Resumo Fundamentos Históricos, Teológicos e Metodológicos do Serviço Social
Por: Maisa Oliveira • 19/11/2020 • Bibliografia • 1.310 Palavras (6 Páginas) • 1.461 Visualizações
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia
Curso: Serviço Social 2014.2
Disciplina: Fundamentos Históricos, Teológicos e Metodológicos do Serviço Social.
Docente: Silvia Arantes
Discente: Maísa Damaceno Lima
Os fundamentos históricos e teóricos metodológicos do Serviço Social brasileiro na contemporaneidade: Resumo Comentado
Maria Carmelita Yazbek Professora da Faculdade de Serviço Social da UNLP/Argentina e da PUC/SP
Introdução
O texto “Os fundamentos histórico e teórico-metodológicos do serviço social brasileiro na contemporaneidade” de Yazbek traz consigo todo um apanhado histórico sobre as relações sociais, processos históricos, que perpassam e constituem a analise dos fundamentos que norteiam o fazer profissional do serviço social. E este processo se analisa através das características históricas vinculadas principalmente as décadas de 80,90 e inicio do século XXI.
O processo de constituição das principais matrizes do conhecimento e da ação o Serviço Social brasileiro
O histórico trazido por Yazbek traz um serviço social ligado ao catolicismo, cuja questão social era vista como problema moral e religioso. Onde sua Intervenção priorizava a formação da família e do individuo para a solução de problemas materiais, morais e sociais. Foi nesse período que houve utilização do Tomismo/ Neotomismo como corrente. O uso de encíclicas como a Rerum novarum do papa leão XIII de 1891 que tratava acerca da restauração social. Houve o contato do serviço social brasileiro com o norte-americano, começando a tecnificar o conservadorismo católico do serviço social dos anos 40, com o inicio do assalariamento do serviço social, e implantação por parte do estado em politicas do campo social a junção de um discurso cristão humanista com suporte técnico da teoria social positivista, a partir dessa corrente o serviço social inicia seu processo de aporte teórico- metodológico para a qualificação técnica de sua pratica. Mudanças econômicas, sociais e no capitalismo nos anos 60 levam o serviço social a repensar e questionar ao serviço social tradicional e conservador um processo de revisão global nos níveis: teórico, metodológico, operativo e politico. É nesse contexto que surge segundo a autora a adesão da teoria social de Marx no Latino América. Esse processo foi chamado de movimento de Reconceituação, que traz consigo vertentes que são devidamente: A vertente modernizadora, a inspirada na fenomenologia, e a vertente Marxista.
Comentário- Nessa parte a autora traz consigo reflexões históricas importantes que constituíram o fazer profissional do assistente social desde os primórdios, onde seu fazer profissional carregava vertentes fortes como catolicismo de onde vem seu nascimento, e a gênese do pensamento constituído de iniciais reflexões acerca do seu trabalho, que constitui o inicio da tecnificação do serviço social, a busca de aporte teórico-metodológicos para o aperfeiçoamento e reconstituição do fazer profissional, traz o inicio importante do contato do serviço social com suas principais vertentes, o que faz com que se tenha ideia da importância do conhecimento acerca desse período histórico para a compreensão do que foi a profissão e de como ela se constitui atualmente.
O Serviço Social nos anos 80: as tendências históricas e teóricas metodológicas o debate profissional
Nos anos 80 é onde se iniciam a relação efetiva do serviço social e o marxismo através de Yamamoto, relações sociais imediatas que escondem e revelam os fatos ao mesmo tempo. Dos anos 80 aos 90 esse pensamento norteia e direciona o pensamento do serviço social no Brasil. Há a busca de ruptura com o conservadorismo. Acontecimento de congressos, encontros Convenções. Nesse período há também o uso do pensamento de Antonio Gramsci, e passa por Heller, Lukacs, Thompson e a Hobsbawn. Há construção de hegemonia com esse novo referencial teórico- metodológicos e interventivos com um pluralismo forte e diversidade no campo de pensamentos filosófico e teóricos diferentes, que levam a construção de um pensamento hegemônico. A expansão da produção bibliográfica e desenvolvimento de pesquisa sobre sua intervenção iniciada na década de 70 houve o avanço na compreensão do Estado, capitalismo e sobre a realidade social, politica econômica e cultural. Evidenciou-se sua relação com as ciências sociais, ganha espaço no CNPq com suas pesquisas também. Maturação evidenciada através da elaboração da LOAS em dezembro de 1993. Erosão do sistema publica de proteção social, institucionalização em 1988 do sistema de seguridade social.
Comentário- Nesse período dos anos 80 houve grandes modificações no fazer e no pensamento acerca do profissional de serviço social, e forma nessas mudanças que se pautaram a compreensão da realidade social e da organização da sociedade capitalista, que demarcam e priorizam a intervenção e o fazer profissional.
O Serviço Social nos anos 90: as tendências históricas e teóricas metodológicas o debate profissional
Nos anos 80-90 há um processo de reordenamento das politicas sociais, subordinando-as as politicas econômicas de estabilização. Ressurge ai o apelo à filantropia e a solidariedade social e civil, e a construção de programas focalizados. Neste contexto o serviço social enfrenta desafios relacionados às desestruturações do mundo do trabalho, dos sistemas de proteção social e da politica social no geral. Crescimento do terceiro setor, surgem nesse contexto novos desafios para o serviço social e novos processos de intervenção, como pro exemplo, discriminação de etnia e gênero, AIDS, violência domestica, e outras tantas questões relacionadas à pobreza, subalternidade e marginalização. Surge nesse processo eixos articuladores que balizam o debate profissional, em sua ação e produção como: A seguridade social, a assistência social e a descentralização e municipalização das politicas sociais. Essa época e transformações encontram o serviço social consolidado e maduro. Há o uso para balizar seu fazer profissional do código de ética de 1993 e lei de diretrizes e bases curriculares de 1996 que regulamenta a profissão. O debate no âmbito das ciências sociais, onde ah uma crise e paradigmas, em conjunto da capacidade explicativa das diferentes correntes. A inserção de novos autores contemporâneos para a construção do debate sobre as diversas tendências metodológicas como Giddens, Hanna Arendt, Bourdieu e Foucault entre muitos outros. Essas novas correntes permitem o pensar macro e micro social. Alguns desafios surgem dai como a consolidação do projeto étnico-politico, teórico-metodológico e operativo.
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