O Serviços Social

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UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTANCIA

SERVIÇO SOCIAL

Artigo Cientifico

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SERVIÇO SOCIAL

Artigo Cientifico

Idosos – Maus Tratos Familiar

Elaine Ramos de Oliveira Campopiano

Débora Cristina de Oliveira

Patrícia Martins de Godoy

Regiane Aparecida Cardoso Costa

            Siméia Marcelino Alves Felix de Lima

Orientadora: Inês Ana Nunciato

Sorocaba

2015

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Sumário        

1        Resumo        1

2        Introdução        2

3        A Problemática da violência contra o idoso        3

4        Necessidade de investigar as causas e aspectos        4

5        Prevenção        5

6        Índices de envelhecimento        6

7        Considerações Finais        11

8        Referencias Bibliográfica        14

Palavras-chave: Envelhecimento populacional, violência, políticas públicas e Estatuto do Idoso.

1. Resumo

O presente trabalho tem por objetivo analisar a existência, freqüência e tipos de maus-tratos domésticos contra idosos.

São poucas as informações e estudos sobre a percepção social e, principalmente, sobre a freqüência e a prevalência da violência doméstica contra idosos na sociedade brasileira. Certamente, muitos dos avanços já realizados em outros países são de grande auxílio para o entendimento da questão no Brasil. Porém, por se tratar de uma questão intimamente relacionada aos aspectos culturais de cada sociedade, é importante o entendimento do fenômeno em realidades específicas como a brasileira.

A elevada incidência dos abusos sofridos pelo idoso, por sua vez, evidencia a convivência com aspectos mais gerais da violência social e estrutural a que estão submetidos expressivos contingentes das populações brasileiras, relacionadas ao persistente quadro de pobreza e exclusão social.

1. Introdução

          A violência contra os idosos deve ser analisada no contexto das grandes mudanças familiares. Os idosos são vítimas dos mais diversos tipos de violência que vão desde insultos e agressões físicas perpetradas pelos próprios familiares e cuidadores (violência doméstica), maus-tratos sofridos em transportes públicos e instituições públicas e privadas até a própria violência decorrente de políticas econômicas e sociais que mantenham ou aumentem as desigualdades socioeconômicas ou de normas sócio-culturais que legitimem o uso da violência (violência social). Se por um lado, a violência contra os idosos se insere nos meandros dos conflitos intrafamiliares, muitas vezes invisíveis para a sociedade, por

outro lado, a própria construção do “ser idoso” nas sociedades capitalistas associa idade avançada à obsolescência, se traduz em violência social. Isto coloca a questão da violência como parte de uma questão mais ampla de construção da cidadania em um ambiente democrático.

1. A Problemática da violência contra o idoso

          A problemática levantada relaciona-se à questão da violência contra o idoso, que vem se manifestando de forma crescente no Brasil, exigindo maior atenção das autoridades, da própria sociedade e dos assistentes sociais.

Nas últimas décadas, o fenômeno da violência vem ganhando proporções alarmantes, inclusive aquelas formas direcionadas contra os idosos. Os índices elevaram-se a tais patamares que, no Brasil, passaram a ser considerado como problemas de ordem social, exigindo-se a intervenção estatal em forma de políticas sociais voltadas para a proteção e amparo aos idosos.

Os problemas dessa natureza se agravam devido à elevação da expectativa de vida das pessoas o que vem garantindo um crescimento significativo de cidadãos situados nas faixas etárias correspondentes as terceira (a partir de 60 anos) e quarta idades (a cima de 80 anos), aliadas à significativa redução da taxa de natalidade, o que leva ao paulatino envelhecimento da população.

           Do ponto de vista da violência familiar, sabe-se que centenas de idosos são vítimas de maus tratos e de violência tanto física, psíquica, sexual ou econômica, que de certa forma ainda permanece latente no seio das famílias. A violência e maus tratos dentro da família podem ser compreendidos pelo modelo atual, família que tem pouca intolerância e despreparo. E isso vem de vários familiares das varias gerações, para lidar com as questões do envelhecimento na vida cotidiana. Este tipo de violência contra idosos, dentro do próprio convívio familiar, acarreta graves problemas emocionais a quem é vítima dessa situação como: perda de memória, depressão, alterações de humor e de comportamento (traduzidas em alguns casos em irritação, nervosismo, agressividade), à perda da autoestima, dependência de medicamentos, dependência alcoólica, ao risco aumentado de acidentes e traumas e até mesmo à morte. Em conseqüência, os tratamentos médicos serão excessivos.

           Diante desse quadro, é importante chamar a atenção que na medida em que a população envelhece, o problema desse grupo social pode aumentar, principalmente diante da falta de ações que poderiam responder e evitar as diversas situações de descaso e violência. Com freqüência os idosos estão acostumados à exclusão e se sentem indecisos e vêem com desconfiança as providências que podem ser tomadas. Os idosos diante do aumento da pobreza e da dependência cada vez maior de outras pessoas se sentem cada vez mais vulneráveis frente ao abuso e aos maus tratos.