Ginastica Na Educação Infantil
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FEFISO – Pedagogia dos Esportes Coletivos – Orientador: Claudinei Bello
Aspectos Positivos da Prática de Atividades Física Infantil
Grupo 2 - Período Diurno 1º Semestre.
Ana Paula;
Débora;
José Henrique;
Marisa;
Silvia;
Sandra
1.Considerações iniciais.
Para a maioria dos pais, a prática esportiva é uma necessidade. A atividade física é um fator imprescindível para que a criança tenha um desenvolvimento saudável. São inúmeros os estudos que têm enfatizado os benefícios de programas que envolvem atividades motoras, tanto para o crescimento e a maturação quanto para o desenvolvimento de capacidades cognitivas e sociais 1, 2, 3. No entanto, a gama de atividades físicas na infância é bastante extensa, incluindo desde as brincadeiras espontâneas, com intensa carga lúdica, até os programas esportivos orientados para o alto rendimento, rotulados como especialização precoce. Avaliar as conseqüências que essas práticas mais organizadas possam ter para a vida futura de seus praticantes é tarefa difícil e foi motivo do surgimento, nas últimas décadas, de uma nova área de estudo, a fisiologia pediátrica do exercício. (Tani, 1988)
• Divisões das Capacidades 1,2,3.
Numa 1ª fase, que entende-se de 03 a 07 anos, a motricidade infantil, designada por “ginástica infantil”, apoiava-se numa visão anatómica e biológica do corpo humano, fase de conhecimento e de descobrimento do mundo onde estamos inseridos.
O comportamento humano é composto por três domínios básicos: cognitivo (atividades intelectuais ou operações mentais), afetivo-social (sentimentos e emoções) e motor (movimentos), brincar é uma necessidade básica da personalidade, do corpo e da mente; faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana que se caracterizam por serem espontâneas, funcionais, satisfatórias e, por isto, necessárias à plena formação do organismo de uma criança, de seu intelecto e de sua personalidade. Nas brincadeiras a criança experimenta pessoas e coisas, armazena memória, estuda causas e efeitos, resolve problemas, constrói um vocabulário útil, aprende a controlar as reações emocionais e adapta seus comportamentos aos hábitos culturais do grupo social.
“Atividade Física não é Educação Física, mas Educação Física é Atividade Física.” (Tani, 2011.)
Aspectos positivos 1ª fase:
As habilidades intelectuais
• o envio de informações experimentadas ao pensamento hipotético-dedutivo, contribuindo ao desenvolvimento dos processos mentais de compreensão e análise
As habilidades afetivo-sociais
• a integração da criança ao grupo ou ao meio;
• a necessidade orgânica e social de realizar movimentos com o corpo;
• o conhecimento dos demais a sua volta;
• a criatividade;
• o auto-conhecimento e confiança, sua independência.
As habilidades físico-motoras
• a percepção do próprio corpo, do espaço e do tempo;
• o domínio de habilidades e destrezas motoras.
• possibilita que o cérebro se mantenha ativo.
A Atividade Física proporciona o descobrimento do seu corpo e do corpo do amigo, funções básicas como o que posso fazer com as mãos e os pés, coordenação motora no deslocamento de vária formas; frente, lateral e atrás, aprimora o equilíbrio; aumenta a resistência; proporciona uma boa noite de sono entre mais.
Numa 2ªfase, com idade entre 7 a 10 anos, sofreu a influência das ciências do desenvolvimento psicológico da criança, nessa fase já escolar. Uma concepção pedagógica baseada na “Escola Ativa” que valorizava os comportamentos espontâneos da criança e o significado do jogo no processo de crescimento e de desenvolvimento motor. O ensino passou a basear-se em jogos educativos, de estruturas simples às mais complexas. Numa fase posterior, esta perspectiva evoluiu pela necessidade de definir um conjunto de práticas segundo referências socioculturais. É a fase dos mini-desportos ou a miniatura dos jogos realizados pelos adultos.
Aspectos positivos 2ª fase:
• O corpo, nessa fase, é o referencial da percepção, o meio pelo qual a criança absorve o mundo e manifesta sentimentos, sensações e até mesmo opiniões.
• O desenvolver dos aspectos do esquema corporal, do equilíbrio, da lateralidade, da organização do corpo no espaço e no tempo, da coordenação motora grossa e fina, não esquecendo o que é característico na idade: correr, saltar, lançar, transportar, trepar, rastejar e rolar.
• Deve ser oportunizada uma variedade de experiências motoras, bem como um contato com vários tipos de objetos em diferentes espaços, proporcionando, assim, a conscientização do próprio esquema corporal.
• Toda atividade em forma de recreação é mais atrativa para as crianças. O lúdico e o brincar são tão importantes para elas quanto respirar, comer e dormir.
• Coordenação Motora Fina
Capacidade de controlar pequenos músculos para exercícios refinados. Exemplo recorte, colagem, encaixe, escrita, etc.
• Coordenação Motora Global
Possibilidade do controle e da organização da musculatura ampla para a realização de movimentos complexos. Exemplos: correr, saltar, andar, rastejar, etc.
• Estruturação Espacial
É a orientação e a estrutura do mundo exterior, a partir do Eu e o depois a relação com outros objetos ou pessoas em posição estática ou em movimento, é a consciência da relação do corpo com o meio.
• Organização Temporal
É a capacidade de avaliar tempo dentro da ação, organizar-se a partir do próprio ritmo, situar o presente em relação a um antes e a um depois, é avaliar o movimento no tempo, distinguir o rápido do lento. E saber situar o momento do tempo em relação aos outros.
• Estruturação Corporal
Relacionamento do individuo com o mundo exterior, conhecimento e controle do próprio corpo e de suas partes, adaptação do mesmo ao meio ambiente.
Imagem Corporal: A experiência do individuo em relação ao próprio corpo sujeito, impressão subjetiva.
• Conhecimento Corporal: Conhecimento intelectual que se tem do próprio corpo.
Esquema Corporal: Tomada de consciência de cada segmento do corpo (interna e externa) o desenvolvimento do esquema corporal se da a partir da experiência vivida pelo individuo com base na disponibilidade do conhecimento que tem sobre o próprio corpo e de sua relação com o mundo que o cerca.
Na ultima e 3ªfase, compreendida como o final da idade infantil de 10 a 13 anos, quando se relaciona a realização do movimento como atividade de um organismo total expressando a personalidade seu todo proporcionado por diferentes estímulos, pensa-se nas possibilidades de vivencias de movimentos humanos básicos (andar, saltar, correr, rastejar, rebater equilibrar, esquivar-se, quicar, equilibrar, chutar, passar, receber, transportar...) como maneira de desenvolver o ser todo a partir da compreensão das áreas psicomotoras.
O poder agir, o poder sobre o próprio corpo, de acordo com Lapierre (1988) e a descoberta deste "poder agir" associado ao "poder sentir" é o que traz uma nova dimensão ao prazer do movimento, é o prazer de ação, de vivenciar as coisas simples e complexas. O qual o prazer de viver o próprio corpo é experimentar o prazer do movimento em si.
Identificar / Descrever / Experimentar / Demonstrar
Atitudes e Valores
Respeito / cooperação / atenção / responsabilidade / colaboração / participação / resolução de conflitos / organização / autonomia
à atividade a si mesmo / outros
Aspéctos possitivos 3ª fase:
• Demonstrar em relação à atividade;
• Colaboração na organização;
• Preservação dos materiais;
• Participação em todas as atividades;
• Uso de uniforme adequado.
• Identificar, descrever, experimentar, demonstrar ou incorporar em relação a si mesmo e/ou aos outros.
• Compartilhamento de idéias, espaço, tempo e materiais com os outros nas atividades motoras;
• Cooperação com os outros em pequenos e grandes grupos;
• Reconhecimento de atitudes de cooperação e colaboração presentes nos jogos de equipe;
• Respeito às regras estabelecidas durante o jogo; Colaboração, auxílio e incentivo os outros no processo de aprendizagem de habilidades motoras;
• Tratamento e comunicação respeitosa ao professor, pais e aos colegas; Disposição em resolver os conflitos inerentes ao jogo e no decorrer de sua vida;
• Respeito aos colegas antes, durante e após o .jogo e em sua vida;
• Reconhecimento de funções de liderança e de colaboração presentes nos jogos ou nas atividades em grupo;
• Respeito às próprias limitações e possibilidades, e às dos outros, na aprendizagem e desenvolvimento das habilidades motoras; Respeitar as diferenças de desempenho dos outros, presentes nas atividades motoras;
• Entender e respeitar os erros dos outros;
• Disposição para discutir positivamente o significado da vitória e da derrota nos jogos;
• Entender os aspectos cooperativos e competitivos presentes nos jogos ou atividades em grupo;
• Respeito ao direito de participação de todos.
A competitividade sadia, o espírito de equipe, disciplina e a persistência. Mostrando-se assim que o esporte ou a prática esportiva nas categorias de iniciação é muito mais do que competir, que ganhar e perder, é ter motivação, é viver momentos, e fazer amigos, além de desenvolver o físico e o bem-estar.
Quadro Demonstrativo de Atividades.
Áreas de Intervenção
Atividade Básica Fundamental
Criação de experiências que favoreçam as aquisições essenciais. Grandes famílias de movimentos locomotores e posturas e as suas combinações Mobilidade
Estática e Dinâmica Postura
Lateralidade
Equilíbrio
Esforço
Regulação e intensidade Coordenação
Muscular
Orgânico
Atividade Gímnica
Ações que solicitem o movimento pensado, interiorizado e expresso como resposta a uma situação criada. Solo Apoios, quadrupedia, deslocamentos, equilibrios
Aparelhos Controlo, recepções, projecções, transporte, rotações, balanços, suspensões, enrolamentos
Corrida Curta, média, longa, velocidade, obstáculos
Saltos Comprimento, altura
Lançamentos Com corrida, com rotação
Manipulações De objectos
Atividade Expressiva
Ações que favoreçam a vivência interior pela expressão corporal. Movimentos locomotores, posturais, encorajar o mov. criativo pelo uso de imagens, sons, histórias, palavras Ritmos Estruturas simples e complexas
Mímica Representação gestual
Dramática Representação de personagens
Popular Rodas cantadas
Criativa Factores, planos e relações
Jogos
Ações que orientem a criança nas relações que lhe são exteriores. Actividades lúdicas que mobilizam a criança na participação em jogos de pequena organização. Habilidades motoras de manipulação Infantis Corrida, luta e agilidade, atenção, lançar e agarrar
Tradicionais e Perceptivo-Motoras Memorização, categorização, comunicação, avaliação, síntese
De pequena organização Com a s mãos e com os pés, com raquetas.
Exploração da Natureza
Ações que visem a descoberta do meio físico e do ambiente. Simples passeios na natureza até formas organizadas de experiências motoras Descoberta Elementos naturais, construídos na natureza, em espaços reduzidos e alargados
Percursos
Orientação
Aquáticas
Ações de exploração e adaptação ao meio aquático Exploração Equilíbrio, flutuação, respiração e propulsão
Adaptação
Estrutura
Integradas
Atividade motora que favoreça a aquisição de conceitos fundamentais de natureza lógico-matemática, linguistica, artística ou estudo do meio Linguagem
Matemática
Ciências
Estudo do Meio
Artísticas
1) Promove o respeito às leis, regras, adversários e disciplina.
2) Aumenta os valores intrínsecos (vontade de auto-superação).
3) Deve estimular o Princípio da Diversidade.
4) Promove a educação pelo movimento.
5) A recompensa pertence a todos os participantes, independente de sua classificação.
6) A competição é de fundamental importância para o processo de formação educacional da criança e do adolescente.
7) Promove a integração, participação e sociabilização.
8) Estimula a uma alimentação adequada.
9) Promove hábitos de higiene pessoal.
10) Preocupa-se com uma ocupação sadia e não vadia.
11) Preocupa-se com o desenvolvimento da personalidade afetiva, social e cognitiva.
12) A auto-organização se faz presente para a criança/adolescente saber dividir o seu tempo diário.
13) Estimula a liderança e o cooperativismo.
14) Promove oportunidades de rever e fazer amigos.
15) Faz com que a educação esportiva dos pais seja melhorada, bem como seu incentivo.
16) Acarreta na aquisição de feedback intrínseco, para detecção do erro.
Considerações Finais.
A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde que a criança passa a ter contato com o mundo.
Na interação com o meio social e físico a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e eficiente. Isso significa que a partir do envolvimento com seu meio social são desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que permitirão um novo patamar de desenvolvimento.
A criança, por meio da observação, imitação e experimentação das instruções recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas experiências físicas e culturais, construindo, dessa forma, um conhecimento a respeito do mundo que a cerca.
Para que esses conceitos sejam desenvolvidos e incutidos no aprendiz, o meio ambiente tem que ser desafiador, exigente, para poder sempre estimular o intelecto e a ação motora desta pessoa. No entanto, não basta apenas oferecer estímulos para que a criança se desenvolva normalmente, a eficácia da estimulação depende também do contexto afetivo em que esse estímulo se insere, essa ação está diretamente ligada ao relacionamento entre o estimulador e a criança. Portanto, o papel da escola no âmbito educacional deve ser o de sistematizar esses estímulos, envolvendo-os em um clima afetivo que serve para transmitir valores, atitudes e conhecimentos que visam o desenvolvimento integral do ser humano.
A criança que é fisicamente ativa tem mais chance e se tornar um adulto ativo, destacando o ponto de vista de saúde pública e medicina preventiva, a promoção da atividade física na infância e na adolescência significa estabelecer uma base sólida para a redução da prevalência do sedentarismo na idade adulta, contribuindo desta forma para uma melhor qualidade de vida (LAZZOLI et al., 2007).
Referências bibliográficas:
FREIRE, J.B. (1989). Educação do Corpo Inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. São Paulo. Scipione;
TANI, G. & MANOEl, E.J. (2004). Esporte, Educação Física e Educação Física Escolar;
Dalila Quintão, Elisa Pinheiro, Felipe Passos, Larissa Santos, Márcia Xavier, Márjorie Nunes - http://www.humanitates.ucb.br/2/educacao.htm#Grupo%20de%20estudos;
BETTI, M. (1992). Ensino de Primeiro e Segundo graus: Educação física para quê?;
Conexões: Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 9, n. 1, p. 24-36, jan./abr. 2011;
TANI, G. Educação Física Escolar, Uma Abordagem Desenvolvimentista, São Paulo: Edusp, 1988.
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