Coloides

É a dispersão na qual o diâmetro da partícula dispersa, chamada micela, está compreendida entre 10 Å e 1000 Å.

Assim misturando água e sabão, as entidades do disperso terão diâmetro entre 10 Å e 1000 Å, constituindo uma dispersão coloidal. Se misturarmos álcool e sabão, as entidades do disperso terão diâmetro inferior a 10 Å, e a mistura será uma solução.

Na dispersão coloidal, as entidades dispersas recebem o nome de micelas. O quadro a seguir nos fornece alguns tipos de colóides que podem ser formados dependendo do estado físico do disperso e do dispersante.

Os fatores que mais contribuem para a natureza global sui-generis de um sistema coloidal são:

As dimensões das partículas;

A forma e a flexibilidade das partículas;

Propriedades superficiais (inclusive elétrica);

Interações partícula-partícula;

Interações partícula-solvente.

Os coloides têm, em geral, características específicas como possuir massa elevada, serem relativamente grandes e apresentarem elevada relação área/volume de partícula. Nas superfícies de separação (interfaces) entre fase dispersa e meio de dispersão, manifestam-se fenômenos de superfície característicos, tais como efeitos de adsorção e dupla camada elétrica, fenômenos esses, de grande importância na determinação de propriedades físico-químicas do sistema como um todo.

A dispersão coloidal é impropriamente denominada coloide. As partículas do disperso podem ser bolhas de gás, gotas líquidas ou partículas sólidas. Podem ser diferenciadas de partículas numa solução ou em suspensão por seu tamanho.

Exemplos: vidro temperado [69]; geleia; pedra pomes; sangue; leite; chantilly (ar em creme); fumaça (cinzas no ar) bruma ou nevoeiro (água em ar). Muitos coloides são utilizados em nosso dia-a-dia como a gelatina, a maionese, tintas, shampoo, etc.

Mesmo que o coloide por excelência seja aquele cuja fase contínua é um líquido e cuja fase dispersa seja composta de partículas sólidas, podem ser encontrados coloides cujos componentes se encontram em outros estados de agregação.