RESENHA DO DOCUMENTÁRIO ATLÂNTICO NEGRO
Por: 198036 • 9/2/2016 • Resenha • 699 Palavras (3 Páginas) • 1.663 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - EAD
POLO LAGARTO – COLÔNIA
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
ANA MARIA FERREIRA DE OLIVEIRA
Matrícula: 201120025137
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO ATLÂNTICO NEGRO (AD1)
História da África I
LAGARTO – SE
2013
ANA MARIA FERREIRA DE OLIVEIRA
Matrícula: 201120025137
RESENHA DO DOCUMENTÁRIO ATLÂNTICO NEGRO (AD I):
História da África I
Atividade apresentada no 5º período do curso de Licenciatura em História da Universidade Federal de Sergipe, na modalidade EAD; sendo esta pré-requisito para obtenção da avaliação parcial na disciplina História da África I; sob coordenação da Professora Joceneide Cunha e tutoria do Professor José Fernando Valério .
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LAGARTO – SE
2013
O documentário Atlântico Negro – Na Rota dos Orixás gravado no Brasil em 1998, é uma produção cinematográfica do diretor Renato Barbieri, com apoio do historiador Victor Leonardi; baseada pesquisas sobre as relações entre Brasil e África, mostrando grandes influências daquele continente na religiosidade brasileira.
Já na escolha do título, Barbieri apresenta a força e a influência da cultura negra no Brasil iniciada com intensificação do tráfico de escravos, trazidos para a América do Sul principalmente, nos navios negreiros que navegavam fluentemente pelo Atlântico, destacando a força da religiosidade na manutenção das bases da cultura africana, mesmo diante das repressões e distorções culturais provocadas pelos colonizadores. Demonstra a origem das raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador/BA, que virou o candomblé, e de São Luís/MA, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.
Essas influências se fazem pertinentes nos gostos, na cultura, na língua, nas comidas etc. pertencentes ao imaginário brasileiro e sua africanidade pela forte tradição em trocas com aquele continente perante uma longa história. Muitos e grandes reinos compuseram a África; seus habitantes que foram trazidos para a América Portuguesa contribuíram com conhecimentos em mineração, agricultura e pecuária.
O documentário demonstra as tradições presentes em nosso país como também, a presença de características de brasileiros no Benin, Nigéria e toda aquela região, que faz parte de um amplo processo de choque entre culturas, fortalecido pelo comércio e tráfico de escravos. Podendo servir de suporte pedagógico no trabalho com os temas transversais como diversidade e cultural, entre outros tantos; servindo como pano de fundo para o levantamento de discussões acerca da multiplicidade cultural do nosso país, o conhecimento de suas origens para compreensão das situações sociais que envolvem a variação cultural e as desigualdades sócias existentes no Brasil.
Ao serem deslocados de sua terra natal, os africanos passavam imaginavam que fossem perder suas memórias e sua identidade. Ao chegarem à colônia brasileira, eles recriavam suas divindades e realizavam cerimônias, como uma forma de manter a África viva dentro deles, e acabaram por transformar a cultura brasileira. Deste modo, podemos dizer que o tráfico negreiro transportava a transição de ideias, tradições, crenças e formas de ver a vida para o Brasil, o que carregavam dentro de suas almas, já que não podiam levar seus pertences materiais.
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