O Código de ética dos Assistentes Sociais
Por: belamariasantos • 20/11/2017 • Trabalho acadêmico • 1.016 Palavras (5 Páginas) • 359 Visualizações
Avanços expressos no código de ética profissional dos Asssistentes Sociais de 1993 em relação a 1986
O Serviço Social tem compromisso com todas as ações e apontam para implementação de uma democracia, de um país democrático e aí vai demarcar no código de 1993 essa democracia, não é uma democracia liberal pois não é um direito individual, é um direito de participar das decisões do mundo em que vive, é um código socialista, um pensamento de Marx dentro de uma visão mais avançada do que era o código de 1986 porém continua tendo uma utopia adiante. O código de 1986 e 1993 estão sendo pensados em um momento histórico de efervescências, a democracia colocada num sujeito coletivo e na sociedade.
Em 1986 tem-se a preocupação com a ética, essa ética que está colocada no compromisso dos trabalhadores. O código de 1986 foi um marco porque o Serviço Social normatizou por si um ser diferente do que era tradicionalmente, constrói-se um perfil profissional que planeja, que discute as políticas.
Em 1993 é uma ética que situa a profissão num processo histórico de construção de política democrática, por uma ideia de um projeto universal que é muito mais abrangente, de uma sociedade que busca mais justiça, busca os direitos humanos, busca a equidade, a liberdade, os princípios, não é uma democracia liberal onde o meu direito começa onde termina o seu, direito de ter direitos mas sim o direito da população trabalhadora, é um código que se atualiza dentro de um movimento da realidade social que não trata a classe trabalhadora em si como uma classe revolucionária ou pronta para fazer uma transformação é um compromisso com a classe trabalhadora que o usuário dos serviços permanece mas ele não está no centro do código, o centro do código é o compromisso com algo que a sociedade antes já se comprometeu que é a democracia que está na Constituição, no ECA mas é uma democracia radical, socialista. O código de 1993 parte da ideia que os homens se alto procriam estabelecendo relações entre si, as relações do capitalismo. O código de 1993 continua na mesma linha de pensamento do código de 1886 que está em vigor, mas mergulhado na história de uma sociedade que busca a democracia e aí terá que prestar com qualidade os seus serviços dentro das instituições, propor formas de democratização das políticas e da vida social por um compromisso profissional, prestar um serviço de qualidade, um atendimento correto ao usuário. Então é uma relação dos princípios éticos e morais nas práticas mais rica do que se tinha em 1986 que era mecanicista, era projetada, tinha uma ideia político partidária porém em 1993 trata-se de uma profissão que tem valores socialistas. A democracia do Serviço Social em 1993 não é uma democracia liberal mas é um direito de emancipação de ambos segmentos da população no processo rescisório, no processo de trabalho, na igreja, etc, tem-se uma visão socialista que parte do princípio que é necessário unificar a dimensão política da técnica operativa, isso é um avanço. Defender um exercício profissional de qualidade considerando a sua dimensão política. É porém não perder o sujeito da prática, o Assistente Social não opina, o Assistente Social ajuda o usuário a entender a relação entre possíveis decisões e a realidade, mostrar ao usuários possibilidades que ele tem e que ele não tem, dizer ao usuário o que é de direito dele . Importante dizer que a diversidade vai reaparecer como estava em 1965, como era uma diversidade pensada a partir da democracia socialista não é uma diversidade qualquer, é uma diversidade respeitando as correntes democráticas , tudo é muito complexo, uma coisa é o discurso de cada um outra coisa é a prática, e qual é a direção que quero dar na minha prática, as ações que estou encadeando nessa prática. No código de 1986 está restrito a ideia de militância política, porém a profissão de Assistente Social não é um fragmento de militância política é uma profissão que tem no seu objetivo a Questão Social, características politicas na sua intervenção, então é essa tentativa de superação e mudança que vai tentar ser feita em 1993, o fundamento não vai modificar mas o modo de colocar muda, diminuem a desigualdade entre riqueza e pobreza, a equidade. O Serviço Social tradicional tem uma valorização do técnico no código de 1986, o político. Em 1993 o técnico político teve um avanço na percepção de que o nosso fazer profissional tem explicações e implicações políticas e a questão social também mas que tem que fazer bem feito porque não é militância partidária e pratica profissional terá que entender que o Serviço Social busca dar uma direção favorável a cidadania a partir da instituição. Então em 1993 a preocupação é mostrar que a dimensão politico e a dimensão técnica não estão separadas, estão juntas, pois é a forma como Assistente Social encara o usuário, lê a instituição, lê a intervenção profissional, entende os caminhos interventivos, faz uma leitura política, critica, entende a politica histórica desse processo, como os homens se relacionam em si, na profissão, na sua vida material, espiritual, ética e moral.
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