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O endividamento das famílias brasileiras.

Por:   •  13/9/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.658 Palavras (7 Páginas)  •  137 Visualizações

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                     UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

Marcos Francisco dos Santos

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS.

Porto Nacional

2013

         

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANA

ENDIVIDAMENTO DAS FAMÍLIAS BRASILEIRAS.

                                                                      Trabalho destinado às disciplinas de Psicologia geral, Antropologia, Formação Social, Política e Econômica do Brasil, FHTM do Serviço Social I sob a orientação dos professores: Lisnéia Rampazzo, Giane Albiazzetti, Gleiton Lima e Rosane Malvezzi.                                                                        

                                                                                                             

PORTO NACIONAL 2013

SUMÁRIO

Introdução ------------------------------------------------------------------------------ 1

Desenvolvimento --------------------------------------------------------------------- 2/3

Considerações Finais---------------------------------------------------------------- 3

Referências Bibliográficas---------------------------------------------------------- 4

INTRODUÇÃO

 Desde que o fantasma da superinflação deixou o Brasil, há cerca de 20 anos, o poder de compras tem crescido de forma assustadora. Levados pelo imediatismo do mercado de consumo, fazemos escolhas ruins na hora de adquirir um produto ou serviço, e a nossa conta vai ficando cada vez mais vermelha. Isso porque apesar do aumento da renda média real do brasileiro e da queda do desemprego nos últimos anos, crédito fácil e caro atrapalharam o orçamento doméstico de muitas famílias.

Para exemplificar, podemos citar o cartão de crédito que é responsável por 30% por cento do endividamento do brasileiro, a inadimplência do consumidor brasileiro vem subindo mês a mês de forma quase contínua. No começo de 2011, 5,7% de todos os financiamentos para pessoa física estavam com mais de três meses em atraso. Em maio, o número foi para 8 %. E pior: as dívidas que mais aumentaram foram as mais caras. Em junho, 41 % das pessoas com dívidas não pagas, entraram no buraco por causa do cartão de crédito, que tem os juros médios mais altos do mercado, quase 11 % ao mês, 238% ao ano.

Segundo pesquisas realizadas a renda média real do brasileiro cresceu nos últimos anos e o desemprego está baixo. Por que, então, a inadimplência está crescendo? Uma explicação é que com o crédito fácil e caro, muitas famílias brasileiras se atrapalharam no orçamento doméstico.


Endividamento das famílias brasileiras

De acordo com Marianne Hanson, economista do CNC, houve um crescimento expressivo da oferta de crédito em 2010 e 2011, levando ao aumento do endividamento. Para ela, com a redução das taxas de juros dos bancos, o crescimento do endividamento é alavancado.

O cartão de crédito foi apontado como o principal tipo de dívida por 74,8% das famílias, seguido pelos carnês (19,7%) e pelo crédito pessoal (10,4%). O estudo também aponta queda no percentual de famílias que dizem não ter condições de pagar suas contas ou dívidas atrasadas no próximo mês. Neste junho, 7,5% das famílias declararam não ter condições de pagar seus débitos, ante 7,8% em maio de 2012 e 8,4% em junho de 2011.

Segundo especialistas da área financeira, para evitar dívidas crônicas e irreversíveis, temos que pensar duas vezes antes de optar pelo crédito rotativo no Brasil, país que tem os juros mais elevados do mundo nessa modalidade vinculada ao cartão de crédito.

Algumas pesquisas mostraram também que as taxas de juros do crédito rotativo podem chegar a inacreditáveis 600% em algumas financeiras e a 900% para o custo do saque através do cartão de crédito.

Na modalidade crédito pessoal detectam-se os mesmos abusos. As financeiras ofertam ostensivamente crédito fácil e rápido ao consumidor, sem informar que a taxa de juros que ele vai pagar pela facilidade é de mais de 400%. Ou seja, o consumidor é inundado de ofertas de dinheiro fácil a custo de 400% a 900% ao ano. Como as taxas nesses níveis certamente não conseguirão ser pagas, o indivíduo que recorre a esses créditos, seja pela falta de opção ou pela falta de informação completa e precisa, adquire uma dívida impagável. Entrar em uma dívida de juros de 900% é certamente um tiro no pé, pois não se consegue mais sair dela.

As consequências naturais desses juros abusivos são elevadas taxas de inadimplência por parte do consumidor, as quais subiram 22,3% em 2011, em relação ao ano anterior apresentando a maior alta desde 2002, de acordo com pesquisa da Serasa Experian.

Para a pesquisadora Inês Hennigen o endividamento trata de um grave e crescente problema social que necessita, para sua compreensão e enfrentamento da articulação de diversos setores, como o Direito, a Psicologia, o Serviço Social, a Educação e a Economia.

Deste modo, o incremento da oferta de crédito – e a centralidade do endividamento no atual estágio do sistema capitalista –, o achatamento dos salários e o aumento dos recursos necessários para prover a sobrevivência e fazer frente aos hábitos de consumo, a promoção por vezes bastante agressiva do consumo e do crédito na mídia em geral e na publicidade em especial, e a incorporação pelo mercado financeiro de segmentos potencialmente mais vulneráveis como os idosos/aposentados e a população de baixa renda, passam a serem fatores de vulnerabilidade frente a essas questões.

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