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O Serviço Social

Por:   •  2/7/2018  •  Resenha  •  850 Palavras (4 Páginas)  •  181 Visualizações

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SÍNTESE REFLEXIVA

        O serviço social teve avanços, mas ainda tem um longo caminho a ser percorrido e muitos desafios, inclusive na área da saúde.

        A concepção de saúde evoluiu e foi possível concluir que não são apenas aspectos biológicos que causam doenças, mas também os fatores sociais, psicológicos e as condições de vida interferem nesse processo de adoecimento. A partir da perspectiva da determinação social, que é um modelo defendido pelo COES, a estrutura socioeconômica impacta na relação saúde-doença e é de extrema importância a adoção desse conceito pelos profissionais de saúde e pelos assistentes sociais para a compreensão das demandas sociais.

        Como categoria central para a pratica do serviço social na saúde, a determinação social se embasa em três aspectos: o modo de vida, estilo de vida e o próprio corpo biológico. Chega-se à conclusão que principalmente a classe trabalhadora não tem controle de sua saúde, uma vez que são vítimas do sistema capitalista e do próprio comércio farmacêutico que se beneficia com a mercantilização da saúde.

        A crise capitalista desde 1973 ampliou e contribuiu para a exploração da força de trabalho, e assim retomar seus níveis de acumulação. Essa produção em massa consumiu o tempo de lazer do trabalhador, adoecendo-o tanto físico, quanto psíquico. Como a força de trabalho era e é considerada mercadoria e substituída quando necessária, uma vez que há o excesso de mão de obra disponível, a classe trabalhadora sucumbe ao capitalismo e o processo saúde doença fica cada vez mais evidente.

        O serviço social recebeu influência da modernização do âmbito de políticas sociais. Na década de 80 o Brasil sofre um grande período de mobilização política, há um forte movimento sobre a reforma sanitária e muitos debates na profissão influenciados por valores marxistas.

        Apesar de não participarem ativamente da reforma sanitária, que foi um projeto de extrema importância e que teve uma grande influência nas conquistas sociais que vieram com a Constituição de 1988, os assistentes sociais aproveitam esse momento socioeconômico, dando início a um processo de reconceituação da profissão. Ao mesmo tempo, a ampliação profissional para atuar na saúde, com a universalização da saúde, que passa a ser de responsabilidade do Estado.

        Com maior visibilidade na saúde, surge o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo entendido como modelo público, gratuito e universal.  Mesmo com esses avanços a saúde e o trabalhador ainda enfrentam obstáculos devido aos dois regimes existentes: o público e o privado. A Constituição estipulou que o sistema público poderia ser complementado pela rede privada, mas a realidade é que o sistema privado é predominante, o que prejudica e precariza o conceito de saúde pública, pois discrimina e garante privilégios aos mais abastados, numa perspectiva individualizadora.

        Esse dualismo da saúde vem ao encontro ao sistema econômico neoliberal, que defende a soberania do mercado, a maior exploração da força de trabalho e contribui diretamente para a perda de direitos sociais e trabalhistas. Nesse sentido, se apresentam os desafios da profissão, pois devemos lutar pela ampliação dos direitos sociais e trabalhistas, juntamente a classe trabalhadora, assegurando que esses direitos sejam ampliados e efetivados, sem favorecer ou privilegiar as minorias que detém os meios de produção, através de um Estado participativo, formulador de políticas sociais equânimes, universais e não discriminatórias.

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