Resenha Crítica - Trabalhadores Negros na Origem da Política Social Brasileira
Por: Anna Cecília • 13/1/2023 • Resenha • 1.050 Palavras (5 Páginas) • 209 Visualizações
1. REFERÊNCIA:
FERREIRA, G. C. Trabalhadores negros na origem da política social brasileira. EM
PAUTA, Rio de Janeiro. 2° Semestre de 2020 – n. 46, v. 18, p. 68 – 84. Disponível em:
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaempauta/article/view/51982
2. CREDENCIAIS DO AUTOR:
Gracyelle Costa Ferreira é uma assistente social graduada pela Universidade Presidente
Antônio Carlos, com especialização em Gestão de Políticas Públicas de Gêneros e Raças pela
Universidade Federal da Bahia. Além disso, ela é mestre e doutora em Serviço Social pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro com período sanduíche na University of Texas at
Austin (Estados Unidos) e atualmente é professora e está vice-coordenadora de Graduação na
Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro.
3. RESUMO – OBRA:
O artigo denominado “Trabalhadores negros na origem da política social brasileira”
integra a primeira parte de uma tese de doutorado e trata do surgimento da política social no
Brasil através da análise qualitativa, a fim de conhecer a estruturação étnico-racial dos
trabalhadores (ferroviários, marítimos e portuários) que primeiro acessaram as políticas
públicas de ação e controle sobre as necessidades sociais básicas entre o século XIX e XX,
dando destaque a expressiva presença dos operários negros, “bem como de suas próprias formas
de proteção e sociabilidade afro-diaspóricas, sua organização sindical e o significado das
primeiras formas institucionais de política social.”. (FERREIRA, G. C., 2° Semestre de 2020,
P. 68)
3.1: RESUMO – ESTRUTURA:
A obra redigida pela assistente social Gracyelle Costa conta com um total de 17 páginas
e se divide através da “Introdução”; “Portuários, marítimos e ferroviários: negros?”; “Laços de
solidariedade e proteção afro-diaspóricas no porto do Rio de Janeiro; “União e Resistência no
Século XX: trabalhadores negros na origem da política social”; “Considerações que não podem
ser finais”; Por fim, “Referências”.
3.2: RESUMO – CONTEÚDO:
O objetivo geral de Gracyelle Costa em seu artigo denominado “Trabalhadores negros
na origem da política social brasileira” é tratar do surgimento da política social no Brasil através
de uma análise qualitativa, a fim de conhecer a estruturação étnico-racial dos trabalhadores
(ferroviários, marítimos e portuários) que primeiro acessaram as políticas públicas de ação e
controle sobre as necessidades sociais básicas entre o século XIX e XX, dando destaque a
expressiva presença dos operários negros, “bem como de suas próprias formas de proteção e
sociabilidade afro-diaspóricas, sua organização sindical e o significado das primeiras formas
institucionais de política social.”. (FERREIRA, G. C., 2° Semestre de 2020, P. 68). Neste
sentido, a autora fundamenta que a proposta exposta pela primeira parte de sua tese de
doutorado, se deu pelo entendimento de que é extremamente relevante revisitar a História diante
do avanço do conservadorismo, indo além da intitulada “História Oficial”, onde os negros não
passavam de objetos de pesquisa. A partir disso, nos é dada a informação de que, de acordo
com grandes intelectuais brasileiros, as origens das políticas sociais se dão através das Caixas
e Institutos de Aposentadoria (CAPs e IAPs) e após, segundo tal interpretação, o acesso a
aposentadorias, pensões, cuidados à saúde (medicamentos, hospitais, atendimento médico),
alimentação, habitação, auxílio funeral etc. tornou-se direito social provido institucionalmente
(SILVA; MAHAR, 1974; MALLOY, 1986; FALEIROS, 2000; SILVA, 2011; BEHRING;
BOSCHETTI, 2011). Finalizando a introdução, a assistente social cita que, muitas pessoas, ao
tomar conhecimento da Lei Eloy Chaves e seus benefícios de aposentadoria e pensão,
considerando a lacuna da condição racial, jamais imaginariam os grupos de ferroviários,
marítimos e portuários beneficiados como majoritariamente negros e encabeçando greves no
segmento com camaradas também negros.
Diante disso, a autora traz dados que ilustram a instituição da obrigatoriedade das CAPs
e IAPs aos ferroviários, portuários e marítimos, que preservou “a perspectiva da solidariedade
entre contribuintes e beneficiários: todos contribuem para usufruto de todos.” (FERREIRA, G.
C., 2° Semestre de 2020,
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