A homofobia é o termo ou nome usado para designar o preconceito e a aversão aos homossexuais
Por: lufugolin • 12/9/2015 • Projeto de pesquisa • 1.733 Palavras (7 Páginas) • 555 Visualizações
HOMOFOBIA
A homofobia é o termo ou nome usado para designar o preconceito e a aversão aos homossexuais. Atualmente a palavra é usada para indicar a discriminação à mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis e intersexuais).
A homofobia pode ser expressa de modo velado, através de atitudes, comportamentos preconceituosos que envolvam a discriminação até violências e assassinato, alguns exemplos: na contratação para emprego, locação de imóveis ou acesso a “direitos civis”.
A atitude homofóbica inevitavelmente leva à injustiça e a exclusão social de quem sofre, sem falar nos problemas psicológicos causados.
No decorrer da história inúmeras denominações foram usadas para identificar a homossexualidade, refletindo o caráter preconceituoso das sociedades que cunharam determinados termos como: pecado moral, perversão sexual, aberração. A homofobia implica “ainda” numa visão patológica da homossexualidade, submetidas a olhares clínicos, terapias e tentativas “de curas”.
De acordo com a Organização das Nações Unidas (UNESCO) em 17 de maio de 1990 a organização mundial de saúde (OMS) retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais, razão pela qual neste dia se realiza o “DIA MUNDIAL PELOS DIREITOS SEXUAIS E DE COMBATE A HOMOFOBIA”.
Podemos entender então que a homofobia compreende algumas dimensões fundamentais, de um lado a questão afetiva, de uma a rejeição ao homossexual, de outro a questão congnitiva, onde o objeto do preconceito é a homossexualidade como fenômeno e não o homossexual como individuo.
O termo homofobia teria sido utilizado pela 1ª vez nos Estados Unidos, em meados dos aos 70, e a partir dos anos 90 teria difundido ao redor do mundo. Porém em nosso país tomou-se proporções gigantescas, o Brasil é hoje o país com maior índice de homofobia no mundo, segundo pesquisas de algumas ONGs, como a GGB (Grupo Gay da Bahia). O Brasil há anos lidera o ranking e sem previsão de perder o posto, pois com as estatísticas a cada 36 horas há uma vítima da discriminação e preconceito à liberdade do ser humano se expressar ou manifestar sua opção sexual e amorosa.
Somos um país com orgulho de sermos chamados de povo alegre, festeiro com liberdade de expressão, de realizar todos os anos passeatas e as maiores paradas gays, mas caímos em contradição com a dura realidade de um país machista, analisando as pesquisas atuais o Brasil está em 1º lugar com 5,3 vezes maior que o segundo, o México e 7,4 que o 3º lugar os Estados Unidos, são números de violência e discriminação que crescem de forma progressiva. Ainda não temos a maturidade à “educação correta” para tal entendimento, embora nossa sociedade se esforce para discutir e formalizar leis sobre o assunto é ainda na maioria uma sociedade de “hipócritas”, em meio ao capitalismo que AINDA predomina.
Nesse contexto após centenas de gays, travestis e lésbicas serem assassinados nos últimos anos, muitos deles como Edson Néris que foi linchado em 2000 no centro de São Paulo, por estar caminhando de mãos dadas com o namorado, o governo ressalta que além da situação extrema do assassinato há muitas outras formas de violência como: humilhação, ofensa e extorsão atos praticados contra homossexuais, e evolvem familiares, vizinhos, colegas de trabalho ou representantes de Instituições Públicas.
A UNESCO entre abril e maio de 2002 fez uma pesquisa em todas as unidades da Federação brasileira, chamada de “PERFIL DOS PROFESSORES BRASILEIROS”, na qual foram entrevistados 5000 professores da rede pública e privada, revelou, entre outras coisas que para 59,7% deles é inadmissível que uma pessoa tenha relações homossexuais, e que em 21,2% deles tampouco gostariam de ter vizinhos homossexuais, está pesquisa mostra o quanto nossa população, e até mesmo os indicados a EDUCAÇÃO no Brasil não tem o conceito correto de cidadania. As pessoas não nascem com preconceitos, estes são adquiridos, e também podem ser revistos, ao longo da vida em diversas instâncias como: família, comunidade, escola, religião, direito mídia dentre outras. E também por esses meios é que vamos aprendendo quais as pessoas ou grupos passíveis de serem discriminados que têm “menor valor social” e que tipo de atitudes desiguais e discriminatórias são socialmente, culturalmente, politicamente e juridicamente aceitas, o que dizer então tratando de nossos professores brasileiros?
Em 2004 a sociedade civil entrou em discussão com o governo federal, no momento foi lançado o “BRASIL SEM HOMOFOBIA”, organizado com o intuito de promover a cidadania e os direitos dos LGBTI, a partir da equiparação de direitos e de combate à violência e a discriminação homofóbicas. Segundo o “BRASIL SEM HOMOFOBIA” pesquisas do Fundo das Nações Unidas (UNICEF) envolvendo estudantes do ensino fundamental, pais e professores revelaram que os docentes não apenas tendem a silenciar frente à homofobia, mas muitas vezes colaboram ativamente na reprodução de tal violência. A relevância de tal temática é mais visível se considerarmos que além de ser um tema tabu para professores e diretores de escolas, percebe-se que este também é um ponto pouco discutido com a população adolescente. Essa pesquisa foi realizada em quatorze capital brasileira, e também revelou que mais de um terço de pais de alunos não gostariam que homossexuais fossem colegas de seus filhos, taxa que sobe para 46,4% em Recife, e um quarto dos alunos entrevistados declaram essa mesma percepção, se observarmos o Nordeste tem o maior índice de discriminação no país.
A homofobia é assunto mundial que deve ser tratado com maior seriedade, com gravidade NACIONAL de saúde. A ONU declarou que a homofobia “contribui” para o aumento das novas infecções pelo HIV e também o aumento para as mortes causadas pelo o vírus, uma vez que a discriminação dificulta o acesso à informação sobre a prevenção e também afasta essa população dos serviços básicos de saúde, mesmo que os testes e medicamentos estejam disponíveis gratuitamente, sem falar nas causas psicológicas. A homofobia torna as pessoas LGBTI muito mais vulneráveis à depressão, transtornos de ansiedade generalizados e de conduta e distúrbios no uso de álcool e drogas, bem como as tornam mais propensas a pensar em suicídio ou fugir de casa e viver nas ruas, um exemplo real é que jovens LGBTI nos quais sua sexualidade é rejeitada pelos pais tem oito vezes mais chances de cometer suicídio. Baseado em um estudo brasileiro sobre este assunto, em 2010 foi realizado um trabalho junto a adolescentes entre 12 e 20 anos, de ambos os sexos, nos municípios de Assis, Ourinhos e Presidente prudente no interior do estado de São Paulo, a fim de explorar as conexões entre orientação sexual, pensamentos e tentativas de suicídios, apresentando entre os dados obtidos que jovens LGBTI apresentam duas vezes mais chances de pensar em suicídio, três mais chances de tentar o suicídio e estão duas vezes mais propensas a sofrer violência sexual, se relacionado com os heterossexuais
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