A Metodologismo do Fundamento
Por: 90876 • 2/10/2018 • Trabalho acadêmico • 481 Palavras (2 Páginas) • 120 Visualizações
Metodologismo
De início a autora fala sobre como foi os anos 60 e junto com ele o movimento de reconceituação no Serviço Social, trazendo elementos que são importantes para uma melhor análise e entendimento sobre como as coisas aconteceram. A autora fala sobre os aspectos econômicos que expressaram sobre o modelo de desenvolvimento urbano-industrial latino-americano, assim como a rebeldia dos movimentos sociais e políticos que fizeram pressão para se obter uma nova estrutura de poder.
De acordo com a autora, “Essa tendência tocou de perto os assistentes sociais, especialmente aqueles grupos de profissionais jovens e de estudantes, convencidos que estavam na inoperância da profissão como elemento racional corretivo de seu referente problema e – agora com maior clareza, a partir do movimento de reconceituação – como instrumento ideológico impulsionador de interesses que defendem a ordem tradicional.”
Ainda de acordo com a autora, essa tomada de consciência se enriqueceu com a introdução, nos círculos das escolas, das categorias mais amplas do materialismo histórico e dialético, o que levou uma mudança de ótica na indicação dos objetivos profissionais, tais como a conscientização, a organização e a mobilização das classes populares tentando superar as últimas metas de assistência e promoção, tipicamente integradas ao sistema dominante.
Para Leila, no decorrer do movimento reconceitualizador, num primeiro momento, a ideologia é entendida como motivadora para o desenvolvimento profissional e, talvez mais do que isso, identificada como o conhecimento científico.
Sobre a prática institucional, Leila Lima diz que, quando se sabe que as instituições estabelecidas não vão ser os instrumentos vitais e definitivos da transformação social, é porque se reconhece que há outros de maior poder. Mas se esse meio, de maior poder, não puder penetrar e contradizer a prática institucional, de acordo com o raciocínio daqueles colegas, isso se deve não por ser possível fazê-lo, porém simplesmente porque enquanto profissional não lhe darão espaço político, além disso, porque a prática não teria nada a fazer numa instituição.
Com relação a clássica prática de campo, Leila Lima aponta que, o serviço social se utilizou de um esquema de perfil lógico, caracterizado pelos passos denominados “estudo, diagnóstico e tratamento.” Relacionados aos problemas considerados, até agora, individuais, de grupos ou de comunidade. A partir da Reconceituação, aparecem novas categorias preocupadas em desenvolver a relação entre a teoria e a prática, formando-se a importância da prática como fonte fundamental da elaboração teórica, ao mesmo tempo que se assinalava o compromisso do mencionado exercício com os interesses dos setores populares.
Ainda de acordo com a autora, a prática científica não é assunto de aplicação de normas preestabelecidas. É muito mais um assunto de imaginação criadora, embora rigorosamente pensada sobre o real. A prática científica só se desenvolve em consonância com os processos sociais. Não existe uma explicação meramente metodológica da investigação apenas uma explicação política, visto que uma das condições de uma prática metodológica científica é estar inserida no confronto dos interesses sociais.
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