Pastagens Nativas
Seminário: Pastagens Nativas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: camilasantosss • 4/9/2014 • Seminário • 1.297 Palavras (6 Páginas) • 241 Visualizações
Pastagens nativas
As pastagens nativas, que ainda têm expressivo significado econômico para a
produção de carne bovina no Brasil, encontram-se localizadas em diferentes
ecossistemas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Dada a magnitude da variabilidade na fisionomia e na composição florística entre e dentro dos
ecossistemas, as pastagens nativas variam desde um estrato herbáceo com
gramíneas e leguminosas até um arbustivo-arbóreo com plantas de médio porte.
Nas regiões tropicais, onde predominam as pastagens nativas, os sistemas se
dedicam quase que exclusivamente à cria, com baixa incidência de recria de
machos e nenhuma atividade de engorda. A capacidade de suporte dessas
pastagens varia de 0,1 a 0,3 unidade animal/hectare. Conseqüentemente, os
indicadores de desempenho desses sistemas são considerados baixos.
Nas regiões subtropicais, embora também predomine a cria, há o desenvolvimento das atividades de recria e engorda, por causa de uma melhor qualidade das
pastagens nativas e da possibilidade de elas serem combinadas com pastagem
cultivada. A capacidade de suporte da pastagem nativa varia de 0,5 a 1 UA/ha,
cujo desempenho dos rebanhos nesses sistemas é também considerado baixo.
Pastagens cultivadas
Os sistemas baseados exclusivamente em pastagens cultivadas desenvolvem as
atividades de cria, recria e engorda de forma isolada ou combinada. As combina-
ções, em geral, tendem a completar o ciclo de cria, recria e engorda, à medida
que a qualidade das pastagens permite a recria e a engorda dos machos.
Nas regiões tropicais, convivem sistemas em que as pastagens cultivadas
apresentam capacidade de suporte média anual que varia de 0,5 a 2,5 UA/ha.
Isto se reflete no ganho de peso vivo que pode variar de 42 a 255 kg/ha/ano;
todavia, em pastagens irrigadas, os ganhos podem ser bastante superiores.
Tal variação é decorrente dos processos tecnológicos adotados no estabelecimento, na manutenção e no manejo das pastagens. A baixa produtividade é
representada pelas pastagens degradadas. Estima-se que 80% dos 55 milhões
de hectares de pastagens na região brasileira de Cerrados, que respondem por
55% da produção de carne nacional, apresentam algum estádio de degradação
(BARCELOS, 1996). Entretanto, essas diferenças tendem a diminuir, à medida21
Sistemas de produção de gado de corte no Brasil: uma descrição com ênfase no
regime alimentar e no abate
que se tem acelerado o processo de recuperação dessas pastagens, iniciado na
última década.
Brachiaria e Panicum são os principais gêneros das gramíneas que constituem as
pastagens cultivadas tropicais. Em uma escala ainda pouco significativa,
Stylozanthes e Arachis são os gêneros que compõem as pastagens consorciadas. Tanto as gramíneas quanto as leguminosas são de característica perene.
Todavia, nos sistemas de integração lavoura/pecuária, são utilizadas, também,
gramíneas de ciclo anual, tais como milheto, aveia e sorgo.
Nas regiões subtropicais, conforme já mencionado, as pastagens cultivadas são
utilizadas, em geral, de forma complementar. Os materiais forrageiros predominantes nas pastagens cultivadas são gramíneas e leguminosas de ciclos anual,
bianual e perene, sendo utilizados conforme as estações do ano. A produtividade
dessas pastagens também varia em função do estabelecimento e do manejo
empregado. As principais gramíneas são azevém, aveia, capim-lanudo e festuca,
e as leguminosas são cornichão e trevos.
Sistemas semi-intensivos
Também apresentam como base alimentar as pastagens (nativas e cultivadas) e
os suplementos minerais, acrescidos de suplementos protéicos/energéticos. O
objetivo é alcançar uma pecuária de ciclo mais curto, suplementando os animais
em suas diversas fases de crescimento (aleitamento, recria e engorda), dependendo das metas de produção de cada sistema. Existe uma diversidade de ingredientes para compor os concentrados, conforme as características regionais. As
fontes energéticas mais utilizadas são milho, sorgo, aveia e milheto, e as
protéicas são farelos de soja, farelos de algodão, farelos de caroço de algodão,
farelos de glúten de milho, grão de soja e uréia. De uso local, estão os diversos
subprodutos da agroindústria (farelo de arroz, farelo de trigo, polpa cítrica, polpa
de tomate, casquinha de soja) e resíduos (de cervejaria, de fecularia, de secadores de grãos e outros). Entre os aditivos estão liberados os ionóforos (promotores de crescimento) e os probióticos (microorganismos vivos que têm ação
Não sei se vocês notaram, mas hoje é mais fácil adquirir um bom pedaço de carne do que antigamente. Hoje nem existe mais aquela história de carne de primeira e carne de segunda. A carne está mais barata. E está mais acessível também.
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