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O Serviço Social

Por:   •  8/7/2018  •  Trabalho acadêmico  •  686 Palavras (3 Páginas)  •  141 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO- UFOP

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS- ICSA

SERVIÇO SOCIAL 1º PERÍODO

Aluno: Gustavo Henrique Lopes Pedrosa Cunha 16.2.9223

  • Porque hoje não aceitamos vincular a auto imagem da profissão de Serviço Social com a ajuda.

  No final do século XIX o mundo sofria profundas mudanças, principalmente na organização da produção e trabalho com o desenvolvimento industrial. Nesse contexto o movimento operário surge colocando a questão social em evidência e em 1891 a Igreja se posiciona diante das questões levantadas. Diante disso Papa Leão XIII responde ao contexto através da encíclica papal Rerum Novarum, onde o documento apresentava a posição da Igreja a respeito do liberalismo, socialismo, organização dos trabalhadores em sindicatos, o papel do Estado e Igreja.

   A partir desse momento a Igreja entra em um processo que fica conhecido como Reação Católica, na qual reorganiza suas forças em busca da retomada de privilégios perdidos. Tomando pra si a questão social, se reaproximando da sociedade civil e fazendo desse um espaço para exercer seu poder político e ideológico.

   Na segunda metade da República Velha se inicia a Reação Católica no Brasil, em 1916 é lançado o documento que marca essa primeira fase, a carta pastoral de Dom Sebastião Leme, que constituía a reivindicação da mobilização leiga católica. Junto a essa carta é exigido a república que a Igreja tenha parte de sua soberania, retomada, para que mecanismos como universidade católica, jornal católico, eleitorado católico e a ação social fossem ativadas.

   A segunda fase da Reação Católica se dá a partir da década de trinta, a Igreja já organizada se lança nos movimentos sociais e cria o CEAS (Centro de Estudos e Ação Social) que visava formar seus membros para intervir nas múltiplas expressões da questão social em ações fundamentadas na doutrina da Igreja.

   Em um contexto de organização da classe trabalhadora pós primeira Guerra Mundial, Crise de 29 e intensificação da industrialização, o capitalismo e a questão social se aprofundam. O Estado representando os interesses da burguesia se responsabiliza pela manutenção da ordem e reprodução da força de trabalho. Desenvolvendo serviços e políticas públicas, que demandaram profissionais qualificados para poder executá-las.

   O Serviço Social inscrito na divisão sociotécnica do trabalho passa a ser uma atividade institucionalizada reconhecida pelo Estado e pelos setores dominantes, porém seu ensino e prática ainda estão sob controle da Igreja.

   A profissão que foi regulamentada através da Lei nº 3.252/57 passa a ter como fiscalização profissional, possibilidades mais concretas de intervenção, pois define com maior precisão as competências e atribuições privativas do assistente social. Em 1993 com a aprovação da Lei nº 8662/93, que revogou a 3252/57, as designações passaram a ser Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS).

   A profissão possui também o Código de Ética, onde é regulamentado seus direitos e deveres como Assistente Social. E o projeto ético-político que foi construído em um contexto histórico de transição da profissão dos anos 70 aos 80, onde a sociedade brasileira passava pelo processo de redemocratização. Esse processo significou a ruptura do Serviço Social com o tradicionalismo e conservadorismo herdados das instituições sociais no exercício da ajuda, caridade e solidariedade, o assistencialismo cristão.

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