACIA...................................................................................5

DIREITOS SOCIAS......................................................................................................6

GRÁFICOS SOBRE POBREZA EXTREMA................................................................7

POLITICAS PUBLICAS................................................................................................7

RELAÇÕES SOCIAIS..................................................................................................9

CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................................11

No ano de 2005 o IBGE/PNAD indicou que no Brasil existia cerca de 72 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar e foi neste cenário que o diretor José Padilha gravou o seu mais impactante trabalho: “Garapa” – documentário que retrata a realidade de extrema miséria de três famílias cearenses, duas do interior e uma da periferia de Fortaleza.

Padilha filma durante 4 semanas o dia a dia daquelas famílias, sua busca por comida e sua luta para sobreviver. Em uma das cenas, um dos pais da família declara: “Nunca fiz as três merendas em um dia.”

Essas famílias além de passarem fome, quando conseguem alguma coisa para comer, são alimentos com poucas fontes nutricionais. Um exemplo é a mistura de água e açúcar que as mães dão aos filhos, em substituição ao leite e a outros alimentos para mascarar a fome e dar energia durante o dia. Apesar desta mistura dar a sensação de saciedade, causa nas crianças desnutrição e um grave problema dentário.

A desnutrição e as demais deficiências nutricionais têm relação estreita com a pobreza, responsável pelas principais causas do problema. O primeiro deles é a alimentação insuficiente ou inadequada.

Segundo Josué de Castro “existem duas maneiras de se morrer de fome... não comer nada e definhar de maneira vertiginosa, até o fim. Ou comer de maneira inadequada e entrar em regime de carências ou deficiências específicas capaz de provocar um estado capaz de conduzir à morte. Mais grave ainda é o fenômeno da fome crônica ou parcial que corrói silenciosamente inúmeras populações do mundo.”

Apesar de o documentário ter sido filmado em apenas um Estado, ao  assisti-lo podemos identificar os mesmos problemas em todas as regiões do Brasil. A existência de uma grande vulnerabilidade social, ou seja, pessoas excluídas, á margem da sociedade que tem seus direitos limitados, ou cerceados em função de leis que não atendam amplamente os direitos desses indivíduos.

             Podemos classificar a vulnerabilidade social em dois níveis: individual e territorial.
            A vulnerabilidade individual é aquela que se refere ao individuo e a suas necessidades e tem como características: o analfabetismo, a saúde precarizada, o desemprego, a falta de qualificação profissional, não possui família ou a família é numerosa, chefes de famílias muito jovens.

Outro tipo de vulnerabilidade encontrada é aquela relativa ao território, ou seja, marcada pela falta de infraestrutura das casas e também dos bairros, ausência de saneamento básico, problema da seca, ruas sem pavimentação, privação de energia elétrica, bairros muito distantes do centro além da falta de equipamentos públicos.  
            Utilizando os conceitos de vulnerabilidade pode-se dizer que hoje existem muitas famílias que se encontra em altíssimo grau de vulnerabilidade social.

De acordo com Busso (2001:25), “o enfoque da vulnerabilidade tem como potencialidade contribuir para identificar indivíduos, grupos e comunidades que por sua menor dotação de ativos e diversificação de estratégias estão expostos a maiores níveis de risco por alterações significativas nos planos sociais, políticos e econômicos que afetam suas condições de vida individual, familiar e comunitária.”.

               Na vida das famílias documentadas, pode--se afirmar que em meio a uma realidade sofrida e sem nenhum tipo de desenvolvimento, existiu uma adaptação dessas famílias nesse cotidiano. Seus corpos desenvolveram recursos biológicos para que conseguissem sobreviver ao clima e a falta de uma alimentação balanceada.

As famílias do Garapa vivem de maneira indigna, sem ter o que comer, sem água, sem higiene, sem saúde e sem perspectiva de melhoria no futuro, em completa vulnerabilidade social. O que nos conduz a refletir: Será que estamos exercendo de maneira real a nossa cidadania e democracia?

Antes de argumentarmos sobre o exercício da cidadania e democracia, é preciso entender sua essência.

O termo cidadania provém do latim “civitas” que tem como significado “cidade”. Cidadania estabelece uma séria de normas que devem ser seguidas pelos indivíduos de uma comunidade; um país, um Estado, etc.; e que devem atender de boa fé as leis estabelecidas. A cidadania, mesmo sendo vista pelo lado de percepções antigas possui seu próprio caráter. O conceito de cidadania é muito amplo, mas pode-se resumir em ter direitos e deveres.

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