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A Racionalização da prática da assistência

Por:   •  24/9/2015  •  Resenha  •  1.001 Palavras (5 Páginas)  •  509 Visualizações

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Racionalização da prática da assistência

MARTINELLI, Maria Lúcia. Serviço Social - identidade e alienação. ed.8. São Paulo: Cortez, 2011. 96 - 106 p.

    Não se tratava de empreendimento de fácil exemplo, pois historicamente a realização da pratica assistencial esteve bastante distanciada das relações sociais, associando-se mais a nação de caridade. O objetivo de facilidade a marcha das caravanas no deserto. Muitos anos mais tarde, porém ainda na época pré-cristã as confrarias se estenderam para as cidade buscando, por analogia, ajuda a caminhada daqueles que sofriam, seja por privações, pela dor doenças, perdas ou rupturas.

Com o advento do cristianismo, a assistência ampliou a sua base, fundamentou-se não só na caridade mais especialmente na justiça social. Enfatizava-se também a dimensão espiritual da assistência, nessa fase.  Com a organização da igreja católica, essa tarefa foi delegada aos diácono-membros leigos da igreja – e logo em seguida estendida as confrarias, suas ações se ampliaram, passando a envolver a realizações de inquérito sociais, além das visitas domiciliares para constatações das necessidades dos solicitantes de ajudas.

   A organização da pratica da assistência, como expressão de caridade cristã, além de ter integrado o temário de vários concílios, foi objeto de preocupação de muitos teólogos e membros destacados da igreja, como são Paulo, São domingos, Santo agostinho, Santo Ambrósio, são Francisco. São Bernardo e são bento, entra outros. Deste a era medieval e avançando para época mais recentes, que atingiram até mesmo o século XIX, a assistência era encarada como forma de controlar a pobreza e de retificar a sujeição daqueles que não detinham posses ou bens materiais. Assim, seja na assistência prestadas pela burguesia, seja naquela realizada pelas instituições religiosas, havia sempre intenções outras além da pratica da caridade. O que se buscava era perpetuar a servidão, retificar a submissão.

A espiritualidade religiosa foi substituída por uma preocupação mercenário que torna ou a igreja insensível a sorte de milhões de camponeses que viviam em um regime de brutal servidão. O tráfico mercantil penetrara tão fundo na estrutura da igreja que a venda de indulgencia e do perdão torna-se um fato natural no século XVI. É bastante difícil precisar o momento certo do surgimento do Capitalismo, no entanto, o que melhor marca sua predominância é a posse e o uso da propriedade privada, assim como a dos meios de produção e a exploração de uma classe sobre a outra. E todas as transformações que vão ocorrendo, aos poucos, no âmbito social, levam consequentemente a ruptura entre as classes e gera a divisão social do trabalho. O capital favorece apenas alguns indivíduos, a partir dessa divisão começa a aparecer classes com mais condições, já outras apenas podendo negociar a sua força de trabalhado, tornando-a como uma mercadoria. O comprimento dos princípios da fé era responsabilidade de cada pessoa e a organização da pratica da assistência responsabilidade do estado e não da igreja segundo seus ensinamento.

Porem a organização da societária e a ordem jurídica que decorreram dessa revolução francesa, de natureza marcantemente política, deslocaram de novo a base da assistência, posicionando-a como um direito do cidadão e atribuindo a todos o dever de presta-la. Em seus esforços de racionalizar a assistência, ela criara a primeira proposta de pratica para o serviço social no terço final do século, XIX foi com essa conotação que a pratica da assistência se desenvolveu ao longo do tempo, atendendo aos interesses e objetivos da burguesia. Tanto quando possível, a ação social realizada a partir de ensinamento científicos e procedimentos técnicos era crescentemente demandada pelo estado burguês.

Obra madura, crítica, profunda, Serviço Social: identidade e alienação é um dos primeiros estudos de natureza rigorosamente hermenêutica sobre o Serviço Social enquanto existe em si e em suas relações com a sociedade capitalista, onde teve sua origem e desenvolvimento. Indispensável para o estudo da história do Serviço Social e para a compreensão do real significado da profissão na sociedade do capital, de sua participação no processo de reprodução das relações sociais, tal obra aborda questões originais e complexas, praticamente intocadas nos textos de Serviço Social, como a identidade profissional, a alienação, o fetiche da prática e a consciência de classe da categoria profissional. Sendo que dei uma lida por auto em outras páginas do livros que foi solicitada pela professora somente a página 96 - 106.

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