A Importância do Assistente Social nas Escolas
Por: Beatriz Menezes • 15/6/2018 • Artigo • 4.604 Palavras (19 Páginas) • 1.008 Visualizações
A importância do Assistente Social nas Escolas.
Beatriz Menezes Silva
Resumo
O artigo tem por objetivo promover conhecimento sobre as diversas políticas públicas em educação, apresentar a importância do assistente social na educação, discorrer sobre o processo de flexibilização e precarização das relações de emprego e trabalho que também chegam ao campo da gestão escolar, a desvalorização e desqualificação da força de trabalho, bem como sobre desprofissionalização e proletarização dos profissionais que estão inseridos na área da educação e aos que deveriam fazer parte dessa área.
Refletir sobre a contribuição do Serviço Social na área da educação, especificamente em unidades de educação pública, procurando discorrer sobre os motivos pelos quais a presença do assistente social é essencial para que a função social da escola seja efetivada, a qual é um espaço que proporciona o acesso ao conhecimento e, consequentemente, promove mudanças nos âmbitos sociais, históricos, econômicos e culturais.
O trabalho tem como tema “A Importância do Assistente Social nas Escolas” e tem como objetivo conhecer as políticas públicas em educação, apresentar a importância do assistente social na educação evidenciando as principais atribuições e competências que o assistente social possui e que contribuição ele tem a oferecer ao enfretamento da questão social expressa no campo da educação.
A escolha metodológica partiu do que se foi observado dentro da escola pública E.E.F. Deputado Flavio Portela Marcilio no município de Quixadá, quando trabalhei dentro da escola juntamente com os alunos no projeto oferecido pelo Governo no antigo Programa Mais Educação, cujo desenvolvimento foi por meio de estudos de pesquisas já realizados de vários autores e foi levado em consideração que alguns profissionais que estão inseridos na área da educação não tem formação adequada para atuar no enfrentamento das demandas sociais expressas no interior das escolas públicas; e tais demandas existentes são pertinentes ao profissional de Serviço Social, que irá contribuir com o processo educativo dos adolescentes.
Sendo assim, este estudo busca contribuir no sentido de auxiliar a escola e seus demais profissionais, no enfrentamento de questões que fazem parte da formação e do fazer profissional do Assistente Social, sobre as quais, muitas vezes a escola não sabe como intervir.
Palavras-chave: Escola. Educação. Serviço Social na escola. Intervenção. Serviço Social.
Introdução
O trabalho do Serviço Social na Educação volta-se para identificar e atender as demandas provenientes da questão social que perpassa o cotidiano do campo educacional. A política educacional reflete as expressões da questão social, que impõem desafios aos sujeitos que participam de seu planejamento, da sua execução e apresenta demandas ao Serviço Social. O profissional Assistente Social dentro do ambiente escolar utiliza-se de seu referencial teórico metodológico e instrumental operacional, e ético-político que consegue perceber.
“A política educacional é, assim, expressão da própria questão social na medida em que representa o resultado das lutas sociais travadas pelo reconhecimento da educação pública como direito social. E aqui deve ser ressaltada uma das principais características da realidade brasileira: o fato de a educação não ter se constituído até o momento em um direito social efetivo e universalmente garantido, um patrimônio da sociedade civil, conforme ocorreu em vários países como etapa fundamental do processo de consolidação do próprio modo de produção capitalista, ou seja, como um valor social universal e como condição necessária ao desenvolvimento das forças produtivas (ALMEIDA: 2005 p.4).
Com isso abre-se a possibilidade de discutir a questão dos direitos social como por exemplo, a questão do acesso mais no seu aspecto mais amplo que é sempre de grande relevância dentro da área da educação por isso é necessário que gestores e os demais profissionais que estão inseridos nas escolas se perguntem: Como estão as frequências dos alunos? Se os estudantes se sentem efetivamente incluídos no ambiente escolar? Suas condições econômicas, sociais, culturais se estão sendo respeitadas? Quais fenômenos sociais estão interferindo no seu processo de aprendizagem? Como os reflexos da questão social estão afetando o estudante e sua família, em casa, no trabalho, no acesso a bens e serviços? Se eles têm acesso as políticas públicas que são ofertadas pelo município e o estado? Se os pais têm participado das atividades escolares? Se conhecem as estratégias que a escola adota para solução de conflitos? E principalmente se perguntarem como os profissionais da educação, da assistência social, da saúde podem unir esforços em prol do desenvolvimento, e da melhoria da qualidade de vida dessas pessoas?; Para podermos encontrar respostas que deem conta da complexidade da vida em sociedade exige um esforço e uma construção coletiva, o trabalho deve ser interdisciplinar, ou seja, professores, pedagogo, orientador educacional, psicólogo e assistente social atuando e intervindo na realidade dos alunos, levando em conta a realidade familiar e as necessidades da comunidade, sujeita a tensões e conflitos de ordem socioprofissional, por isso necessitam ser cooperativas. O desafio profissional está em encontrar novas estratégias de ação.
Frente a esta situação, o estudante chega muitas vezes à escola apresentando comportamentos agressivos, irritado, inquieto e às vezes chega a brigar na escola, perdendo a concentração nas aulas, se torna distante, retraído e, assim, o seu aprendizado se torna difícil, ocasionando muitas vezes na evasão escolar.
Diante das variadas funções que a escola pública assume, o professor tem de responder a exigências que estão além de sua formação; muitas vezes desempenham funções de agente público, assistente social, enfermeiro, psicólogo, entre outras. Percebe-se que essas exigências contribuem para um sentimento de perda de identidade profissional, e acabam constatando a necessidade de profissionais específicos para esses tipos de atribuições; é nesse contexto que se identifica um processo de desqualificação e desvalorização sofrido pelos mesmos.
Aqui ressaltamos a necessidade de inserção do Assistente Social neste contexto, como profissional de apoio à escola e de referência às questões relacionadas à família que permeiam o cotidiano do aluno. As demandas que chegam as escolas requerem um profissional que busque estratégias que assegurem o seu ingresso, regresso, permanência e sucesso da criança e adolescente na escola; favorecendo a relação família – escola – comunidade. A educação é um direito de todos os indivíduos, com ou sem deficiência, com isso a educação contribui para a possibilidade de escolas democráticas com uma sociedade justa e humana.
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