O PROJETO DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
Por: AngelicaLigeiro • 23/6/2022 • Projeto de pesquisa • 1.708 Palavras (7 Páginas) • 99 Visualizações
UNIVERSIDADE PAULISTA ANGÉLICA LIGEIRO LIFANTE RA 0524569 PROJETO DE INTERVENÇÃO PROFISSIONAL
CATANDUVA SP 2022 |
PROJETO
SEMEANDO SENTIMENTOS
APRESENTAÇÃO
Sabemos que a família representa lugar de destaque no processo de desenvolvimento da criança, e, independente das diversas formas de arranjos que a família tem apresentado, continua sendo o canal de iniciação e socialização dos indivíduos. Apesar da importância e destaque da família na formação do individuo, a escola constituiu espaço fundamental para a continuação e complementação do processo educacional.
Assim, ao lado da família, a instituição deve estar continuamente representando a sua “ação formadora” para que possa contribuir, de maneira qualitativa, na estruturação de pessoas felizes e capazes de enfrentar diversas etapas da vida humana.
A Casa de Apoio a Criança, sendo uma Instituição que atende crianças, em regime de acolhimento, tem constante preocupação em interagir com as crianças e seus familiares.
A entidade tem compromisso de estimular a família a desenvolver ações que possam modificar ou melhorar a interação em seu núcleo, a fim de amenizar e ou eliminar questões referentes à dinâmica social existente no lar.
Quando fortalecemos os vínculos afetivos entre familiares, conseqüentemente conseguimos melhorar o rendimento escolar e emocional das crianças. Dessa forma, apresentamos uma ação de integração entre crianças e familiares e comunidade, com vistas à melhoria da qualidade do aprendizado e desenvolvimento integral as mesmas.
A Casa de Apoio a Criança atua há quarenta e oito anos no segmento de crianças executamos projetos que possibilitam o engajamento familiar reestruturação de famílias das crianças abrigadas.
JUSTIFICATIVA
O estatuto da criança e do adolescente prevê o direito à convivência familiar como um direito fundamental ao lado do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação. Contudo um grande número de crianças que encontram-se em risco tendo alguns de seus direitos violados em decorrência a algum tipo de violência, Tendo em vista esse contexto torna-se necessário uma medida a fim que estes direitos sejam garantidos para que essa criança e adolescente possa se desenvolver da forma mais saudável possível. O acolhimento em instituição é uma medida de proteção aos direitos de crianças e adolescentes previstos no artigo 101 do ECA.
Sua aplicação, por decisão do Conselho Tutelar e determinação judicial, implica na suspensão do poder familiar sobre crianças, seu afastamento temporário do convívio com a família, tendo essa medida um caráter provisório no mais breve espaço de tempo possível. Isso implica que enquanto durar a aplicação da medida sejam empreendidos esforços no sentido de manter os vínculos dos abrigados com suas famílias e de apoiá-las a fim de que estas desenvolvam condições para receberem seus filhos de volta, superadas as dificuldades que determinaram o afastamento
Uma das causas que dificultam o reencontro com a família são as mudanças de hábitos e de rotina que ocorre na vida da criança e do adolescente abrigado, pois a maioria deles chega aos abrigos desorganizados e sem disciplinas.
Se a convivência familiar é um direito e não pode ser excluído mesmo quando há suspensão do pátrio poder (Eca art. 19 e 24), de que modo priorizar o contato dos familiares com seus filhos quando não é possível morarem na mesma casa? Até onde é melhor para a criança ou adolescente estar com os pais que o rejeitam? Como fortalecer um laço filial-parental se o relacionamento está fragilizado? Dessa forma, para se garantir o direito a convivência familiar é preciso que os problemas que geraram o afastamento de crianças de suas famílias de origem sejam trabalhados.
Ao identificar os conflitos que provocam a não convivência e ao trabalhá-los através de atendimentos terapêuticos, sócio culturais, e com profissionais capacitados, este projeto possibilitando a essas famílias entrarem em contato com suas dificuldades e limitações e, a partir deste contato, se implicarem e se responsabilizarem em sua própria reestruturação, a fim de garantir a convivência e o retorno com seus filhos.
OBJETIVO GERAL
Contribuir para a promoção do direito a convivência familiar de crianças que se encontram em situação de acolhimento a fim de promover a reestruturação familiar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Acolher os familiares das crianças e abrigados, para que possam ser ouvidos nas suas questões particulares e subjetivas que resultaram no afastamento de seu filho de casa, a fim de que reconheçam qual é a posição que este ocupa nesta estrutura familiar.
- Despertar nestas famílias através de oficinas de educação e reeducação alimentar, de auto-cuidado e autonomia a busca de soluções aos conflitos que estão gerando o afastamento da convivência familiar.
- Oportunizar atendimento se necessário do setor judiciário
- Valorizar o não verbal ou a linguagem analógica, demonstrando a singularidade de cada indivíduo em seu contexto familiar.
- Reconhecer as demandas sócio-econômicas e encaminhar, se necessário,
para a rede de proteção sócio-assistencial.
PÚBLICO-ALVO
Crianças acolhidas e suas respectivas famílias.
METAS A ATINGIR
- Diminuir em 80%, os motivos que levaram o abrigamento das crianças;
- Conscientizar aos familiares da reestruturação familiar
- Eliminar de vez a reincidência dos casos.
METODOLOGIA:
A primeira entrevista será realizada pela Equipe Técnica, a fim de obter dados sobre a estrutura da família, esclarecer sobre a inserção ao programa psicossocial de atendimento, para em seguida fechar um contrato de inclusão no programa.
O atendimento psicossocial será extensivo a todos os membros da família ou responsáveis pela criança/adolescente, podendo ser ocasionalmente para apenas um membro da família, sendo que o atendimento poderá ocorrer no período da tarde, todas as quintas-feiras, com a duração de 40 minutos em cada atividade.
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