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A centralidade do trabalho

Por:   •  28/9/2016  •  Trabalho acadêmico  •  946 Palavras (4 Páginas)  •  408 Visualizações

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A Centralidade do trabalho

Durante muito tempo as análises críticas do capitalismo promoveram as relações de trabalho à tema central, a partir das próprias análises de Marx, que definem como central a relação capital – trabalho nesse tipo de sociedade. Deduziam-se, no campo político, consequências que reduziam praticamente as contradições sociais a essas relações que, uma vez superadas, levariam à emancipação de toda a humanidade.

Temas como os de gênero, etnias, de meio ambiente, seriam resolvidos pela superação da contradição capital – trabalho. Mas além de saber se os países que se assumiram como socialistas ao longo do século XX, aboliram essa contradição central (avançaram nessa direção, mas estatizaram os meios de produção em vez de socializá-los, abolindo ou quase a propriedade dos meios de produção, transferindo-a para uma burocracia estatal, e não para os trabalhadores). Nessas sociedades aquelas contradições apontadas como secundárias sobreviveram fortemente.

Com as grandes transformações operadas no mundo a partir dos anos 80, o campo do trabalho passou por um processo de total reversão dessa centralidade, seja pela incorporação positiva de outras contradições, como as apontadas de gênero de etnia, de meio ambiente, mas também como uma enorme desqualificação das atividades ligadas ao trabalho.

O tema que era um dos mais abordados na vida acadêmica nas décadas anteriores, passou a ser apenas um entre outros, com interesse claramente declinante. A mídia passou a inviabilizar totalmente as relações de trabalho, tanto no noticiário quanto na ficção, como as telenovelas em que o mundo do trabalho praticamente não existe, apenas marginalmente.

Como interessa às elites dominantes terem as centrais sindicais e os sindicatos em situação de marginalidade e de fraqueza, esse objetivo foi levado adiante com afinco. Criaram um mundo em que aparentemente ninguém mais trabalha, quando é o contrário o que ocorre, nunca tantos viveram do seu próprio trabalho. Acontece que as duríssimas políticas neoliberais incentivaram o seu trabalho, com um alto índice de desemprego e subemprego, sem carteira de trabalho e sem poder apoiar a lei e a organização sindical, pois que uma grande maioria da humanidade vive do trabalho e para o trabalho. Nesse sentido, entende-se a realidade brasileira no contraditório mundo capitalista.

A Descentralidade do trabalho

O serviço social a partir da divisão sociotécnica do trabalho, é entendido como a ação desenvolvida pelo homem, quando este cria mecanismos de sobrevivência. Tem-se como um ato criativo. Por outro lado, o ato alienado é quando o indivíduo não reconhece nem a si e nem ao outro, sempre em competição, explorado sobretudo pelo capitalismo.

A descentralidade acontece em 1950, na pós-segunda guerra sob o contexto do Nelfare State (estado de bem-estar), das décadas de 40 até 60, no período mais promissor da prosperidade.

É evidente o desfavorecimento do trabalhador como centro do trabalho, eis que é substituído por máquinas. Por isso, uniram-se em sindicatos, em classes revolucionárias (que fariam a revolução, se assim fosse o caso), dando início às conquistas dos seus direitos, com notória evolução ao longo dos anos.

A descentralidade vem a ocorrer ao se verificar a possibilidade de fazer a revolução, pois assim os trabalhadores vão por terem seus direitos reconhecidos, com foco precípuo dentro das fábricas e, enquanto existisse Welfare State, certamente haveriam direitos garantidos.

Destarte, a tecnologia de produção foram estratégias, quando, na fábrica, desempregou esses trabalhadores com a restruturação produtiva.

Retorno à Centralidade

A crise fiscal do Estado cujos efeitos na conservadora década de 1980 deu início ao desmantelamento do Estado

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