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O USO DO CRACK: UM PROBLEMA SOCIAL RESTRITO ÀS METRÓPOLES

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Por:   •  21/3/2014  •  3.084 Palavras (13 Páginas)  •  2.841 Visualizações

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1 INTRODUÇÃO 3

2 DESENVOLVIMENTO 4

2.1 O crack - O que é? ............................................................................................... 5

2.1.1 Ação da droga no Sistema Nervoso Central ...................................................... 6

2.1.1.2 Danos Físicos 4

2.2 Epidemiologia do Crack ........................................................................................ 7

2.3 Consequências sociais ........................................................................................ 8

2.4 Prevenção ........................................................................................................... 8

2.4.1 O papel do profissional na prevenção .............................................................. 9

2.5 Políticas públicas .................................................................................................11

2.6 Responsabilidade social ......................................................................................12

3 CONCLUSÃO ........................................................................................................13

REFERENCIAS ....................................................................................................... 14

1 INTRODUÇÃO

O consumo de crack já se alastrou pelo País, atingindo sem distinção grandes centros urbanos e cidades do interior, aponta pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) em 11 de dezembro de 2011. Levantamento feito com 3.950 cidades mostra que 98% dos municípios (3.871) enfrentam problemas relacionados ao crack. As cracolândias expandiram-se para as pequenas cidades deixando a ser apenas um problema de polícia, mas, um problema social que envolve múltiplas dimensões, incluindo aspectos jurídicos e de saúde. Compreender esta realidade nos ajudará em nossa atuação na implementação e manutenção de políticas públicas em nível local.

2 DESENVOLVIMENTO

O uso de drogas tem aumentado num ritmo alarmante e tem atingido todas as camadas sociais. Mesmo as drogas que são usadas com a finalidade de produzir efeitos benéficos, como o tratamento de doenças, e são considerados medicamentos, estão sendo utilizadas indiscriminadamente causando dependências e riscos a saúde. Esse aumento pode ser atribuído a vários fatores, dentre eles: a falta de informação sobre os perigos a longo e curto prazo do consumo abusivo das drogas, assim como o caráter limitado das ações preventivas.

O surgimento e o aumento rápido do consumo do crack desde a década de noventa aumentam e agravam os problemas sociais. No Brasil, o consumo cresceu motivando pressões diversas sobre a população pela necessidade de ações que deem aos usuários de crack a oportunidade de viverem de forma digna e com saúde. A pouca efetividade nas estratégias governamentais, que garantam uma verdadeira intervenção na prevenção e no combate ao uso de drogas, faz com que o uso de crack se espalhe pelas cidades de forma gritante e preocupante. Sabemos que para enfrentarmos a epidemia do crack, não bastam apenas operações militares agressivas. O uso e os problemas relacionados ao consumo do crack não são diferentes dos que acontece com outras drogas. Há a necessidade de conhecer de forma mais profunda os problemas relacionados ao uso desta droga. Considerando a drogadização uma das expressões da questão social e sendo a questão social objeto de trabalho do serviço social, como o trabalho do assistente social pode contribuir para o atendimento á população? Buscando articular às comunidades buscando do governo e da sociedade a construção de um programa de intervenção integrada, que inclua ações relacionadas à promoção de saúde, de conscientização e informação sobre o uso do crack, disponibilização de serviços de atendimento, e de estudos, dentre outros.

2.1 O CRACK – O QUE É?

Inicio este trabalho caracterizando esta droga que age como estimulante da atividade mental. O crack é uma forma distinta de levar a molécula de cocaína ao cérebro. Vejamos: a cocaína, derivada da planta Erythroxylum coca Lamarck, é obtida através de um processo que envolve várias etapas de extração, filtragem e precipitação, a partir da folha seca e triturada, assim:

1. Na primeira etapa a folha seca e triturada é lavada continuamente com um solvente químico específico para retirar o que interessa, a porção que contém os alcalóides da coca, e o subproduto destas lavagens é sempre guardado. Nesta etapa se utilizam solventes chamados apolares, Éter de Petróleo ou Hexano, seriam os recomendados, mas na prática pode-se utilizar Benzeno, Tolueno, Querosene e Gasolina, por serem mais disponíveis. Nos resíduos destes solventes encontra-se todo o tipo de contaminante capaz de provocar doenças crônicas, carcinogênicas e câncer, assim, Benzeno e Tolueno se dissociam facilmente para formar “radicais livres” de alta estabilidade quando acoplados a outros tecidos celulares, são altamente cancerígenos e podem provocar a morte quando absorvidos em quantidades elevadas, já Querosene e Gasolina, eliminam os metais pesados, principalmente o Chumbo (Pb), que se acopla facilmente com substâncias de nosso corpo celular (sulfetos, fosfatos, aminas, hidróxidos, aminoácidos) para formar complexos de alta estabilidade, provocando sérias complicações, mormente de cunho neurológico. Nessa etapa se lava tudo exaustivamente e o resto é filtrado e aproveitado.

2. Na segunda etapa o filtrado aproveitável é lavado com NaOH (soda cáustica) e HOCl (água sanitária), fazendo-se uma extração chamada ácido-base, com o fito de precipitar (tornar sólido) a droga. Isto é feito continuamente até que seja precipitado o máximo da droga, e lavados, os resíduos, vão sendo guardados.

3. O precipitado é purificado, ou seja, refinado para formar a “cocaína” (na verdade o cloridrato de cocaína), se utilizam de solventes como acetona e ácido clorídrico nesta etapa, mas há vários outros substitutos, como ácido sulfúrico, ácido muriático, ácido fosfórico, e outros, assim como substituem a acetona, o álcool, o clorofórmio, e outros. Nesta etapa

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