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Diabetes

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Por:   •  26/10/2013  •  Seminário  •  4.195 Palavras (17 Páginas)  •  194 Visualizações

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A diabetes mellitus é uma doença, popularmente conhecida como diabetes, relacionada a distúrbios no controle da glicemia. Os diabéticos apresentam altas concentrações de glicose no sangue (hiperglicemia). Esse excesso de açúcar é excretado através da urina, vindo daí o nome "mellitus", pois a urina de um diabético ficaria doce como mel. Os principais sintomas da diabetes são: vontade freqüente de urinar, muita sede, dores nos membros inferiores, cansaço, perda de peso e visão embaçada. O Diabetes Mellitus é um conjunto heterogêneo de doenças, com manifestações diversas, onde o denominador comum é o aumento da glicose, um açúcar circulante sanguíneo. Esta elevação da glicose ocorre, na maioria das vezes, por diminuição na produção de insulina ou por dificuldade na ação deste hormônio. A insulina, é o principal responsável pelo aproveitamento e metabolização da glicose pelas células do nosso organismo, com finalidade de gerar energia. A insulina é produzida pelo pâncreas e sua falta ou ação deficiente acarreta modificações importantes no metabolismo das proteínas, das gorduras, sais minerais, água corporal e principalmente da glicose.

As doenças mais freqüentes têm a sua origem familiar, através da transmissão genética. Mas o início do diabetes, em geral, requer associação dos fatores genéticos com fatores ambientais e com o estilo de vida da pessoa. Entre os mais conhecidos encontramos a obesidade, o sedentarismo e as infecções.

O diabetes não genético pode surgir após destruição das células betas pancreáticas produtoras e secretoras de insulina, como por exemplo no alcoolismo crônico que pode causar pancreatite crônica.

As formas mais comuns são diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2, ambos com conotação familiar. O tipo 1 é mais comum na criança e juventude, e em geral, necessita de aplicação diária de insulina para sua sobrevivência. Já o tipo 2, aparece mais após os 40 anos de idade e em cerca de 90% das vezes a pessoa é obesa. O diabetes tipo 2 é cerca de 8 a 10 vezes mais comum que o tipo 1 e pode responder ao tratamento com dieta e exercício físico. Outras vezes vai necessitar de medicamentos orais e por fim, a combinação destes com a insulina. No caso de um paciente com diabetes do tipo 2 ter de usar insulina no tratamento, não o transforma em paciente com diabetes tipo 1. São doenças diferentes. Existem outros tipos específicos de diabetes sem a história genética (familiar) na sua origem. O diabetes que aparece na gravidez é classificado em separado como diabetes gestacional ou da gravidez. Hoje são conhecidos mais de 20 tipos de enfermidades, que cursam com hiperglicemia e, portanto, são catalogadas como Diabetes Mellitus.

Os mais comuns são: sede excessiva, excesso de urina, muita fome, cansaço e emagrecimento. Mas muitas pessoas adultas têm diabetes e não sabem. Os sintomas muitas vezes são vagos como formigamento nas mãos e pés, dormências, peso ou dores nas pernas, infecções repetidas na pele e mucosas. Portanto, é importante pesquisar diabetes em todas as pessoas com mais de 40 anos de idade. O diabetes melito tipo 1 (classificação publicada em 19971) é uma doença metabólica crônica caracterizada por uma deficiência de insulina, a qual é determinada pela destruição das células produtoras de insulina do pâncreas. Este processo, mediado pelo sistema imunológico, ocasiona um quadro permanente de hiperglicemia o qual é característico da patologia. Invariavelmente há necessidade de reposição insulínica exógena.

Nesta doença existem alterações no metabolismo de hidratos de carbono, lipídios e proteínas, assim como alterações estruturais em diversos sistemas orgânicos incluindo microangiopatia (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macroangiopatia (doença coronariana, insuficiência arterial periférica, etc.).

Epidemiologia

O diabetes tipo 1 apresenta uma distribuição racial pouco uniforme com uma freqüência menor em indivíduos negros e asiáticos e uma freqüência maior na população européia, principalmente nas populações provenientes de regiões do norte da Europa2. A incidência do diabetes tipo 1 é bastante variável, de 1 a 2 casos por 100.000 ao ano no Japão até 40 por 100.000 ao ano na Finlândia3. Nos Estados Unidos a prevalência do diabetes tipo 1 na população geral é em torno de 0,4% 4.

A incidência do diabetes tipo 1 vem aumentando nas últimas décadas em alguns países como Finlândia, Suécia, Noruega, Áustria e Polônia, e em trabalho publicado em 1993, Michaelis et al.5 descrevem o mesmo fenômeno na população da antiga Alemanha Oriental, porém apenas nas populações mais jovens. As explicações para estas diferenças regionais e étnicas baseiam-se em diferenças genéticas e ambientais. No Brasil temos poucos estudos epidemiológicos sobre o diabetes tipo 1, porém em estudo recente, abrangendo três cidades do interior paulista, constatou-se uma incidência de 7,6/100.000 habitantes nesta população6.

Aspectos genéticos

Genes de diversos locus vêm sendo estudados quanto a sua participação no desenvolvimento do diabetes tipo 1, entre os quais podemos citar genes do locus MHC classe I (HLA locus A, B e C), classe II (HLA locus DR, DQ e DP) e classe III, além de genes não-MHC. O conjunto de genes presentes no locus MHC (complexo principal de histocompatibilidade) vem sendo estudado através de métodos moleculares, por exemplo, com a utilização da reação em cadeia da polimerase (PCR), permitindo com isto a determinação das seqüências de amino-ácidos de seus constituintes. Alguns alelos suspeitos de participação no desenvolvimento do diabetes tipo 1 estão sendo encontrados. Como exemplo, podemos citar HLA-DQA1*0301 e HLA-DQB1*0302 na população Caucasóide. Outros alelos dos locus DR3 e DR4 também podem estar envolvidos7. Genes não-MHC também podem ter participação como por exemplo, o polimorfismo no gene da insulina situado no cromossomo 118 , e mais recentemente a relação entre a suscetibilidade genética para diabetes tipo 1 e os genes para o TAP (transportador envolvido na apresentação de antígenos)9. O envolvimento de algumas dezenas de locus genéticos no desenvolvimento do diabetes tipo 1 estão em processo de estudo e o projeto de mapeamento do genoma humano deve auxiliar em tais investigações.

As informações disponíveis sugerem que o diabetes tipo 1 é uma doença com característica multifatorial, com grande importância dos fatores ambientais, além dos genéticos. Sabemos que 90% dos indivíduos com diabetes tipo 1 diagnosticado não têm parentes de primeiro grau que apresentem a doença e a chance

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