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A Gestão Pública

Por:   •  15/12/2022  •  Resenha  •  931 Palavras (4 Páginas)  •  92 Visualizações

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Universidade Estadual de Minas Gerais – UEMG

Faculdade de Políticas Públicas e Gestão de Negócios – FaPPGEN

Tecnologia em Processos Gerenciais – Belo Horizonte

Gestão Cultural

Aluno:

Atividade: Comentário de duas entrevistas.

  • Entrevistas escolhidas: Solanda Steckelberg e Eliane Parreiras

As participantes escolhidas foram muito interessantes, pois além de trazer profissionais de extrema relevância para o meio cultural no quesito gerencial, me proporcionaram o despertar de conhecimentos relacionados a gestão, ao fomento e a construção de política cultural dos quais não tinha contato, mesmo sendo um grande apreciador e frequentador de atividades culturais das mais diversas formas.

Solanda Steckelberg com seu vasto conhecimento apresentou de forma suscinta e didática a questão das leis de incentivo à cultura e os principais mecanismos de fomento ao setor artístico-cultural nas três esferas: Federal, Estadual e Municipal. Steckelberg, ao levantar a questão do Fundo Cultural e fazer o paralelo da Lei Federal nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc (LAB), como um “SUS da cultura” no sentido de promover a distribuição do Fundo Nacional de Cultura para os estados e municípios, permitiu captar a ideia de forma simplória e acessível. Tal lei aborda uma série de medidas emergências para o setor cultural e criativo no cenário do impacto com a pandemia da Covid-19.

Hodiernamente observa-se um movimento de crítica negativa aos projetos de fomento à cultura. Tais posicionamentos podem ser relacionados a falta de conhecimento e principalmente da exaltação de casos de insucesso. Solanda aponta de forma perspicaz a necessidade de enaltecer os bons exemplos, uma vez que eles superam os negativos. De acordo com ela, passamos por um momento de “demonização dos incentivos fiscais ao fomento à cultura” e que sim, os projetos devem ser reavaliados e aprimorados, mas que além de aprender pela transparência e aprendizado dos casos não satisfatórios é importante a divulgação dos de êxito, como forma de crescimento e desenvolvimento. É válido ressaltar a questão da Economia Criativa e o retorno que ela promove à sociedade como, por exemplo, na geração de emprego e renda além do empreendedorismo, consumo cultural e a possível transformação social. A entrevistada acentua que nesse processo “não é a cultura que está dentro da educação, mas a educação é que está dentro da cultura”.

Eliana Parreiras com sua experiência no âmbito estadual, em sua entrevista, colabora para a construção do conhecimento acerca do processo cultural. Eliana aponta o papel do Estado na pauta cultural e como ele atual frente a dificuldade de atingir duas dimensões distintas, mas que se relacionam: de um lado há a sociedade civil como um todo e do outro o “mercado cultural” em seu sentido mais amplo, compreendendo a produção artístico-cultural por meio de políticas para tal setor.

Em sua análise, Parreiras, aponta como ocorre os vários tipos e etapas de fomento ao setor para que se promova o desenvolvimento econômico, humano e social por meio da cultura. Segundo ela, como pode ser observado na Figura 1, o ciclo se inicia com o fomento a criação com o intuito de fortalecer a identidade cultural própria. O fomento a difusão torna-se necessário como forma de promoção da circulação e condições de acesso ao público, inclusive quanto a infraestrutura. A terceira etapa relaciona-se com a formação de público e dos artistas. Por último, é importante o fomento ao processo de registro e memória como forma de ampliar o acesso, a preservação e a conservação da produção.[pic 1]

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