Modelo organizacional
Por: majcarmo • 16/4/2016 • Resenha • 1.434 Palavras (6 Páginas) • 232 Visualizações
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL - UFMS
EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA
POLO: SÃO GABRIEL DO OESTE /MS
GESTÃO PUBLICA
DISCIPLINA: PÚBLICO E PRIVADO
WILLIAM FAGNER CAMARGO MIRANDA NOGUEIRA
RIO VERDE DE MATO GROSSO – MS
2013
Temos no mundo contemporâneo duas matrizes teóricas que interpretam as relações entre Estado e mercado, a liberal e marxista, e são formadas a partir do combate às idéias e a ordem vigentes à sua época e propondo novas e justas formas de organização da sociedade.
A forma mais clara de compreender o significado e a contribuição de cada matriz é o seu estudo comparado e contextualizado no tempo.
O pensamento liberal surge em meados do século XVII E XVIII fundada na corrente filosófica do Jusnaturalismo.
Destacam-se quatro filósofos que influenciaram na formação dessa matriz: Thomaz Hobbes, John Locke, Charles Louis de Secondat, barão de Montesquieu (1689-1755), e Jean-Jakes Rousseau (1712-1778). Que apesar das diferenças, basearam-se nos mesmos elementos fundamentais dessa corrente.
A matriz marxista, com base no pensamento do alemão Karl Marx, tem como conceito a combinação de dois fatores: as forças produtivas e as relações de produção. E sua teoria era: a garantia da preponderância da classe dominante seria a principal razão do surgimento e manutenção do Estado. E suas perceptivas eram de que a inserção concreta dos homens no processo econômico é que determinaria a sua forma de ver e de conceber o mundo.
Grandes mudanças e transformações acontecem no final do século XIX, na sociedade econômica e política, causando grande impacto sobre as matrizes marxista e liberal. Tem inicio então à democratização das sociedades liberais, e grandes transformações tecnológicas e organizacionais surgiam a partir daí a democracia. Houve também grandes mudanças produzidas pela Segunda Revolução Industrial no inicio do século XX, na estrutura e funcionamento da sociedade capitalista.
Duas importantes mudanças ocorridas nas sociedades capitalistas no século XX desafiavam a interpretação liberal. Onde precisava ser explicada a compatibilidade entre democracia e economia de mercado e a convivência entre ela e a crescente intervenção do Estado no domínio das relações econômicas.
O cientista político americano Roberto Dahl teve uma contribuição importante á teoria contemporânea da democracia, implicou em “reservar a palavra democracia para o ‘sistema ideal’ e usar a ‘poliarquia’ como sua aproximação do mundo real”.
As relações entre Estado e mercado passaram por várias situações no decorrer do século XX, mas podemos destacar quatro padrões de relação entre Estado e mercado que predominou sucessivamente, que é o Estado Liberal, o Estado Socialista, o Estado de Bem estar social e o Estado Neoliberal.
No estado liberal era função do poder publico manter a lei e a ordem, para que todos pudessem se dedicar aos seus próprios interesses as suas atividades no mercado. Usando as forças armadas garantia a defesa do país das agressões externas, a integridade do povo e do território, e mantinha a segurança nos portos e nas rotas de comercio marítimo. Os diplomatas assegurariam o contato e as relações com as potencias estrangeiras e defenderiam os interesses do país de dos cidadãos. Por meios de tribunais, internamente o Estado distribuiria a justiça e conduzia os conflitos, julgando e impondo as penas de acordo com o crime cometido, com prisões, cárceres e punição dos condenados. Cabia ao Estado assegurar o direito e usufruto da propriedade, proteção de vida, a ordem pública e o direito de ir e ver. Zelando então, pela administração e cumprimento das leis e a manutenção dos registros de bens e direitos, conservando as estradas, o policiamento, espaços públicos e repressão física, se necessário. E para isso necessitava de recolher impostos, administrar o patrimônio e as finanças públicas e emitir a moeda que seria utilizado no mercado. Ainda assim não resistiu à crise financeira, econômica e social, que surgiu com a quebra da Bolsa de Nova Iorque.
Somente na virada do século XIX para o século XX, que os Estados liberais se transformaram em democracias representativas, com adoção do voto masculino. A partir de então todo cidadão masculino, passaria a poder votar e ser votado, independente de sua renda. O Estado Brasileiro era apenas formalmente um Estado liberal democrático, durante a Primeira República, sendo de fato um Estado oligárquico, em que os votos universais eram manipulados pela elite que se perpetuava no poder.
A característica fundamental do Estado Socialista é o controle estatal de todo o processo produtivo, seja a forma de propriedade estatal, ou coletiva. Todas as atividades econômicas, produção e distribuição de bens e prestação de serviços, estavam sob o domínio do Estado. Desaparecendo assim, do mercado, a competição e a iniciativa privada.
O Estado socialista vem reivindicar a representação da classe trabalhadora dos campos e da cidade, antes oprimidas pelo capitalismo. Por meio do Partido Comunista, o único que defendia seus interesses.
Esta característica do Estado socialista foi percebida por Hannah Arendt e Raymond Aron, que formaram o conceito de totalitarismo para definir o partido. Esse totalitarismo tinha como intenção controlar todas as instancias da vida social, a ponto de diluir as fronteiras entre o Estado e a Sociedade civil a na reivindicação do monopólio da verdade.
Os estados socialistas tendo por base o princípio da igualdade social do que pelo da liberdade individual, conseguiram produzir uma sociedade igualitária, do ponto de vista dos cidadãos, do que os estados anteriores, mas isso não impediu que a escassez de produtos básicos de alimentação e higiene pessoal não fosse superada.
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