Serviço social na UTI
Por: 062007 • 1/9/2015 • Artigo • 3.067 Palavras (13 Páginas) • 692 Visualizações
RESUMO
Este artigo discorre sobre a inserção do assistente social na unidade terapia intensivo-UTI, como intervenção. As políticas públicas têm apontado uma necessidade de transformar a humanização na “verdade dos hospitais”. Para auxiliar na compreensão do objeto de estudofoi realizada uma pesquisa de campo e bibliográfica visando uma boa fundamentação teórica. Portanto este trabalho justifica-se pela necessidade de uma postura e um compromisso ético estético político da Humanização do SUS quanto aos valores, autonomia e corresponsabilidade. O referido estudo tem como objetivo pesquisar o desenvolvimento da Humanização no Hospital Geral de Linhares – HGL, bem como os benefícios das relações humanas saudáveis, na base de todo processo de intervenção no campo interdisciplinar da saúde. No entanto, observa-se também que o cenário da saúde pública ainda indica a necessidade de mudanças. As políticas nacionais de saúde destacam a importância dos recursos humano no envolvimento e participação do bem estar dos pacientes e de seus acompanhantes.
Palavras-chave:Humanização. Ética. Políticas Públicas. UTI. Hospitalização.
Introdução
Este trabalho se justifica pelo fato de que o Hospital Geral de Linhares não conta com um profissional do serviço social na UTI no período noturno, e quem faz o serviço de informação e orientação na sua ausência primeiramente é o guarda do hospital que fica na recepção, que se inteira com a enfermagem para liberação da visita, durante a ausência deste profissional quem faz o serviço de intervenção na mediação da informação e contato é a enfermagem.
À metodologiautilizada neste trabalho foi através de pesquisa bibliográfica como: livros, sites, artigos, leis, além de entrevista com assistente social, médicos, usuários e outros profissionais que atuam no Hospital Geral de Linhares– HGL.
Visando uma organização do trabalho primeiro abordaremos um breve histórico acerca da Política Nacional de Saúde, depois discorremossobre a humanização e a importância da inserção do assistente social na equipe noturna da Unidade de Terapia Intensiva - UTI do Hospital Geral de Linhares – HGL.
Desenvolvimento
Os meios de comunicação têm contribuído significativamente para divulgação dos direitos do cidadão, e consequentemente a criação um novo perfil psicológico nas pessoas, quando promovem campanhas de prevenção contra doenças degenerativas, campanhas voltadas para o uso correto dos recursos públicos, enfim, promovendo de forma positiva a imagem do SUS (Sistema Único de Saúde) para esclarecer e divulgar os direitos do cidadão em relação aos serviços de Saúde Pública, que segundo a Constituição Federal é um dever do Estado de suma importância na conquista de uma vida com mais qualidade e dignidade. Para um melhor entendimento, o princípio da dignidade da pessoa humana foi dividido em Estado Democrático e Estado de Direito. Neste sentido Bruno Neto (2003, p. 4) ressalta que:
O Estado Democrático refere-se ao Regime Político que permite ao povo brasileiro uma efetiva participação no processo de formação da vontade pública. O Estado de Direito, refere-se ao regime jurídico que autolimita o poder de governo ao cumprimento das leis que a todos subordinam. Enfim, refere-se ao regime político que permite ao povo, uma efetiva participação no processo de formação da vontade pública (governo e governados).
Chon e Elias (2003) salientam que as políticas de saúde no Brasil caracterizam-se pelo seu vínculo estreito com as políticas de Previdência Social, sobretudo no que diz respeito à sua forma de financiamento. Segundo estes autores, a definição de traços marcantes do sistema previdenciário brasileiro começou a se delinear desde a década de 20. A partir dessa década muitos tipos de seguro social foram criados, visando à assistência aos trabalhadores e seus filiados como a aposentadoria, assistência médica, pensões, etc.
Segundo Simionatto (1997), o processo de Industrialização contribuiu muito para as mudanças ocorridas na sociedade brasileira a partir da década de 30. Tais mudanças têm como indicadores mais visíveis a redefinição do papel do Estado e por consequente o surgimento das políticas sociais, além de outras respostas às reivindicações dos trabalhadores.A conjuntura história social de 1930 com suas características econômicas e políticas possibilitou o surgimento de políticas sociais acerca da saúde, já colocadas desde a década de 20, sendo que estas precisavam ser enfrentadas de forma mais sofisticada.
Na década de 20 o país precisava resolver essas questões voltadas para as políticas públicas de assistência aos trabalhadores, assim como necessitavam da criação de novos aparelhos que contemplassem de algum modo, os assalariados que se caracterizavam como sujeitos sociais importantes no cenário da política nacional.
O modelo de previdência que norteou os anos 1930 a 1945 no Brasil foi de orientação contencionista ao contrário do modelo abrangente e prático que dominou o período anterior (1923-1930).
As principais alternativas adotadas para a saúde pública, no período de 1930 a 1940 foram à ênfase nas campanhas sanitárias, a coordenação dos serviços estaduais de saúde, pelo Departamento Nacional de Saúde, em 1937; a interiorização das ações para as áreas de endemias rurais, a criação de serviços de combate às endemias e a reorganização do Departamento Nacional de Saúde, em 1941.
No período de 1945 a1964 a situação de Saúde da população não era muito confortável, uma vez que não conseguiu amenizar o quadro de doenças infecciosas, parasitárias e as elevadas taxas de morbidade e mortalidadeinfantil como também a mortalidade em geral.
Segundo Simionatto (1997) essa articulação chega mesmo a se configurar como uma relação de dependência a tal ponto que se torna praticamente impossível compreender e explicar as políticas de saúde no país restringindo-se apenas às instâncias que, por definição, são responsáveis pela saúde: o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.O regime burocrático-autoritário, implantado no Brasil em 64, determinou um modelo de assistência à saúde fundada em ações individuais médico-hospitalares, privilegiando o setor privado, através da assistência médica previdenciária e tratando com descaso as ações de saúde pública.
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