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Manual visão do tempo

Por:   •  7/3/2016  •  Trabalho acadêmico  •  6.083 Palavras (25 Páginas)  •  232 Visualizações

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[pic 1]             UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP

                                                                            Centro de Educação a Distância

JORNAL VISÃO DO TEMPO

Trabalho apresentado na disciplina Formação Social Econômica e Política do Brasil do curso Serviço Social II, Universidade Anhanguera-uniderp sob a orientação da Tutora presencial: Profa. Lucia Medeiros e Tutora EAD: Profa. Ma. Maria Clotilde Pires Bastos.

Uberlândia

2013

                 

EDITORIAL

O objetivo deste estudo é fazer uma reflexão sobre a trajetória histórica entre o passado e o presente no Brasil, onde nem tudo foi tão simples no passado, mas que em muitas coisas serviu como influência na vida dos brasileiros. Os tópicos a seguir são um pouco do que se descreve em cada capítulo. Esta história proporcionará ao leitor muitas surpresas a cada página, onde poderá ter um novo olhar sobre o perfil atual do Brasil.

BRASIL SOB A PERSPECTIVA DE UM ARTISTA

O Brasil é privilegiado por Debret em seu acervo com a chegada da Família Real há quase dois séculos.

             

CENAS: Foto de Jean-Baptiste Debret (à esq.), coleta de dinheiro para a igreja (ao centro), castigo de escravo (à direita), família saindo a passeio, jantar no Brasil, vendedor de flores à porta de uma igreja no domingo, uma senhora brasileira em seu lar, livro Debret e o Brasil, (corpo do texto).

O artista francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) chegou ao Brasil em 1816, oito anos depois da vinda da Família Real Portuguesa para a sua mais rica colônia, o Brasil. Desembarcou no Rio de Janeiro uma comitiva de mais de 15 mil pessoas.  Dentre as principais medidas tomadas por D. João VI, estava a abertura dos portos às nações amigas, a revogação do decreto que proibia a instalação de indústrias no Brasil e a criação do Banco do Brasil. A mudança da corte portuguesa para o território colonial não traria apenas profundas transformações na vida política e econômica, mas daria origem também a uma série de iniciativas de grande alcance para o desenvolvimento cultural. Como integrante da missão francesa Debret produziu ao longo de uma década e meia, tempo em que viveu no país, o que é considerado de período joanino, cerca de 600 obras, onde escreveu e retratou nossa história durante os anos em que estivera no Brasil.

 Ao chegar ao Brasil, Debret ainda estava impregnado de sua formação neoclássica. Aqui, foi mudando a sua arte tão logo começou a desenhar cenas do cotidiano da então capital imperial. O encanto pelo Rio de Janeiro e pelo Brasil foi tanto que fez com que ele se despojasse do rigor que trazia da Europa. Quando voltou a Paris, o pintor editou o livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil onde reuniu todas as aquarelas sobre os estudos realizados no Brasil. Esta obra legou um precioso documentário, pois, retrata o modo de viver da sociedade brasileira no século XIX.

Sendo assim, a iconografia registrada por Debret é uma riquíssima fonte de pesquisa para historiadores e professores de história. O trabalho de Debret sempre foi mais valorizado aqui do que na Europa e a maior parte de sua obra voltou ao País pelas mãos de colecionadores, entre eles o empresário “Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968): em 1939, ele comprou do marchand franco-brasileiro Roberto Heymann 551 pinturas que englobavam esboços e aquarelas”. Na verdade, há pouca coisa de Debret na França e em Portugal. Ele é preciosíssimo para o Brasil. Desenhista oficial da corte fixou em suas telas os costumes, usos e paisagens do Brasil, criando um documento histórico de importância fundamental para a recriação da nossa realidade na primeira metade do século XIX. Não se limitou à sua excepcional habilidade como desenhista, também reunindo notas e organizando um vasto material sobre aspectos econômicos, políticos, sociais e geográficos. Como não se contentou em ser apenas um pintor oficial, Debret passou, a registrar a vida nas ruas e nas casas da cidade do Rio de Janeiro. Percebendo que só as imagens não eram suficientes para explicar o que via, teve a decisão de escrever textos pra acompanharem as litografias.

Durante o século XIX é aceito entre a maioria dos historiadores que as telas pintadas por Jean Baptiste Debret, trazem um retrato fiel dos costumes da sociedade brasileira do início do século XIX. Suas aquarelas devem ser analisadas como uma importante fonte histórica para os estudos do modo de ser da sociedade brasileira.

            A obra de Debret é um documento de valor incomparável para o estudo da época. Foi sem dúvida, o maior cronista da sociedade brasileira no início do século XIX. Sem ele não se poderia ter uma documentação tão sólida, tão abundante do meio social brasileiro e da paisagem humana da época.  

Por isso o Brasil foi enriquecido com as obras de Debret, e hoje podem desfrutar dessas artes maravilhosas e olhar as imagens da sociedade brasileira dos tempos imperiais ilustradas na obra de Debret é procurar ir além da figura, cores e modos ali registrados pelo artista francês. É enriquecer o trabalho histórico e construir uma história, onde a representação desta época está mais próxima da verdade representativa que tanto a história necessita.

                      Os pesquisadores podem identificar facilmente os usos e costumes, da terra boa e generosa que madrugava para a civilização As obras de Debret merecem destaque, pois retratam os modos de vida da sociedade brasileira no século XIX.  As iconografias registradas por Debret, no século XIX são documentos básicos, que proporcionam aos novos historiadores um desafio para a análise da sociedade brasileira neste período.

Debret tenta mostrar aos leitores um panorama que extrapolasse a simples visão de um país exótico e interessante apenas do ponto de vista da história natural. Mais do que isso, tentou criar uma obra histórica; mostrar com detalhes e minuciosos cuidados a formação, especialmente no sentido cultural da nação brasileira; procurou resgatar particularidades do país na tentativa de representar e preservar o passado do povo, não se limitando apenas a questões políticas, mas também a religião, cultura e costumes dos homens no Brasil.                         

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