FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II
Por: dai775564 • 17/9/2015 • Trabalho acadêmico • 3.477 Palavras (14 Páginas) • 468 Visualizações
Faculdade Anhanguera- UNIDERP
Polo Jundiaí – SP
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Curso: Serviço Social – 2ª Série
Tutor: Thaís Toledo Savoy
DESAFIO PROFISSIONAL
FUNDAMENTOS HISTÓRICOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL II
PSICOLOGIA E SSERVIÇO SOCIAL I
Nomes:
Daiane S. Dos Santos RA: 9415585214
Sirlene Ramos Lima de Omena R.A: 8361797442
Gisele de Lima Alvarenga RA: 2755591795
Karen Vanessa Moraes RA: 9422560543
Sandra Cristina Simionato RA: 8643122631
Jundiaí, 31 de março de 2015.
SUMÁRIO
1. Introdução...............................................................................................................................1
2. As transformações que o período da Ditadura trouxe para a Psicologia................................2
3. Os principais acontecimentos que marcaram o Serviço Social durante o período da
Ditadura...... ...............................................................................................................................3
4. Diferença entre Serviço Social e Psicologia na Ditadura.......................................................4
5. Interfaces entre Duas Profissões.............................................................................................5
5.1 Existe a possibilidade de duas profissões trabalharem juntas?.............................................5
5.2 O que requer a atuação interdisciplinar?...............................................................................6
5.3 Como deve ser o Trabalho do Assistente Social e Psicólogo dentro da equipe interdisciplinar?...........................................................................................................................6
5.4 Por que é importante que os Assistentes Sociais e Psicólogos/as entendam qual a sua função frente à análise crítica da realidade?...............................................................................7
5.5 Quais os desafios enfrentados por essas duas Profissões na Política da Assistência Social?.........................................................................................................................................7
6. Conclusão................................................................................................................................8
7. Referências Bibliográficas......................................................................................................9
INTRODUÇÃO
O Trabalho versa o aprofundamento no percurso Histórico do Serviço Social Brasileiro, discute-se o golpe militar 1964, um dos momentos mais tristes da história do nosso país, a instalação de um período crítico, que se estabeleceu nos anos subsequentes de governo ditatorial. O período de governo militar foi a marca dos tempos de total supressão dos direitos constitucionais, de práticas de censura, de perseguições políticas, de repressão, tortura e morte daqueles que se rebelavam contra o governo ou tentavam se organizar com o intuito de reivindicar melhores condições de vida da população brasileira. Assim assemelhando a junção de duas profissões, o Serviço Social e a Psicologia trabalhando com um só objetivo, assegurar os direitos de cidadãos/as mediante as desigualdades Sociais em nosso país. A Psicologia Comunitária dedica-se a estudar, compreender e intervir no cenário de questões psicossociais que caracterizam uma comunidade.
As transformações que o período da Ditadura trouxe para a Psicologia
A Psicologia no Brasil foi regulamentada no ano de 1962, pouco antes do golpe militar, em um período no qual as Forças Armadas se articulavam para promover o tão fatídico e inesquecível golpe. A psicologia emergiu associada às classes burguesas da sociedade brasileira que buscava contribuir com estudos sobre as intervenções de caráter higienista, moralizante e normatizante focadas principalmente na população pobre.
Com o golpe militar “a nova profissão não buscava apenas legitimidade social, mas mostrar para as classes dominantes atuantes no Brasil que a psicologia não era uma ameaça à ordem social“. (LACERDA JR, 2013, p. 220). Na época, estudos na área “psicologia” eram produzidos sobre o indivíduo considerado inadequado, anormal, com comportamentos que dissonassem daqueles apregoados pelo movimento higienista brasileiro, sem qualquer reflexão e crítica sobre as condições sociais, políticas e econômicas extremamente injustas vividas pelas classes populares no país.
Na psicologia aquele foi um período caracterizado também pela ênfase de teorias individualistas que contribuíram para tendências culturais da hegemonia burguesa e criavam uma psicologia privada, individual e elitista.
O golpe militar de 64 definiria novas formas de desenvolvimento econômico, em que haveria uma valorização tanto de profissões de níveis superiores quanto de profissionais liberais. Exatamente a via que a classe média pretendia para ascender socialmente: profissionalizar-se via curso superior e tornar-se um profissional liberal devido à valorização do setor privado. Aquele foi um período, conforme Gonçalves (2010), em que os campos de trabalho nas áreas sociais estavam reduzidos e o desenvolvimento de políticas sociais apresentava um caráter assistencialista e tecnocrático, de forma que era considerada desnecessária a atuação de profissionais na área. A maior parte da Psicologia, a partir da regulamentação da profissão fica orientada para o trabalho clínico, no modelo do consultório particular e uma parcela menor estará nas empresas ou nas escolas, mas, nesses casos, durante bom tempo seguindo a tradição de prática anterior que já nos referimos: a prática da psicometria ou de alguma forma de descrição e classificação que pudesse contribuir para a organização, quer da escola, quer do trabalho. (GONÇALVES, 2010, p. 89). Entretanto, na década de 70, enquanto parcela de psicólogos se acomodavam nesses espaços de conforto de atendimento às elites em seus consultórios particulares, outra parcela de profissionais, juntamente com outros intelectuais, começava a se incomodar e discutir sobre a situação de opressão e violência que vivia o país naquele período ditatorial. Durante a ditadura militar, houve um complexo processo de reorganização de setores da sociedade civil em sua luta contra o capital e/ou o regime militar. Este processo também chegou à psicologia, criando cisões, crises e transformações. Surgiram novas abordagens teóricas e práticas na psicologia brasileira. (LACERDA JR, 2013, p. 225-226).
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