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A SAÚDE MENTAL

Por:   •  21/4/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.227 Palavras (5 Páginas)  •  131 Visualizações

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Eixo I: Conhecendo o Território, as Redes de Atenção, os Conceitos, Políticas e as Práticas de Cuidado em Saúde Mental.

 

Os alunos (as) chegaram muito animados para o curso. No primeiro momento participou conosco da dinâmica da Teia a Suzy Coordenadora da Atenção Primária do município e que nos deu suporte o tempo todo. Todos disseram da vontade de aprender mais e desenvolver um bom trabalho. Falamos da rede do município como eles entendem essa rede do vazio assistencial na Saúde Mental, uma vez que os serviços pactuados para a micro ainda não saiu do papel. Essa informação busquei junto à Superintendência de Saúde de Governador Valadares para que eu pudesse compreender de que forma a rede estava estruturada e levar isso para discutir com os alunos. Os Técnicos e Auxiliares de enfermagem não forma liberados para fazer o curso; somente os ACSs. São dezenove alunos e todos presentes. Na construção do mapa surgiram fatos interessantes como destaque no território a casa/morada do ACS. Eles disseram que fazem parte desse e, portanto consideram importantes nesse espaço. Relataram com muita clareza a falta de serviço e que os pacientes de saúde mental geralmente são encaminhados para o hospital Galba Veloso ou Raul Soares em BH. Somente um serviço foi implantado na Micro desde a implantação da Rede no município de São João Evangelista o CAPS I e que mesmo assim os alunos desconheciam e nem sabiam o que era CAPS. Foi feito um breve relato da RAPS. O município é coberto por 100% ESF. A diabetes e hipertensão foram comuns a todas as áreas. Já os casos de HIV, tuberculose, obesidade, anemia falciforme foram destaque em algumas áreas. Também os casos de alcoolismo, gravidez precoce, drogas, tabagismo, falta de saneamento básico e transtorno mental. O município não conta com muitos pontos de cuidado. Em destaque a APAE, Conselho Tutelar, CRAS, UBS, Grupo da hiperdia, academia de saúde. Nos distritos contam com as igrejas locais e escolas para realização de campanhas de vacinas e atendimento médico. A zona rural é muito extensa, praticamente a metade da população. Os ACSs relataram que tiveram que comprar motos, e/ou até mesmo solicitar ajuda de outros profissionais para acompanhar nas visitas; sentem-se às vezes inseguros, com medo de animais ferozes, ataque de pessoas até nas próprias famílias, caso já acontecido e que geralmente são bem recebidos pelas famílias. Não possuem identificação camisas, crachás, utensílios que consideram importantes para o trabalho. E que a questão das drogas não se esconde mais. Os usuários usam drogas em qualquer lugar pode ser de dia ou a noite. O município é de pequeno porte, pouco mais de sete mil habitantes. As praças, quadra de futebol, campo de futebol foram destaque para os pontos de lazer. O vídeo Crack, Crack, despertou o interesse dos alunos ao falar dos preconceitos e do olhar e escuta para com os usuários de drogas. Já Não é o que parece “Fora de Si” retrata a forma de encontrar prazer e das sensações diversas que cada pessoa apresenta ao usar a droga e que a sociedade está sempre discriminado os usuários sem saber os motivos que o levaram a usar o vicio. A droga sempre foi usada na antiguidade, mas de forma leve, e hoje não se controla mais o consumo levando cada dia mais pessoas à dependências.

Os participantes descreveram os seus entendimentos sobre a questão da atenção básica considerando a ESF como porta de entrada para as famílias e comunidade visando a prevenção de doenças e agravos e manutenção da saúde, tendo como principais ações a visita domiciliar, campanha de vacinas, ações educativas,

A atenção integral foi entendida como completa. Tratar o paciente como um todo, nas sua especifidades e na sua totalidade, e não só o momento da abordagem, da consulta, respeitando suas origens e crenças. Mas isso não é feito pela estrutura do município. Falta profissionais capacitados, ofertas de serviços e implantação da RAPS. Muitas das vezes os profissionais percebem que o indivíduo tem algum transtorno, mas não conseguem identificar o que é no caso. E quando identificam não conseguem atender pela falta do serviço. Os alunos acreditam que essa capacitação foi muito importante, estavam mesmo necessitando desse conhecimento, pois acredita que a ESF tem poder vinculador muito maior que um Psicólogo ou até mesmo de um psiquiatra junto à comunidade. As ações são básicas: acolhimento, encaminhamento. O município ainda não possui Núcleo de Apoio à Saúde da Família, está em fase de implantação. Talvez possa resposta às demandas existentes. Acreditam que uma pessoa que possui uma boa estrutura familiar, encontra uma forte barreira para livrar das drogas em geral. Acreditam que dentre os fatores de risco estão: a insatisfação familiar, depressão, preconceito, DST, falta de informação, acesso fácil ás substâncias, falta de integração com a comunidade, exclusão social.

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