Resenha do Texto A formação Acadêmico Profissional no Serviço Social Brasileiro
Por: Larissa Rodrigues • 1/11/2022 • Trabalho acadêmico • 1.449 Palavras (6 Páginas) • 177 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
CÂMPUS RIO DAS OSTRAS
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
LARISSA RODRIGUES AZEVEDO
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO “A FORMAÇÃO ACADÊMICO-PROFISSIONAL NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO”.
RIO DAS OSTRAS
2021
LARISSA RODRIGUES AZEVEDO
RESENHA CRÍTICA DO ARTIGO CIENTÍFICO “A FORMAÇÃO ACADÊMICO-PROFISSIONAL NO SERVIÇO SOCIAL BRASILEIRO”.
Resenha apresentada à disciplina de Oficina de Texto, como instrumento de avaliação.
Docente:
Prof.ª Drª Vânia Noeli
RIO DAS OSTRAS
2021
Resenha
Desafios para implementação das diretrizes curriculares para o curso de Serviço Social no Brasil [a]
Larissa Rodrigues Azevedo [1]
IAMAMOTO, Marilda Villela. A formação acadêmico-profissional no Serviço Social brasileiro. São Paulo: Serv. Soc. Soc., 2014. N. 120, P. 608-639.
Ao visitar o Currículo Lattes da autora, foi constatado que a autora é graduada [b]em Serviço Social pela Universidade Federal de Juiz de Fora (1971), possui mestrado em Sociologia Rural pela Universidade de São Paulo (1982) e doutorado em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2001). É professora titular (aposentada) da Escola de Serviço Social na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora titular (aposentada) da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), pesquisadora do CNPq e do Programa de Incentivo à Produção Científica, Técnica e Artística -PROCIÊNCIA- da UERJ.
O texto [c]foi base da conferência pronunciada no VII Seminário Anual de Serviço Social promovido pela Cortez Editora, realizado no Tuca, em São Paulo, no dia 12 de maio de 2014. Iamamoto teve como objetivo [d]neste artigo apontar os desafios para implementação do currículo mínimo do curso de serviço Social que se tem hoje e a influência de uma formação de qualidade, na prática do trabalho do assistente social.
A princípio, Iamamoto vai fazer um panorama do serviço social no Brasil, mostrando que o alvo prioritário das ações profissionais são as classes subalternas. Logo, a profissão exige um sujeito profissional comprometido, que não fique preso apenas às rotinas institucionais, mas que seja um profissional empenhado disposto a aprender e compreender a realidade e assim transformar suas percepções em possíveis projetos de trabalho profissional. A autora também vai discorrer sobre o assistente social que trabalha para o Estado e a importância de não confundir o trabalho profissional na política pública com a política pública. A profissão não pode ser confundida com aquilo que é responsabilidade do governo e de Estado, dessas unidades cabe a responsabilidade de financiar, gerir e formular políticas e programas sociais, apesar de ser uma das competências do assistente social resguardada por lei, atuar nesse campo. A autora coloca em pauta a importância do plano nacional de estágio no nível da formação graduada e da revisão das linhas de pesquisa da área no CNPq no nível da pesquisa e pós-graduação. Nas últimas décadas, os assistentes sociais construíram coletivamente um legado sociopolítico e profissional que concedeu ao Serviço Social brasileiro um novo aspecto no cenário da América Latina, Caribe e no circuito mundial do Serviço Social. O centro desse legado foi nutrido teoricamente pela tradição Marxista ao entender a história a partir das classes sociais e suas lutas.
Ao decorrer, Iamamoto vai se concentrar nas diretrizes curriculares, que foram propostas em 1996 pela Abess e revistas em 1999 e tem como precedente mais importante, o currículo mínimo aprovado pelo MEC em 1982.
No currículo aprovado pelo MEC em 1982, a matriz do ensino do Serviço Social centra-se nas ementas voltadas para História do Serviço Social, Teoria do Serviço Social e Metodologia do Serviço Social além do estágio supervisionado -, o que representou um enorme desafio teórico e de pesquisa no sentido de dar sustentação a estes conteúdo. É desse período a introdução da política social no universo da formação acadêmica, quando se vincula o exercício profissional às políticas sociais públicas, sendo as relações entre o Estado e a sociedade de classes decisivas para decifrar o significado social da profissão. (IAMAMOTTO, 2014, p. 614).
Assim a autora vai descrever todo o processo para o surgimento das diretrizes curriculares que são frutos de amplo e diversificado debate acadêmico em oficinas locais, regionais e nacionais. Esses eventos moldaram a proposta do currículo mínimo proposto pela Abepss em 1996. As diretrizes curriculares vão dar mais ênfase a necessidade de uma resposta do Estado em relação a direitos sociais para classe trabalhadora:
As diretrizes curriculares reafirmam a "questão social" como base de fundação sócio-histórica da profissão, salientando as respostas do Estado, do empresariado e as ações das classes trabalhadoras no processo de constituição, afirmação e ampliação dos direitos sociais (Abess/Cedepss, 1997a e 1997b apud IAMAMOTO, 2014, p. 619).
As diretrizes curriculares vão definir o perfil do Bacharel em Serviço social como:
Profissional que atua nas expressões da questão social, formulando e efetivando propostas para seu enfrentamento por meio de políticas sociais públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais; profissional dotado de formação intelectual e cultural generalista crítica, competente em sua área de desempenho, com capacidade de inserção criativa e propositiva no conjunto das relações sociais e no mercado de trabalho; profissional comprometido com os valores e princípios norteadores do Código de Ética do Assistente Social (Diretrizes Curriculares, 1999 apud IAMAMOTO,2014, p. 619-620).
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